Jomar Silva é o coordenador da ODF Alliance no Brasil. SEu trabalho técnico impecável permitiu que a ABNT tivesse condições de perceber o inúmeros erros e falhas do padrão OOXML, defendido pelo monopólio. Pedi que o Jomar explicasse quais os principais pontos, do ponto de vista técnico, que fundamentam a rejeição do OOXML como padrão. Veja a resposta:
"O que posso fazer, é lhe indicar três pontos que considero
fundamentais na discussão e que devem ser explorados por todos:
1 - Sem o mapeamento de formatos binários para o OpenXML, a justificativa de overlap do OpenXML com o ODF não pode ser tecnicamente comprovada (a justificativa é o suporte ao legado).
2 - A definição de IPR (propriedade intelectual e patentes) apresentada pela Microsoft não é clara e não permite a utilização do padrão com absoluta segurança (eles deveriam fornecer uma lista de patentes cobertas, devidamente relacionada à lista de atributos da especificação que usam cada patente, para que o desenvolvedor saiba com exatidão o IPR do que ele está implementando). Além disso, a ISO (se não me engano na diretriz ISO Parte 1) pede para que as patentes, se existentes, sejam licenciadas através de um processo igualitário e não
discriminatório (como uma empresa Cubana pode licenciar uma patente da Microsoft ???).
3 - Existe um tipo de dado no OpenXML, o BSTR que é a porta de entrada para o armazenamento de dados binários no corpo dos arquivos, o que permite entre outras coisas a introdução em um arquivo OpenXML de dados binários e proprietários, quebrando assim a interoperabilidade do
padrão (é só procurar na parte 4 da especificação, que vai se encontrar este campo definido lá)."
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1 comment:
A rejeição do OpenXML não pareceu desestimular a compra de licenças do Office 2007 pela Receita Federal.
O Comprasnet (www.comprasnet.gov.br) traz o edital "192007" para compra de mais de 40.000 licenças do Office 2007 a um preço estimado de 40 milhões de reais.
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