Em fevereiro de 2006 estive em Malaga para uma conferência no Encontro Internacional de Software Livre. Lá conheci o jornalista Francisco Pisani e o filósofo espanhol Javier Bustamante, da Universidade Complutense de Madrid.
Pisani publicou uma matéria relatando o debate que fizemos. Ela está reproduzida logo abaixo. Eu a copiei do Blog do Pisani que trás uma série de artigos sobre tecnologia da informação. Vale a pena dar uma olhada: http://www.francispisani.net/.
Las muchas tribus del software libre
by Francisco Pisani
Málaga – El software libre es hoy día tema de discusiones estratégicas en empresas, escuelas, universidades, ONGs y gobiernos. Así lo ha mostrado La secunda conferencia mundial Open Source/Software Libre que tuvo lugar en esta ciudad de Andalucía del 15 al 18 de febrero. La amplitud del “movimiento” es tal que muchos se preguntan en qué medida contribuye a generar nuevos modelos de sociedad.
Javier Bustamante, filósofo y profesor del Centro Iberoamericano de Ciencia Tecnología y Sociedad invoca las dimensiones éticas en cuestión y el valor de la cooperación. Hasta el “egoísmo ilustrado” nos lleva a compartir más lo cual confirma este proverbio indio citado por Dominique Lapierre según el cual “todo lo que no se da, se pierde”.
“Indispensable a la reproducción del capital, la innovación se fortalece si se comparte,” dijo Sergio Amadeu ex responsable de la política Open Source del gobierno de Lula en Brasil. Pero compartir puede “crear un virus fatal para la concentración de la riqueza y la monopolización” lo cual explica las oposiciones violentas.
Málaga, Andalucía - 18.feb.06
Esas reacciones aumentan a medida que el “espíritu Open Source” empieza a llegar a las componentes esenciales del poder. Los ciudadanos, por ejemplo, están mejor armados para vigilar a los poderosos y compartir las informaciones obtenidas. Se aplica a estrellas de cine, tanto como a personajes políticos y a periodistas. Se trata de una fascinante inversión de la era de la vigilancia (de la periferia por el centro) característica de la era moderna.
Aumenta el poder de movilizar recursos afuera de las instituciones. Prosper.com, permite que prestamistas y prestatarios entren directamente en contacto y negocien tasas de interés mutuamente ventajosas. Gracias a Global Giving (.com) los filántropos se pueden poner en contacto con organizaciones necesitadas del tercer mundo y participar en sus labores con dinero, presencia personal o conocimientos.
Algunas de las grandes corporaciones que ven en el movimiento una amenaza para su modelo económico lo atacan duramente. Microsoft y las grandes empresas del disco y del cine utilizan sus considerables recursos para presionar gobiernos e instituciones internacionales. Buscan una expansión de los regimenes de patentes y de propiedad intelectual de una manera que los partidarios de Open Source viven como una “verdadera guerra”.
“Nuestro principio es la libertad. El de las corporaciones es la ganancia” declaró Branden Robinson, “project leader” para este año de Debian que distribuye Linux de manera comunitaria. “Tenemos la pasión de nuestra libertad” respondió en eco otro ponente.
Buscar un espacio de entendimiento no resulta fácil en tal clima. Trátese de la licencia Creative Commons (criticada por los más radicales) o de una fórmula que limitaría la propiedad intelectual a “una protección específica con un número más limitado de años y acceso al código fuente,” a favor de la cual se pronunció Gabriela Ruiz profesora asistente de leyes en la Universidad de Navarra.
El chileno Patricio Gutiérrez, coordinador de la división para gobierno electrónico de su país explicó que su administración es favorable a la “neutralidad tecnológica” primer paso hacia la “imparcialidad tecnológica informada” según la cual el estado no se pronuncia pero contribuye a que la población pueda escoger con conocimiento de causa. Enseguida Marcelo Branco del Proyecto Software Livre Brasil, contestó : “No puede haber política publica neutral. El gobierno de Lula no es neutral. El gobierno de Chávez tampoco”.
Legitimada por los ataques exteriores, la tentación de intransigencia se nutre hasta del éxito del movimiento. Los recién llegados pueden estar convencidos del valor de la propuesta, en su mayoría son actores pragmáticos que encuentran en ella una manera eficiente de resolver problemas de otro tipo. Tienden a proponer y a implementar soluciones híbridas que suelen no ser del gusto de los más radicales.
Hoy día, la diversidad del movimiento es considerable y constituye una gran fuerza y una garantía. “Somos una comunidad hecha de muchas comunidades,” recordó Simon Phipps, responsable de la política Open Source de Sun Microsystems. A su manera Branden Robinson de Debian, quien admite ser tildado de radical por algunos, lo confirmó al decir: “cada uno de nosotros es miembro de muchas tribus. Nos debe ayudar a no caer víctimas del demonio del fundamentalismo”.
Open Source World Conference http://oopensourceworldconference.com
Wednesday, May 31, 2006
Monday, May 15, 2006
15 de maio: SP percebeu que o Brasil vive uma guerra civil
Os ataques do PCC (Primeiro omnado da Capital) demonstram que o crime organizado disputa cada vez mais o comando não somente dos presídios, mas das massas pauperizadas, desamparadas e sem perspectiva.
É na profunda injustiça e desigualdade social que os chefes do crime recrutam seus exércitos de jovens sem perspectivas, sem futuro. Me assuta menos os ataques de bombas caseiras do que as imagens de um menino que dizia ao repórter: quando crescer quero ser bandido. Fernandinho Beira Mar agora disputa a primazia da referência de futuro com Ronaldinho e demais jogadores de futebol. Infelizmente, se nada for feito, será cada vez mais difícil encontramos nos bairros perifèricos de São Paulo meninos que queiram ser cientistas.
Dois Brasis estão se formando. O das elites tacanhas e assutadas e o o Brasil dominado pelo crime organizado e desorganizado. Não! Não estou exagerando. As estatísticas brasileiras de pessoas mortas anulamente por armas de fogo são típics de situação de guerra. São superiores as que encontramos nas guerras do Iraque. São estatísticas da guerra do Vietnam. morrem mais de 30 mil pessoas assassinadas por ano no país. Sim, vivemos uma guerra civil. As elites e o Estado não querem reconhecer, mas vivemos.
Não é uma guerra como a dos zapatistas em Chiapas. Lá, o subcomandante Marcos luta por direitos coletivos e sociais da população. Aqui o comandante Marcos, o Marcola do PCC, luta por dinheiro e por poder. Um poder despótico, sem direito, baseado na força e na violência. O exército do Marcola não luta por uma ideologia diferente da ideologia das elites econômicas. Lutam por dinheiro, dinheiro rápido, fácil. São ultra capitalistas que não praticam crimes de colarinho branco. Não fraudam licitações, mas matam policiais para demonstrar que seus soldados estão aí e podem atacar a qualquer momento.
Até quando vamos esconder esta guerra de nós mesmos?
Quanto mais tempo demorarmos para retomar nossas periferias pelas forças democráticas mais crescerá o exército dos criminosos. Não falo somente de ocupação policial. Falo principalmente de levar perspectivas, levar possibilidades de viver melhor. Falo de Educação, de telecentros e de empregos. Falo de levar a idéia de que é preciso uma revolução contra as injustiças do capitalismo bossal e desumano. Falo de levar a utopia de um mundo melhor que pode brotar das ações coletivas pela liberdade, pelo compartilhamento do conhecimento e do poder.
Infelizmente as elites acreditam que como derrotaram a esquerda, que como têm um panfleto canhestro com a revista Veja, como têm grana, poderão impor sua força contra este exército que se forma nas periferias. Pode esquecer. Os códigos deles são o individualismo extremo, distante da ética, pois agem como mercadores sem limites. Agem tecnicamente (como um técnico neoliberal que manda cortar os salários dos aposentados, não se importando se eles vão sobreviver), mas são mais radicais que as missões do FMI, pois têm pressa e para enfrentar seus problemas econômicos e para acumular rapidamente desconsideram a lei. Assim como Bush, que toma pela força um território estrangeiro, eles tomam pela força tudo o que consideram possível.
O primeiro passo para enfrentar essa situação é reconhecer que estamos em estado de guerra. O segundo passo é tentar reconquistar os territórios ocupados pelo medo, devolvendo a dignidade para a população e colocando outras perspectivas para nossos jovens. Chega desigualdades criminosas.
É na profunda injustiça e desigualdade social que os chefes do crime recrutam seus exércitos de jovens sem perspectivas, sem futuro. Me assuta menos os ataques de bombas caseiras do que as imagens de um menino que dizia ao repórter: quando crescer quero ser bandido. Fernandinho Beira Mar agora disputa a primazia da referência de futuro com Ronaldinho e demais jogadores de futebol. Infelizmente, se nada for feito, será cada vez mais difícil encontramos nos bairros perifèricos de São Paulo meninos que queiram ser cientistas.
Dois Brasis estão se formando. O das elites tacanhas e assutadas e o o Brasil dominado pelo crime organizado e desorganizado. Não! Não estou exagerando. As estatísticas brasileiras de pessoas mortas anulamente por armas de fogo são típics de situação de guerra. São superiores as que encontramos nas guerras do Iraque. São estatísticas da guerra do Vietnam. morrem mais de 30 mil pessoas assassinadas por ano no país. Sim, vivemos uma guerra civil. As elites e o Estado não querem reconhecer, mas vivemos.
Não é uma guerra como a dos zapatistas em Chiapas. Lá, o subcomandante Marcos luta por direitos coletivos e sociais da população. Aqui o comandante Marcos, o Marcola do PCC, luta por dinheiro e por poder. Um poder despótico, sem direito, baseado na força e na violência. O exército do Marcola não luta por uma ideologia diferente da ideologia das elites econômicas. Lutam por dinheiro, dinheiro rápido, fácil. São ultra capitalistas que não praticam crimes de colarinho branco. Não fraudam licitações, mas matam policiais para demonstrar que seus soldados estão aí e podem atacar a qualquer momento.
Até quando vamos esconder esta guerra de nós mesmos?
Quanto mais tempo demorarmos para retomar nossas periferias pelas forças democráticas mais crescerá o exército dos criminosos. Não falo somente de ocupação policial. Falo principalmente de levar perspectivas, levar possibilidades de viver melhor. Falo de Educação, de telecentros e de empregos. Falo de levar a idéia de que é preciso uma revolução contra as injustiças do capitalismo bossal e desumano. Falo de levar a utopia de um mundo melhor que pode brotar das ações coletivas pela liberdade, pelo compartilhamento do conhecimento e do poder.
Infelizmente as elites acreditam que como derrotaram a esquerda, que como têm um panfleto canhestro com a revista Veja, como têm grana, poderão impor sua força contra este exército que se forma nas periferias. Pode esquecer. Os códigos deles são o individualismo extremo, distante da ética, pois agem como mercadores sem limites. Agem tecnicamente (como um técnico neoliberal que manda cortar os salários dos aposentados, não se importando se eles vão sobreviver), mas são mais radicais que as missões do FMI, pois têm pressa e para enfrentar seus problemas econômicos e para acumular rapidamente desconsideram a lei. Assim como Bush, que toma pela força um território estrangeiro, eles tomam pela força tudo o que consideram possível.
O primeiro passo para enfrentar essa situação é reconhecer que estamos em estado de guerra. O segundo passo é tentar reconquistar os territórios ocupados pelo medo, devolvendo a dignidade para a população e colocando outras perspectivas para nossos jovens. Chega desigualdades criminosas.
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