Thursday, December 25, 2008
Ella e Louis: wonderful!
Ganhei de Natal a trilogia "Ella & Louis: what a wonderful duet". São três CDs que começa com a incrível "Dream a little dream of me" passando por "What a wonderfull world" e finalizando com "New Orleans Function". O primeiro CD traz Ella Fitzgerald e Louis Armstrong juntos, o segundo é um solo de Ella Fitzgerald e o terceiro do incrível Louis.
Imperdível para os amantes do jazz e do blues...
Friday, December 19, 2008
REVELATION: The Matrix Runs on Windows
Take the red pill. Get the blue screen.
Imperdível e hilário: http://www.collegehumor.com/video:1886349
Wednesday, December 17, 2008
VEM AÍ O IPv6. COMO ELE AFETARÁ A REDE?
Antonio Moreiras do NIC.br estará no Campus Party 2009 falando sobre a mudança que ocorrerá na Internet com substituição da versão 4 do IP pelo chamado IPv6. Para entender melhor o que ocorrerá seguem algumas explicações dadas pelo próprio Moreiras.
O QUE É O IPv6?
IP é a abreviação, em inglês, de Protocolo Internet. O IP é parte da base tecnologica sobre a qual a Internet é construída, e consiste num conjunto de códigos e regras que permite aos computadores comunicarem-se entre si. Uma dessas regras diz que cada computador na rede tem de ter um número, que o identifique sem possibilidade de confusão entre todos os demais... Esse número é chamado de número IP.
Usamos hoje na Internet a versão 4 do IP. A grande questão é: a quantidade de números IP é limitada e eles estão acabando. Não deve haver mais números disponíveis já em meados de 2010. Sem números novos a Internet continuará funcionando, mas terá muitas dificuldades em continuar crescendo!
O IPv6 é o sucessor do IPv4. Ele foi desenvolvido ao longo da última década com essa finalidade. Hoje ele é um protocolo maduro, com várias vantagens em relação ao seu antecessor, e suportado pelos principais equipamentos e programas de computador.
Sua implantação na Internet já está em andamento, e deve ser acelerada nos próximos anos. Espera-se que o protocolo esteja amplamente difundido quando se der o esgotamento do IPv4. Prevê-se que ambos, IPv4 e IPv6, funcionem lado a lado na Internet por muitos anos. Mas, a longo prazo, o IPv6 substituirá o IPv4.
O QUE ACONTECERÁ COM A INTERNET?
A principal vantagem do IPv6 é a quantidade de endereços disponíveis. Os endereços passam a ser representados por números de 128 bits. Isso significa que há 340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.456 endereços, o que representa cerca de 79 trilhões de trilhões de vezes o espaço disponível no IPv4. Esse número equivale a cerca de 5,6 x 10^28 (5,6 vezes 10 elevado a 28) endereços IP por ser humano, ou ainda, aproximadamente, 66.557.079.334.886.694.389 de endereços por centímetro
quadrado na superfície da Terra. Metade dos 128 bits, no entanto, está reservada para endereços locais numa mesma rede. Isso significa que "somente" 18.446.744.073.709.551.616 redes diferentes são realmente possíveis.
Outras vantagens podem ser citadas:
- O NAT (Network Address Translation) não terá mais de ser utilizado. Isso significa que a comunicação fim a fim, ou peer to peer, será sempre possível. Todos os IPs serão IPs válidos na Internet. Aplicações como vídeo conferências e voz sobre IP, por exemplo, ficarão bem mais simples e funcionarão melhor.
- Os recursos de mobilidade do IPv6, permitirão que dispositivos portáteis funcionem bem e ininterruptamente, mesmo quando o usuário está em trânsito e tem de conectar-se através de diferentes redes.
- O IPSec nativo facilitará a comunicação segura através da Internet.
- Será mais simples ter mais de um provedor Internet simultaneamente.
A idéia da apresentação na Campus Party é mostrar essa situação, sem entrar em muitos detalhes técnicos... Divulgar o assunto, que é importantíssimo para a Internet. Mais informações podem ser obtidas em http://ipv6.br.
Saturday, December 13, 2008
PIZZA, FLASHMOB, SUBSTITUTIVO DO SENADOR AZEREDO, FANFICS, FANSUBBERS E A LIBERDADE NA INTERNET: ÚLTIMAS INFORMAÇÕES.
A mobilização dos pesquisadores da cibercultura, blogueiros, ciberativistas e cidadãos conectados NÃO acabou em PIZZA. No dia 13 de novembro, a Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos deputados realizou uma audiência pública sobre o projeto de Lei de Crimes na Internet (o nome oficial do projeto substitutivo do Senador Azeredo que foi aprovado no Senado). Para esclarecer os perigos daquele projeto estavam Thiago Bottino, Luiz Moncau, da FGV-RJ, e eu. Mesmo estando em franca minoria entre os expositores, acredito que conseguimos deixar claro que o projeto não poderia ser aprovado daquela forma. É preciso dar os devidos créditos a três deputados que barraram o pedido de urgência e evitaram a votação do projeto no plenário da Câmara até que fosse ouvida a sociedade civil contrária ao projeto. A audiência pública foi aprovada pelo deputado Walter Pinheiro (BA) a pedido dos deputados Paulo Teixeira(SP) e Jorge Bittar (RJ).
No dia 14 de novembro, na Avenida Paulista, em São Paulo, foi realizada a primeira flashmob contra o projeto do Azeredo que contou com aproximadamente 100 pessoas e foi feita duas vezes no canteiro central da avenida. Por isso, alguns acreditam que devido a característica dos brasileiros chegarem atrasados aqui as flashmobs devem ser acompanhadas de refrashmobs.
Meu aluno da pós, Alexandre Izo também fez uma edição bem curta da flash para quem não sabe como foi.
No dia 5 de dezembro, na Cásper Líbero, ocorreu uma reunião do relator do projeto de Lei, deputado Julio Semeghini, com vários ativistas da sociedade civil, entre eles, João Brant (Intervozes), Pablo Ortellado, Jorge Machado e Gisele (GPOPAI),José Correia (Epidemia),Edmilson Pajé (Cobra) e Sergio Amadeu (Cásper Líbero). João Brant resumiu bem a reunião em um e-mail informando o pessoal que não pode comparecer na reunião: "O Semeghini foi receptivo às observações e preocupações todas. Disse que não vai votar um projeto que seja superabrangente, que não tem a menor intenção de que ele abranja as questões de propriedade intelectual, que não quer votar um projeto que acabe com o anonimato etc. etc. Neste último ponto, ele disse que discutiu com o Portugal e com o Azeredo porque ele é contra a identificação, e o relatório dele vai buscar deixar claro que dados devem ser mantidos. Mas o resumo geral é que ele quer achar uma redação para esses artigos que dê conta dos objetivos gerais do projeto (os objetivos, digamos, 'mais nobres', que podem ser reconhecidos como implícitos nos termos do projeto). Chegamos a dizer que o projeto teria que vir pela positiva, como um projeto que afirmasse direitos civis, e que seríamos árduos defensores de algo assim, mas que ficava difícil desentortar um projeto desse. Segundo ele, a SAL está tentando uma redação para esses artigos que dê conta dessas preocupações. Neste caso, esses pontos seriam retirados deste projeto e apresentado como um projeto à parte, complementar a esse."
É importante destacar que a garantia das práticas recombinantes, do direito dos fanfics e fansubbers à diversão e ao compartilhamento do lúdico que já havia sido colocado por mim na audiência pública, foi bem destacado na reunião. O deputado Semeghini disse que jamais entregaria um relatório que permitisse criminalizar as práticas cotidianas da cibercultura. Concordando com o relato do João Brant, acho que o deputado Semeghini está conduzindo o processo de um modo democrático, sério e favorável a manutenção da liberdade na rede.
O deputado Paulo Teixeira enviou um e-mail dizendo que se dispõe a apresentar um projeto de lei que garanta os direitos dos cidadãos na rede. Assim estaríamos invertendo a lógica da criminalização. Como tem afirmado Marcelo Branco e o Porf. Pedro Rezende é necessário estabelecer os marcos do que é direito antes de criminalizar as pessoas. Sem dúvida, se definirmos que a privacidade é um direito na navegação em rede, a identificação do rastro digital passa ser uma violação de direitos. Depois podemos avaliar se isto deve ou não ser criminalizado. Outro exemplo: se temos direito a recontar histórias e a brincar com personagens da mídia em nossas casas, deveríamos também garantir o direito dos internautas recriarem suas próprias versões de séries e de personagens da mídia. Enfim, como nos ensinoiu John Dewey a sociedade deve ser construída sobre direitos e não a partir somente de deveres. Os deveres nascem dos direitos.
Agora estamos tentando conversar com o Ministério da Justiça para que o novo projeto de Lei ao invés de ser sobre crimes na Internet seja sobre a Cidadania na rede. O Secretário Pedro Abramovay tem dado inequívocas demonstrações que está disposto a manter a liberdade na rede e a buscar um equilíbrio entre a manutenção da navegação livre e as necessidades de segurança.
Vamos continuar alertas. Nossa capacidade de mobilização tem sido muito importante para a defesa da liberdade na rede.
OBS: É possível acompanhar o passo-à-passo do projeto no site da Câmara Federal.
Thursday, December 11, 2008
Ainda dá tempo para participar do Simpósio Vigilância, Segurança e Controle Social na AL
Fernanda Bruno me enviou uma mensagem dizendo que o "call for papers" para o Simpósio "Vigilância, Segurança e Controle Social na América Latina" foi prorrogado para 16/12/2008. Neste prazo os interessados precisam apenas enviarem os RESUMOS de suas propostas de trabalho.
A seguir mais informações sobre o Simpósio:
Vigilância, Segurança e Controle Social na América Latina: Passado, Presente e Futuro
Simpósio Interdisciplinar, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, Brasil.
www.ssscla.com
4 a 6 de março de 2009
Apoio:
Surveillance Studies Network, www.surveillance-studies.net; e
Surveillance & Society, www.surveillance-and-society.org
Conferencistas:
Professor David Lyon, Queen’s University, Ontario, Canadá
Nelson Arteaga Botello, Universidad Autonoma del Estado, México
Luiz Antonio Machado da Silva, Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, Brazil
Contexto:
Vigilância tem se tornado um tema importante para as ciências sociais, e os Estudos sobre Vigilância (Surveillance Studies) uma importante área interdisciplinar de pesquisa. Entretanto, este assunto permanece dominado por perspectivas do hemisfério norte. O conceito de uma ‘sociedade da vigilância’ vem sendo desenvolvido sobretudo em países da Europa e América do Norte, mas ainda é pouco observado ou explorado além dessas regiões, mesmo que os países do hemisfério sul sejam lugares onde vigilância e controle social também apresentem impactos diretos e viscerais na vida das pessoas. Na América Latina, em especial, as práticas e tecnologias de vigilância têm tido um efeito incisivo que traz elementos da história recente, com vários países tendo experimentado longos períodos de regimes autoritários e anos de lutas violentas entre ideologias distintas, cada uma equacionando formas de controle em diferentes áreas de influência. Esses períodos deixaram um legado que se faz sentir nas práticas dos serviços de segurança e em sua relação com o Estado, e na instabilidade que ocorre em vários países da região. Ao mesmo tempo, uma vertente de monitoramento estrangeiro significativa, com intervenções diretas e indiretas, especialmente da parte dos Estados Unidos, tem imposto uma camada adicional de vigilância e controle a esses países. Este ainda é um aspecto crucial em temas como a ‘guerra contra as drogas’ na Colômbia e América Central, o controle de movimentos populacionais, particularmente as ondas de imigração para os EUA, e as disputas político-ecológicas na região amazônica. Recentemente, com novas tecnologias de vigilância urbana, especialmente vídeo-vigilância e bancos de dados eletrônicos, órgãos públicos e instituições privadas têm se envolvido com novas formas de vigilância e controle, justificadas pela crescente preocupação da classe média com o crime, os efeitos de um terrorismo regional e internacional, e a ‘guerra contra o terrorismo’.
Com a participação de pesquisadores, analistas e ativistas da América Latina e outras partes do mundo, este simpósio objetiva debater criticamente o passado, o presente e as possibilidades futuras da vigilância, segurança e controle social na região dos países latino-americanos, além de procurar estabelecer um campo fecundo de questões-chave para a pesquisa e políticas públicas.
São bem-vindas contribuições no tema central deste evento, particularmente dos países latino-americanos, relacionadas mas não limitadas aos seguintes tópicos específicos:
A história da vigilância e controle social
Vigilância e o legado permanente de regimes autoritários e ditaduras militares
Vigilância, imperialismo e capital global
Vigilância, política e classes sociais
Vigilância e movimentos sociais: controle e resistência
Crime, insegurança urbana, políticas públicas e vigilância
Novas tecnologias da vigilância
O futuro da vigilância e controle social
Conceituando vigilância e controle social: críticas de uma ‘abordagem do hemisfério norte’
Favor enviar propostas de artigos com título e resumo (máximo 250 palavras) até 16 de dezembro de 2008. Informaremos a aprovação dos mesmos no prazo de uma semana, para que haja tempo suficiente para o planejamento de viagens e hospedagens.
As contribuições serão também submetidas à apreciação para uma edição especial trilíngue do periódico Surveillance & Society, a ser publicado no início de 2010.
Este evento é gratuito e os participantes deverão buscar formas de financiar sua própria participação. Será fornecida uma lista com opções de acomodação em diferentes faixas de preço nos casos de participantes com resumos aceitos.
Contato: Dr. Rodrigo Firmino, rodrigo.firmino@pucpr.br / rjfirmino@yahoo.co.uk
Comissão organizadora:
Dr. Rodrigo Firmino, Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana, Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Curitiba, Brasil;
Dra. Fernanda Bruno, Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, Brasil;
MSc. Marta Kanashiro, Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo e Grupo Conhecimento, Tecnologia e Mercado, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, Brasil;
Dr. Nelson Arteaga Botello, Facultad de Ciencias Políticas y Administración Pública de la Universidad Autónoma del Estado de México;
Dr. David Murakami Wood, Global Urban Research Unit, Newcastle University, Reino Unido, Professor Visitante da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
Wednesday, December 10, 2008
PRIMEIRO ROBÔ LIVRE DO PLANETA SERÁ LANÇADO NO CAMPUS PARTY 2009
A equipe coordenada pelo Prof. Alexandre da Silva Simões (UNESP) resolveu seguir a idéia da Esther Luna Colombini (ITA) e começar a construir o primeiro projeto colaborativo de construção de um robô livre. Ele será apresentado no Campus Party pelo Alexandre, Esther e pelo Marcelo Nicoletti Franchin (UNESP) e Jackson Paul Matsuura (ITA).
A idéia é seguir a lógica colaborativa do movimento do software livre. No Campus Party Brasil 2009, o pessoal lançará a versão 1.0 do robô. A arquitetura do hardware e seus softwares serão abertos, sendo disponibilizados na rede para que possam ser aprimoradas pela comunidade de colaboradores. O robô será um humanóide e seu design também será melhorado pelos colaboradores.
Provavelmente, na quarta, dia 21 de janeiro, no palco principal do Campus Party será apresentado o modelo de desenvolvimento do robô, na palestra-demonstração PROJETO ROBÔ LIVRE: COLABORAÇÃO SEM LIMITES. Imperdível.
Tuesday, December 09, 2008
TIM BERNERS-LEE NO CAMPUS PARTY 2009? ...
Sim. Tudo indica que Tim Berners-Lee, o criador da web, virá ao Campus Party Brasil 2009. Provavelmente falará sobre o futuro da rede e da web semântica. Imperdível.
Atualmente, Tim Berners-Lee lidera o consórcio W3C que define os padrões da web.
Monday, December 08, 2008
Campus Party terá encontro de Lan Houses...
A ABCID, associação das Lan Houses brasileiras, irá realizar um grande encontro no Campus Party 2009.
I ENCONTRO BRASILEIRO DE CENTROS DE INCLUSÃO DIGITAL
Tema: Lan houses e cyber cafés como os principais centros de acesso
Lema: "Os desafios da inclusão digital no Brasil"
Data: 23 e 24 de janeiro de 2009
Local: Campus Party Brasil - Centro de Exposições Imigrantes - São Paulo/ SP
Horário: 09:30h ás 19:00h
Thursday, December 04, 2008
GOVERNO DO PARÁ VAI PRIVATIZAR E-MAILS DE FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
A última estratégia da micro$oft para o Brasil é ilegal. Todos sabem que um dos maiores ativos da rede é o número de acessos que um site tem. Milhares de usuários únicos valem dinheiro, pois as agências de publicidade pagam para anunciar em portais e ferramentas que têm muito acesso.
Há muito tempo, Robert Metcalfe, inventor do sistema Ethernet de redes locais, havia dito que "o valor de um sistema de comunicação cresce na razão do quadrado do número de usuários do sistema". Tal sentença passou a ser conhecida como "Lei de Metacalfe". Com ela podemos perceber a importância econômica que os acessos a uma rede adquirem.
O Governo de São Paulo e o Governo do Pará deram de graça para a micro$oft milhares de e-mails de funcionários públicos. Entregaram de graça para a micro$oft lucrar em cima dos milhares de novos acessos. O Ministério Público nem o Tribunal de Contas desses Estados ainda não se pronunciaram sobre o caso.
Os governos dizem que ganharam de graça e por isso aceitaram a doação. Será ingenuidade? Imagine quantos acessos novos o portal da micro$oft irá obter somente com essa "pequena e desinteressada doação". Os governos deveriam licitar essas contas de e-mail.
Abaixo, segue o pronunciamento do Sindicato dos Empregados em Tecnologia da Informação do Pará e Amapá. Espero que eles acionem o governo judicialmente.
"PRODEPA VAI PRIVATIZAR OS E-MAILS ESTATAIS
...
GOVERNO DO ESTADO TRAI OS PRINCIPIOS DA INCLUSÃO DIGITAL
Infelizmente, a comunidade de TIC não pode afirmar o mesmo do governo do Estado do Pará. Em
nossos dois últimos boletins divulgamos à categoria e a vários segmentos da sociedade civil, a
tentativa de monopólio dos e-mails estatais do governo do estado através da parceria dissimulada da Microsoft e o governo do estado.
O protocolo monopólio dos e-mails estatais conta com a total subserviência da Prodepa e da Secretaria de Ciência e Tecnologia. Esses dois órgãos estão em total falta de sintonia com o governo federal e o SERPRO, onde através do programa NAVEGAPARÁ descontinuarão os poucos projetos de tecnologias abertas e adotarão tecnologias proprietárias da Microsoft, mesmo que esta Multinacional, vestida de lobo na pele de cordeiro, adote o falso discurso de gratuidade de seus produtos.
Aproveitamos este momento de congratulação no SERPRO pelos 44 anos, por mais uma demonstração de verdadeiro compromisso com a inclusão social ao garantir um espaço de conhecimento de cidadania digital, para anunciarmos que o SINDPD-Pa e vários segmentos da sociedade civil paraense, desencadeará uma campanha visando barrar o Protocolo de Intenções da Microsoft e o governo do Estado do Pará."
Wednesday, December 03, 2008
The Matrix Runs on Windows
Vídeo sensacional sobre o segredo da Matrix...
Qualquer relação com a realidade não é mera coincidência.
http://www.collegehumor.com/video:1886349
Monday, December 01, 2008
SITE DE OBAMA ESTÁ LICENCIADO EM CREATIVE COMMONS
A postura mudou. Apesar de inserir um aviso bem claro de que respeita o DMCA e o copyright, o site CHANGE.GOV foi licenciado em Creative Commons. Esse é o site oficial da transição. Nele, Obama informa como será o governo que toma posse em janeiro de 2009.
Será que Obama vai enfrentar os traficantes do copyright?
Obama estudou direito. Foi ativista e tem um excelente contato com Lawrence Lessig...
Vamos ver o que acontecerá nos próximos meses.
Friday, November 28, 2008
ESTADOS UNIDOS LIBERAM ESPAÇOS ENTRE CANAIS DE TV PARA TRANSMISSÃO LIVRE
A FCC, Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos liberou as faixas de frequência, denominadas "espacos em branco" (white spaces) que existem entre os canais de TV.
O presidente da FCC, Kevin J. Martin, escreveu na declaração oficial da aprovação que "a autorização do uso dos 'espaços em brancos' do espectro é uma vitória significativa para os consumidores".
Dispositivos (gadgets) com capacidade de operarem na faixa de 900 MHz a 3Ghz, já estão sendo fabricados e foram exaustivamente testados pelo grupo de trabalho da FCC.
Esta decisão foi defendida por uma diversos grupos de consumidores, acadêmicos e pioneiros da Internet. Ela abre espaços maiores para o uso de WiFi. Além disso, pode melhorar a conectividade da banda larga sem fio e inspirar inúmeras inovações de aplicações, produtos e serviços baseados na Internet. Os cidadãos norte-americanos terão acesso a dispositivos e serviços para transmissões pessoais e comunitárias, entre outras possibilidades do uso dos "white spaces".
Martin declarou ainda que espera ver "reforçada as redes de banda larga abertas, os dispositivos P2P inteligentes e até mesmo que pequenas redes de comunicação venham a ser formadas nos "espaços em branco" entre os canais de TV".
Enquanto isto... no Brasil... a Anatel persegue Rádios Livres e usa o discurso da ABERT que elas "interferem na comunicação entre aeronaves" ... As transmissões digitais superam as velhas interferências analógicas. Os smart rádios permitem a comunicação sem ruído e vazamentos...
É preciso acelerar a campanha pelo Open Spectrum, Espectro Aberto, no Brasil.
Foto copiada da Revista Technology Review, do MIT: http://www.technologyreview.com/communications/21671/?nlid=1511&a=f
Labels:
espectro aberto,
open spectrum,
telecomunicações,
white spaces
Tuesday, November 25, 2008
VÍDEO SOBRE A FLASHMOB NA PAULISTA PELA LIBERDADE NA INTERNET
Andrea do http://natadafotografia.com/ me enviou o link do vídeo sobre a Flashmob na Av Paulista pela liberdade na Internet e contra o projeto de lei criminal do Senador Azeredo.
Imperdível http://www.vimeo.com/2343090
Sunday, November 23, 2008
ANTONIO NEGRI ESTARÁ NO FÓRUM LIVRE DO DIREITO AUTORAL, DEZEMBRO, RIO.
O MInistério da Cultura, a Escola de Comunicação da UFRJ e a Rede Universidade Nômade convidam para o FÓRUM LIVRE DO DIREITO AUTORAL: O DOMÍNIO DO COMUM a ser realizado nos dias 15, 16 e 17 de dezembro de 2008 no Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ (Auditório Pedro Calmon) Avenida Pasteur 250 - Campus Praia Vermelha - Rio de Janeiro
PROGRAMAÇÃO
Segunda-feira 15 de dezembro
8h às 9h - Credenciamento e Café da Manhã
9h - Abertura:
Ministério da Cultura (CGDA-MinC), Escola de Comunicação (ECO) da UFRJ e Rede Universidade Nômade
Mesa 1 (9h30) - A Constituição do Comum. Produção Intelectual no Capitalismo Cognitivo (com tradução)
Michael Hardt, co-autor de Império e Multidão (Universidade de Duke, Carolina do Norte)
Yann Moulier-Boutang (Université de Technologie de Compiègne, França)
Mediador: Tatiana Roque (IM/UFRJ)
Debatedor: Cesar Altamira (Universidad Nómada, Argentina)
Mesa 2 (14h-17h) - Proprietários e Piratas. A crise dos limites entre legalidade e ilegalidade: Mudanças na Lei
Pablo Ortellado (GPOPAI/USP)
Joaquín Herrera (Universidad Pablo Olavide-UPO, Espanha)
Henrique Antoun (ECO/UFRJ)
Guilherme Carboni (FAAP/Direito)
Mediador: Alexandre Mendes (Direito/UERJ)
Debatedor: Francisco de Guimaraens (PUC/Rio)
Mesa 3 (18h-21h) - Conferência de Abertura: Antonio Negri (com tradução)
Antonio Negri é autor de 'Império' e 'Multidão'. A mesa conta com a participação de Tarso Genro (Ministro da Justiça), Aloísio Teixeira (Reitor da UFRJ), Ivana Bentes (ECO/UFRJ e Universidade Nômade) e Giuseppe Cocco (ESS/UFRJ e Universidade Nômade)
........................................
Terça-feira 16 de dezembro
8h - Café da Manhã
Mesa 4 (9h) - O Consumidor-Produtor (com tradução)
Christian Marazzi (Scuola Universitaria della Svizzera Italiana)
Estela Waksberg Guerrini (Instituto de Defesa do Consumidor - IDEC)
Fabio Malini (UFES)
Paulo Henrique de Almeida (UFBA)
Mediador: Gilvan Vilarim, Revista LUGAR COMUM
Debatedor: Allan Rocha de Souza (UERJ e INPI)
Mesa 5 (11h30) - Interesse Público e Proteção Privada - Usos livres, educacionais e não-comerciais de Conteúdos Protegidos
Jorge Machado (GPOPAI-USP)
Leandro Mendonça (UFF)
Muniz Sodré (Biblioteca Nacional)
Flávia Goulart (Vice-presidente da Abeu e diretora da Editora da UFBA - EdUFBA)
Mediador: Alex Patez Galvão (ANCINE)
Debatedor: Mauricio Rocha (UERJ)
Mesa 6 (14h30-17h) - Redes Colaborativas, Pontos de Cultura e Mídia, Travas Tecnológicas
Sérgio Amadeu (Faculdade Cásper Libero)
Célio Turino (SPPC- MinC)
Ivana Bentes (ECO/UFRJ)
Barbara Szaniecki (Revista Global/Universidade Nômade)
Mediador: Leonora Corsini, LABTeC/UFRJ e Universidade Nômade
Debatedor: Sarita Albagli (IBICTS)
........................................
Quarta-feira 17 de dezembro
8h - Café da Manhã
Mesa 7 (9h) - Novas Formas de Licenciamentos
Bráulio Araújo - Intervozes
Claudio Prado - Laboratório Brasileiro de Cultural Digital
João Baptista Pimentel Neto (Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros)
Oona Castro (Overmundo)
Mediador: Giuliano Djahjah (Pontão de Cultura Digital da ECO)
Debatedor: Antonio Martins (Le Monde Diplomatique)
Mesa 8 (13h) - Encerramento: Fórum Livre
Desconferências a partir da inscrição dos participantes e pré-inscritos (10 min.) para sintetizar os 3 dias de debates e direcionar para a proposta/documento em relação às mudanças da lei
Desconferencistas (com tradução)
Representante das Universidades
Coordenação Geral do Direito Autoral (CGDA-MinC)
Editoras Universitárias
João Batista Pimentel - Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros
Maria dos Camelôs
Oscar Vega (Grupo Comuna da Bolívia)
Raúl Prada (Grupo Comuna da Bolívia)
Peter Pál Pelbart (PUC-SP)
Judith Revel (França)
Renato Rovai (Revista Fórum)
Gustavo Barreto/Pontão de Cultura Digital da ECO/UFRJ
Leandro Uchoas/Pontão de Cultura Digital da ECO/UFRJ
Giuliano Djahjah/Pontão de Cultura Digital da ECO/UFRJ
Thiago Novaes/ Descentro
Alexandre Freire /Descentro
Mais informações:
http://forumdireitoautoral.pontaodaeco.org/
Pontão de Cultura Digital da ECO UFRJ: pontao.eco@gmail.com
Wednesday, November 19, 2008
Bauman e a ambivalência: a verdade como relação social de dominação...
Ofereço este trecho do livro Modernidade e Ambivalência, de Zygmunt Bauman, para nossa reflexão:
"A verdade é, em outras palavras, uma relação social (como poder, propriedade ou liberdade): aspecto de uma hierarquia feita de unidades de superioridade e inferioridade; mais precisamente, um aspecto da forma hegemônica de dominação ou de uma pretensão a dominar pela hegemonia. A modernidade foi, desde o início, essa forma e pretensão. A parte do mundo que adotou a civilização moderna como seu princípio estrutural e valor constitucional empenhava-se em dominar o resto do mundo dissolvendo sua alteridade e assimilando o produto de sua dissolução. A alteridade perseverante só podia ser tratado como um aborrecimento temporário, como um erro fadado a ser, cedo ou tarde, superado pela verdade. A batalha da ordem contra o caos nos assuntos mundanos era reproduzida pela guerra da verdade contra o erro no plano da consciência. A ordem fadada a instalar-se e tornar-se universal era uma ordem racional; a verdade fadada a triunfar era a verdade universal (portanto apodítica e obrigatória). Juntos, a ordem política e o conhecimento verdadeiro mesclavam-se num projeto de certeza. O mundo racional e universal da ordem e da verdade não conheceria contingência nem ambivalência. O alvo da certeza e da verdade absoluta era indistinguível do espírito dominador e do projeto de dominação." (245,246)
Tuesday, November 18, 2008
DEMOSCENE, DEMOPARTIES E A MÚSICA NA COMPUTAÇÃO
Escrevi este artigo que foi publicado na Revista A Rede, n. 42, novembro de 2008
A cibercultura reunificou dois campos que haviam sido completamente afastados pelo processo de divisão do trabalho e especialização capitalistas: a ciência e as artes. A digitalização intensiva dos últimos trinta anos permitiu que alguns grupos sociais que estavam a margem do sistema ganhassem força e iniciassem uma série de experiências de tecno-arte e de fusão da música com a programação computacional. O próprio espírito do hipertexto, das ligações e pontes entre trabalhos diferentes, incentivou as recombinações e fortaleceu a criação de plataformas colaborativas e de remixagens variadas.
Um dos exemplos mais característicos desse movimento é uma subcultura que reune a computação às artes digitais chamada demoscene. O objetivo da demoscene é a produção de sons e imagens a partir da programação computacional gráfica. A enciclopédia colaborativa Wikipedia esclarece que um demo visa "demonstrar capacidade e destreza técnicas em habilidades de programação, artes gráficas e música". Resumidamente podemos dizer que os demos são programas executáveis produzidos em tempo real, reunindo programação e música. Os demos que são similares aos vídeos de música e aos pequenos filmes de animações. Em geral, são desenvolvidos em Demoparties, eventos que reúnem diversos demomakers e demogroups que competem para criarem o melhor demo.
No universo cracker, os demos eram inseridas após a proteção anticópia serem removidas dos programas de computador. Evoluiram de telas de crack (que demonstram o feito no próprio programa violado) com um simples texto para telas com efeitos combinados de sons e animações visuais. Grupos de crackers que assinavam as mensagens introdutórias as suas façanhas passaram a chamá-las de "letter" e depois de "demo". Provavelmente essa é a origem do termo.
Segundo a associação alemã Digitale Kultur (cultura Digital), que busca apoiar as atividades das demosecenes na Alemanha, Demo Parties têm ocorrido principalmente na Europa, em países como Finlândia, Holanda, França, Suécia e Alemanha. Já ocorreram algumas Demo Parties nos Estados Unidos, em Berkeley, San Diego, e também no Canadá. Uma demoparty acontece, em geral, durante três dias, em geral, nos finais de semana, em locais amplos como ginásios e auditórios. Os participantes trazem seus computadores e aparelhos de som. Sem parar um único minuto a música Loud vibra em todo o ambiente, enquanto as equipes de demomakers programam seus demos. Os trabalhos são exibidos, em geral à noite, em um telão a partir de um projetor e de gigantescas caixas de som.
As demoparties surgiram nos anos de 1980, antes da web ser criada e se expandir pelo planeta. As copyparties, eventos de compartilhamento de softwares e games, estão na origem das demoparties. Em algumas dessas reuniões, programadores, hackers demonstravam seu talento transformando as rotinas e algoritmos de determinados programas computacionais em música eletrônica. O grande lance era tirar musicas e efeitos visuais de computadores da família Apple II, Commodore 64, Atari, Amiga e PCs, entre outros. Ainda segundo a Wikipedia, "os grupos neerlandeses 1001 Crew e The Judges, ambos para Commodore 64, são mencionados como os primeiros demogroups. Competindo entre si durante o ano de 1986, criaram demos com músicas e gráficos originais, se aproveitando das capacidades técnicas do computador. Simultaneamente, outros grupos e indivíduos como Antony Crowther (Ratt) passaram a distribuir suas obras por redes como a Compunet do Reino Unido". (http://pt.wikipedia.org/wiki/Demoscene)
Existem vários repositórios de demos. Alguns deles permitem downloads de trabalhos considerados os melhores de uma série de demoparties. Na scene.org (http://www.scene.org/tips.php) é possível acessar inúmeros trabalhos que permitem observar como foi a evolução da demoscene desde 1995. Os mais recentes podem ser baixados pela rede. A ADAN (Association for Digital Arts Development) é uma associação européia, sem fins lucrativos, que mantém um stream de demos para todos os criadores de demoscene chamado de Demoscene TV (http://www.demoscene.tv/). Outra importante midia da comunidade demoscene foi a Rádio Nectarine (http://nectarine.ojuice.net/), que existiu até setembro de 2008, quando foi vítima de ataque devastador nos servidores que a hospedavam. Era uma verdadeira estação demoscene. Nectarine reproduzia músicas demo obtidas de todos os trackers da comunidade e também recebia pedidos de músicas de seus ouvintes.
A comunidade de demoscene é extremamente criativa. Sua característica mais marcante é a capacidade de unir a complexidade técnica das ciências exatas com a sensibilidade artística e o bom gosto estético. Segundo a Demoscene TV, o "espírito de equipe, a mente aberta, a criatividade e o talento permanecem sendo as palavras-chave para definir a atividade demoscene". Vincent Scheib escreveu que os demos "estão prestes a fazer de um computador a coisa mais legal que já se tenha visto, pois eles estão prestes a portar a grande música, a grande arte e a grande programação". Esta é a essência da cibercultura que hoje tem na subcultura demiscene uma das suas mais importantes manifestações.
PARA IR MAIS LONGE:
Um dos textos mais claros e descritivos da história e das tendências atuais da demoscene é Introduction to the Demoscene - hugi (somene em inglês) que pode ser acessado no site:
A cibercultura reunificou dois campos que haviam sido completamente afastados pelo processo de divisão do trabalho e especialização capitalistas: a ciência e as artes. A digitalização intensiva dos últimos trinta anos permitiu que alguns grupos sociais que estavam a margem do sistema ganhassem força e iniciassem uma série de experiências de tecno-arte e de fusão da música com a programação computacional. O próprio espírito do hipertexto, das ligações e pontes entre trabalhos diferentes, incentivou as recombinações e fortaleceu a criação de plataformas colaborativas e de remixagens variadas.
Um dos exemplos mais característicos desse movimento é uma subcultura que reune a computação às artes digitais chamada demoscene. O objetivo da demoscene é a produção de sons e imagens a partir da programação computacional gráfica. A enciclopédia colaborativa Wikipedia esclarece que um demo visa "demonstrar capacidade e destreza técnicas em habilidades de programação, artes gráficas e música". Resumidamente podemos dizer que os demos são programas executáveis produzidos em tempo real, reunindo programação e música. Os demos que são similares aos vídeos de música e aos pequenos filmes de animações. Em geral, são desenvolvidos em Demoparties, eventos que reúnem diversos demomakers e demogroups que competem para criarem o melhor demo.
No universo cracker, os demos eram inseridas após a proteção anticópia serem removidas dos programas de computador. Evoluiram de telas de crack (que demonstram o feito no próprio programa violado) com um simples texto para telas com efeitos combinados de sons e animações visuais. Grupos de crackers que assinavam as mensagens introdutórias as suas façanhas passaram a chamá-las de "letter" e depois de "demo". Provavelmente essa é a origem do termo.
Segundo a associação alemã Digitale Kultur (cultura Digital), que busca apoiar as atividades das demosecenes na Alemanha, Demo Parties têm ocorrido principalmente na Europa, em países como Finlândia, Holanda, França, Suécia e Alemanha. Já ocorreram algumas Demo Parties nos Estados Unidos, em Berkeley, San Diego, e também no Canadá. Uma demoparty acontece, em geral, durante três dias, em geral, nos finais de semana, em locais amplos como ginásios e auditórios. Os participantes trazem seus computadores e aparelhos de som. Sem parar um único minuto a música Loud vibra em todo o ambiente, enquanto as equipes de demomakers programam seus demos. Os trabalhos são exibidos, em geral à noite, em um telão a partir de um projetor e de gigantescas caixas de som.
As demoparties surgiram nos anos de 1980, antes da web ser criada e se expandir pelo planeta. As copyparties, eventos de compartilhamento de softwares e games, estão na origem das demoparties. Em algumas dessas reuniões, programadores, hackers demonstravam seu talento transformando as rotinas e algoritmos de determinados programas computacionais em música eletrônica. O grande lance era tirar musicas e efeitos visuais de computadores da família Apple II, Commodore 64, Atari, Amiga e PCs, entre outros. Ainda segundo a Wikipedia, "os grupos neerlandeses 1001 Crew e The Judges, ambos para Commodore 64, são mencionados como os primeiros demogroups. Competindo entre si durante o ano de 1986, criaram demos com músicas e gráficos originais, se aproveitando das capacidades técnicas do computador. Simultaneamente, outros grupos e indivíduos como Antony Crowther (Ratt) passaram a distribuir suas obras por redes como a Compunet do Reino Unido". (http://pt.wikipedia.org/wiki/Demoscene)
Existem vários repositórios de demos. Alguns deles permitem downloads de trabalhos considerados os melhores de uma série de demoparties. Na scene.org (http://www.scene.org/tips.php) é possível acessar inúmeros trabalhos que permitem observar como foi a evolução da demoscene desde 1995. Os mais recentes podem ser baixados pela rede. A ADAN (Association for Digital Arts Development) é uma associação européia, sem fins lucrativos, que mantém um stream de demos para todos os criadores de demoscene chamado de Demoscene TV (http://www.demoscene.tv/). Outra importante midia da comunidade demoscene foi a Rádio Nectarine (http://nectarine.ojuice.net/), que existiu até setembro de 2008, quando foi vítima de ataque devastador nos servidores que a hospedavam. Era uma verdadeira estação demoscene. Nectarine reproduzia músicas demo obtidas de todos os trackers da comunidade e também recebia pedidos de músicas de seus ouvintes.
A comunidade de demoscene é extremamente criativa. Sua característica mais marcante é a capacidade de unir a complexidade técnica das ciências exatas com a sensibilidade artística e o bom gosto estético. Segundo a Demoscene TV, o "espírito de equipe, a mente aberta, a criatividade e o talento permanecem sendo as palavras-chave para definir a atividade demoscene". Vincent Scheib escreveu que os demos "estão prestes a fazer de um computador a coisa mais legal que já se tenha visto, pois eles estão prestes a portar a grande música, a grande arte e a grande programação". Esta é a essência da cibercultura que hoje tem na subcultura demiscene uma das suas mais importantes manifestações.
PARA IR MAIS LONGE:
Um dos textos mais claros e descritivos da história e das tendências atuais da demoscene é Introduction to the Demoscene - hugi (somene em inglês) que pode ser acessado no site:
Saturday, November 15, 2008
UM RELATO DA FLASHMOB PELA LIBERDADE NA INTERNET CONTRA O SUBSTITUTIVO DO SENADOR AZEREDO
Dia 14 de novembro. Por volta das 17 hs uma chuva intensa caiu sobre a região da Paulista em São Paulo. Estava indo para o metrô Vila Madalena junto com o Pedro Markun e o Leo Germani. Alguém comentou: a flashmob será com guarda-chuva.
Quando saímos do metrô na Av Paulista a chuva havia passado e algumas pessoas já se aglomeravam na escadaria da Gazeta. Obviamente os relógios dos manifestantes que chegavam com o NÃO! grafado em folhas de sulfite indicavam horários diferentes.
Era ou não 18h? O Edney sugeriu que observassemos o relógio do próprio canteiro central da Av. Paulista.
Uma flashmob é uma manifestação instantânea de pequena duração e que se dissipa imediatamente após seu ato cosntitutivo. Assim, fomos para o canteiro central e ficamos por volta de três minutos.
Viramos para a outra calçada e depois...
... fizemos 30 segundos de contagem regressiva para a dispersão.
Pronto! Flashmob realizada. Convocada pelo twitter e por alguns blogs ela mostrou que podemos nos mobilizar presencialmente em defesa da liberdade na Internet.
Mas, o trânsito em São Paulo é infernal. Quando estamos indo embora, chegavam mais pessoas exigindo participar da flashmob que já havia acabado. Pablo Ortellado, Marcelo Marques, André Lemos, deputado Paulo Teixeira, João da Cedesc, pessoal do Serpro vindo da Capela do Socorro, enfim muita gente começou a chegar bem depois das 18 hs.
Bom, como uma manifestação auto-organizada ela resolveu se auto-constituir de novo. A flashmob virou uma refreshmob.
Estas fotos foram enviadas pela Heloisa Rocha do http://www.acessoespecial.com.br/. Eu mesmo não consegui bater quase nenhuma foto.
Mais de cem pessoas participaram das duas mobilizações instantâneas...
A flashmob do dia 14 é um protesto em defesa da liberdade na rede. É um pequeno ato da grande mobilização na rede para derrotar o projeto substitutivo do Senador Azeredo que trata de crimes na Internet. Hoje, dia 15 de novembro, dia da República, também é dia de protesto blogagem política pela liberdade de expressão, privacidade e livre criação e pesquisa na rede mundial de computadores.
Friday, November 14, 2008
FLASH PELA LIBERDADE NA INTERNET
HOJE, SEXTA, DIA 14 DE NOVEMBRO, 18 H, NO CANTEIRO CENTRAL DA AVENIDA PAULISTA EM FRENTE AO PRÉDIO DA GAZETA (ALTURA DO 900), FLASHMOB EM DEFESA DA LIBERDADE DA REDE E CONTRA O PROJETO SUBSTITUTIVO DO SENADOR AZEREDO. TRAGA UMA FOLHA DE SULFITE ESCRITO "NÃO".
A FLASHMOB É UMA MANIFESTAÇÃO INSTANTANEA QUE DURA UM OU DOIS MINUTOS.
A FLASHMOB É UMA MANIFESTAÇÃO INSTANTANEA QUE DURA UM OU DOIS MINUTOS.
Tuesday, November 11, 2008
ALERTA: NESTA QUINTA OCORRERÁ A AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE O PROJETO AZEREDO DE CRIMES NA INTERNET
Fui convidado para participar da audiência pública sobre o Substitutivo Azeredo do projeto de crimes na Internet (que na Câmara chama-se PL 84/1999), nesta quinta, dia 13 de novembro, em Brasília. Levarei as preocupações da sociedade civil e da comunidade acadêmica para o debate com os deputados.
Abaixo, segue a notícia sobre a audiência, publicada no portal da Câmara dos Deputados.
CCTCI debaterá crimes cibernéticos, PGO e radiodifusão neste mês
07/11/2008
"O presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara, deputado Walter Pinheiro (PT-BA), divulgou nesta quarta-feira o cronograma de audiências públicas para o mês de novembro.
Na próxima semana, a audiência será realizada em conjunto com a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado na quinta-feira (13/11), para debater a tipificação dos crimes e delitos cometidos na área de informática e suas penalidades, tema do Projeto de Lei 84/1999, que foi alterado no Senado, e tramita em regime de urgência urgentíssima na Câmara.
Para participar do debate foram convidados o Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Pedro Vieira Abramovay; o Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, Fernando Neto Botelho; o Delegado da Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal, Carlos Eduardo Sobral; Professor da Faculdade Cásper Líbero e representante da Comunidade Software Livre, Sérgio Amadeu da Silveira; o Diretor-presidente da Associação Brasileira dos Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet (Abranet), Eduardo Fumes Parajo; o Professor da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ronaldo Lemos, e o advogado Renato Opice Blum.
Na CCTCI, os requerimentos (136 e 139/2008) para a realização da audiência são assinados pelos deputados Jorge Bittar (PT-RJ), Paulo Teixeira (PT-SP) e Paulo Henrique Lustosa (PMDB-CE).
(...)"
Abaixo, segue a notícia sobre a audiência, publicada no portal da Câmara dos Deputados.
CCTCI debaterá crimes cibernéticos, PGO e radiodifusão neste mês
07/11/2008
"O presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara, deputado Walter Pinheiro (PT-BA), divulgou nesta quarta-feira o cronograma de audiências públicas para o mês de novembro.
Na próxima semana, a audiência será realizada em conjunto com a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado na quinta-feira (13/11), para debater a tipificação dos crimes e delitos cometidos na área de informática e suas penalidades, tema do Projeto de Lei 84/1999, que foi alterado no Senado, e tramita em regime de urgência urgentíssima na Câmara.
Para participar do debate foram convidados o Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Pedro Vieira Abramovay; o Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, Fernando Neto Botelho; o Delegado da Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal, Carlos Eduardo Sobral; Professor da Faculdade Cásper Líbero e representante da Comunidade Software Livre, Sérgio Amadeu da Silveira; o Diretor-presidente da Associação Brasileira dos Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet (Abranet), Eduardo Fumes Parajo; o Professor da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ronaldo Lemos, e o advogado Renato Opice Blum.
Na CCTCI, os requerimentos (136 e 139/2008) para a realização da audiência são assinados pelos deputados Jorge Bittar (PT-RJ), Paulo Teixeira (PT-SP) e Paulo Henrique Lustosa (PMDB-CE).
(...)"
Wednesday, November 05, 2008
II SIMPÓSIO DA ABCIBER: PLENÁRIA EM DEFESA DA LIBERDADE NA INTERNET
NO II SIMPÓSIO DA ABCIBER (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM CIBERCULTURA) OCORRERÁ UMA PLENÁRIA ESPECIAL
10 de novembro - segunda-feira- 14h
PLENÁRIA ESPECIAL I
LIBERDADE NA INTERNET
Articulação e mediação: André Lemos (UFBA) e Sérgio Amadeu da Silveira (Cásper Líbero)
LOCAL: PUC-SP, em Perdizes, na Rua Monte Alegre, 984.
VAMOS DISCUTIR OS ATAQUES À LIBERDADE NA REDE, O PROJETO DE LEI DO AZEREDO, A MOBILIZAÇÃO PARA BARRAR O PROJETO, A DEFESA DAS REDES ABERTAS E CONTRA O VIGILANTISMO E OS ATAQUES À PRIVACIDADE, ÀS PRÁTICAS RECOMBINANTES, À LIBERDADE DE PESQUISA E CRIAÇÃO.
COMPAREÇA E AJUDE A DIVULGAR
Labels:
ativismo digital,
cibercultura,
defesa da liberdade
Tuesday, November 04, 2008
PARA ACOMPANHAR AS ELEIÇÕES NOS EUA PELAS REDES SOCIAIS...
Sim, existe uma nova esfera pública. Trata-se da esfera pública interconectada. Nela convivem os mass media e as mídias sociais, comunidades virtuais, a blogosfera e as diversas redes de relacionamento. Atualmente, é possível acompanhar as eleições norte-americanas pelas redes sociais.
Segue a relação de algumas das mais destacadas redes sociais que estão acompanhando as eleições nos Estados Unidos:
Bitacoras.com: Elecciones USA
Current TV/Digg: Current Diggs the Election
Facebook: Elections 2008
Google: Google2008 U.S. Election
Google Maps: Keep up-to-date on the 2008 election with Google Maps
Technorati: Election 2008
Twitter: Election 2008 E Twitter Vote Report
YouTube: You Choose
Um exaustivo levantamento sobre o uso da Internet na cobertura das eleições norte-americanas e das possibilidades de uso político da tecnologia da infromação foi feito pelo blogueiro Antoni Gutiérrez (em espanhol) http://www.gutierrez-rubi.es/?page_id=53
Saturday, November 01, 2008
ANÚNCIO DE EMPRESA DE CELULAR CONTRA BUSH
Quando pesquisava o ativismo em rede me deparei com um anúncio da CREDO MOBILE, uma operadora de celular norte-americana. Eles financiam vários movimentos e causas progressistas. Comecei a ler sobre a história dessa companhia. O anúncio é uma denúncia das outras companhias que financiam as forças conservadoras norte-americanas. CREDO apóia Obama.
Labels:
campanha política,
celular,
ciberativismo,
CREDO,
defesa da liberdade
Thursday, October 30, 2008
HOJE É DIA DO SACI: HALLOWEEN SÓ SE FOR COM CARNE SECA...
Hoje é dia do Saci. Dia em que os saciólogos também comemoram a fundação da Sociedade do Saci.
Para celebrar este grande dia, acho que todos nós deveríamos ler o Manifesto do Saci:
MANIFESTO DO SACI
Um espectro ronda a indústria da cultura. Como já ocorrera durante a I Guerra Mundial – quando os chamados “ povos civilizados” se matavam entre si nos campos da Europa, como lembra Monteiro Lobato em seu Inquérito, escrito em 1917 –, o espectro do Saci voltou para dar nó na crina das potências que invadem os outros países com uma “indústria cultural” predadora e orquestrada.
O Saci é reconhecido como uma força da resistência cultural a essa invasão. Na figura simpática e travessa do insigne perneta, esbarram hoje, impotentes, os x-men, os pokemon, os raloins e os jogos de guerra, como esbarravam ontem patos assexuados e ratos com orelhas de canguru.
É tempo, pois, do Saci expor abertamente seus objetivos, lançando um manifesto e denunciando o verdadeiro espectro: o espectro do imperialismo cultural. Para tanto, outros expoentes do imaginário cultural brasileiro – como o Boitatá, a Iara, o Curupira e o Mapinguari – reuniram-se e redigiram o presente manifesto.
A cultura popular é um elemento essencial à identidade de um povo. As tentativas insidiosas de apagar do imaginário do povo brasileiro sua cultura, seus mitos, suas lendas, representam a tentativa de destruir a identidade do nosso país. A história de todas as culturas até hoje existentes é a história de opressores e oprimidos. Hoje, como ontem, o Saci apóia, em qualquer lugar e em qualquer tempo, qualquer iniciativa no sentido de contestar a arrogância, a prepotência e a destruição de que é portadora a indústria cultural do império.
O Saci não se reivindica como símbolo único e incontestável da cultura popular brasileira. O Saci trabalha pela união e pelo entendimento das várias iniciativas culturais que devolvam ao nosso povo a valorização de sua identidade cultural. O Saci não dissimula suas opiniões e seus objetivos e proclama, abertamente, que estes só podem ser alcançados por um amplo movimento de resistência cultural, denunciando os malefícios da indústria cultural imperialista. Que ela trema à idéia de uma resistência cultural popular. Nesta, o Saci nada tem a perder a não ser seus grilhões. E tem um mundo a ganhar.
Sacis de todo o Brasil, unamo-nos!
Agora segue o ...
MANIFESTO ANTROPÓFAGO REVISITADO
Qualquer semelhança com o Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade, do ano de 1928, não se trata de mera coincidência!
Só o saci nos une. Sacialmente. Etnicamente. Culturalmente. No ano 449 da deglutição do Bispo Sardinha em Piratininga, e 75 anos após o lançamento do Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade, os saciólogos desta terra vão, aos pulos, convergindo em torno da única lei justa do mundo globalizado. O saci resgata nossa identidade, nossas raízes, o xis da questão tupi. Contra todas as catequeses do Império só nos interessa o que não é deles. A lei do saci.
Estamos fatigados de todos os colonialismos travestidos de drama roliudiano. O cinema americano devorando corações e mentes. Demente. No país onde dá status ter casa em Maiami e comprar em sales com 20% off. Estacionar no valet parking e pedir comida delivery. Por isso fazemos eco ao brado oswaldiano, contra todos os importadores da consciência enlatada. Oswald ainda grita, resquícios do nheengatú ecoando ao longe. Nunca admitimos o nascimento de Jeca Tatu entre nós. Só que o Jeca de Lobato resiste. Ele resiste ao Pato Donald, aos Poquemons, ao Raloim, às bruxas do Bush.
O instinto do Saci. Só Saci. Um Saci contra as histórias do homem que começam no Cabo Canaveral. A fixação do progresso por meio de catálogos e aparelhos de televisão. E os transfusores de sangue. Das veias abertas da América Latina. Antes dos norte-americanos ocuparem o Brasil, o saci já tinha descoberto a felicidade. Definida pela sacizidade de um antropófago, o próprio Saci. A transfiguração da Abóbora em carne seca. Antropofagia. Absorção do inimigo abóbora.
A nossa independência já foi proclamada no 7 de Setembro, em São Luís do Paraitinga. Expulsamos o imperialismo travestido de globalização hegemônica. Contra a realidade social, vestida e opressora, cadastrada em Washington e Londres, a realidade sem complexos e sem penitenciárias do saciarcado de Pindorama.
São Luis de Paraitinga, 31 de outubro de 2003, ano da deglutição final da abóbora
POLÍCIA APREENDE SERVIDOR DE PESQUISADORES DA UNICAMP
Recebi o comunicado do grupo de pesquisadores da Unicamp alertando sobre a ação policial contra a sua liberdade de pesquisa. Muito estranho. O absurdo é a Polícia apreender um computador sem nenhuma decisão judicial. Onde está o Ministério Público?
Esta situação é gravíssima.
Comunicado do coletivo Saravá a respeito do servidor apreendido no IFCH
No dia 06/08/08, a Policia Civil do 7º DP de Barão Geraldo (Campinas) apreendeu o servidor de internet do Grupo de Estudos Saravá que estava hospedado no IFCH - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, devido a uma denúncia feita pela reitoria da mesma universidade.
O Saravá é um grupo multidisciplinar de tecnologia, cultura, política e sociedade que utiliza como campo de estudo seu próprio servidor sendo este utilizado por diversos grupos sociais. Operando esse servidor desde Maio de 2005 no IFCH, o Saravá fomenta o intercâmbio entre grupos sociais e tecnologia informacional, sendo essa interface o seu principal campo de estudos.
Com base numa denúncia enviada pela Comissão Holandesa de Proteção à Informações Pessoais de que havia um sítio no servidor divulgando dados privados de cidadãos holandeses, a Reitoria da Unicamp acionou a polícia brasileira, sem ao menos ter o cuidado de tomar conhecimento do que se
tratava pois não entrou em contato com a direção do instituto(IFCH), nem com os/as responsáveis pela administração da máquina, procedimento corriqueiro em casos de pedidos relacionados a conteúdos disponibilizados na internet pela universidade.
O sítio em questão foi instalado em Maio de 2008, como proposta de estudo de um grupo que trabalha com a problemática da imigração, tratada como ilegal na Holanda. O sítio estabelecia a "cadeia produtiva" da indústria da deportação holandesa, relacionando executivos e políticos
envolvidos nessa política de Estado e divulgando suas informações pessoais. É importante lembrar que tais informações já se encontravam disponíveis publicamente, e portanto estas ações não configuram nenhum tipo de ato criminoso por parte do grupo em questão.
Ao tomar conhecimento através da imprensa holandesa de que o sítio disponibilizava informações pessoais, e que isto não agradava as pessoas cujas informaços estavam sendo divulgadas o Saravá se prontificou a tomar uma atitude e retirou o conteúdo do ar. Ao mesmo tempo, a reitoria
da Unicamp decidiu resolver o problema da forma mais inadequada possível: sem entrar em contato com o coletivo Saravá, ou com algum dos grupos de pesquisa hospedados, a reitoria repassou as denúncias para a polícia, ao mesmo tempo em que ordenou o desligamento da máquina. Por
conta desta última arbitrariedade não ter passado pela diretoria do IFCH, o Saravá conseguiu religar seu servidor, podendo assim apagar o referido sítio e continuar suas atividades sem maiores problemas.
O inquérito policial prosseguiu e, após alguns dias, o servidor foi apreendido sem mandado judicial e com a conivência da Procuradoria da Unicamp. Posteriormente, a máquina foi encaminhada à perícia criminalística para a averiguação da existência das informações pessoais.
Essas atitudes da Reitoria da Unicamp conflitam inclusive com a posição do Governo Brasileiro com relação às políticas anti-imigração adotadas nos estados europeus. A recém-aprovada Diretiva do Retorno, que consiste num conjunto de medidas visando agilizar o processo de detenção, classificação e deportação de imigrantes considerados como ilegais, foi recebida com severas críticas por importantes autoridades brasileiras, que ressaltaram o papel histórico do Brasil em aceitar imigrantes de todo o mundo.
A internet, assim como as fronteiras dos países, está caminhando para uma perspectiva sombria de controle indiscriminado. Não podemos deixar que a Universidade, local para a livre circulação de idéias, adote as mesmas medidas fascistas e draconianas contra a liberdade de expressão e o direito de ir e vir. O controle de fluxos humanos e informacionais estão igualmente sendo vítimas de políticas totalitárias.
Por conta de um único sítio, todo um servidor foi retirado do ar, como se toda uma biblioteca fosse lacrada por causa de um único livro. O Saravá não concorda com a exposição de dados pessoais de quem quer que seja mas não deixa de considerar que a questão da imigração deva ser
debatida e ter visibilidade em toda a sociedade e principalmente no âmbito da academia. No tempo da escravidão, o abolicionismo era perseguido, algo que hoje seria inaceitável.
Várias pesquisas estão interrompidas por conta da ausência do servidor e centenas de pessoas se encontram impossibilitas de acessar suas próprias publicações. A cada dia que o servidor permanece sob custódia aumentam os prejuízos para sua comunidade de usuários/as e para os estudos em andamento.
Consideramos que as atitudes tomadas pela Reitoria da Unicamp ferem a autonomia universitária pois transformam a liberdade de pesquisa em caso de polícia.
Reconhecendo a importância e a legitimidade do nosso grupo de pesquisa e dos sítios por nós abrigados e seus conteúdos, a Reitoria da Unicamp se dispôs a nos fornecer uma máquina temporária para a continuidade das atividades, o que nos ajudaria por hora mas infelizmente esta iniciativa
não resolverá completamente o problema, pois o conteúdo dos sítios está sequestrado para fins de análise forense.
Tem sido de grande importância todo o apoio que recebemos dentro e fora da Unicamp, não só da comunidade acadêmica, que não tem feito vistas grossas para esses acontecimentos, mas também dos grupos e movimentos que se encontram com suas pesquisas e atividades congeladas até este
momento.
Esperamos obter o mais breve possível o nosso conteúdo, de forma que os grupos que compartilham de nossa ferramenta possam retomar os seus trabalhos o quanto antes.
É fundamental a garantia de que a universidade pública se manterá antes de tudo zelosa por aquilo que abriga: a liberdade de pesquisa dentro dos parâmetros éticos e a garantia da não-interferência da polícia na resolução dos seus problemas internos. Exigimos o retorno do servidor apreendido.
São Paulo, 30 de outubro de 2008
Coletivo Saravá
Esta situação é gravíssima.
Comunicado do coletivo Saravá a respeito do servidor apreendido no IFCH
No dia 06/08/08, a Policia Civil do 7º DP de Barão Geraldo (Campinas) apreendeu o servidor de internet do Grupo de Estudos Saravá que estava hospedado no IFCH - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, devido a uma denúncia feita pela reitoria da mesma universidade.
O Saravá é um grupo multidisciplinar de tecnologia, cultura, política e sociedade que utiliza como campo de estudo seu próprio servidor sendo este utilizado por diversos grupos sociais. Operando esse servidor desde Maio de 2005 no IFCH, o Saravá fomenta o intercâmbio entre grupos sociais e tecnologia informacional, sendo essa interface o seu principal campo de estudos.
Com base numa denúncia enviada pela Comissão Holandesa de Proteção à Informações Pessoais de que havia um sítio no servidor divulgando dados privados de cidadãos holandeses, a Reitoria da Unicamp acionou a polícia brasileira, sem ao menos ter o cuidado de tomar conhecimento do que se
tratava pois não entrou em contato com a direção do instituto(IFCH), nem com os/as responsáveis pela administração da máquina, procedimento corriqueiro em casos de pedidos relacionados a conteúdos disponibilizados na internet pela universidade.
O sítio em questão foi instalado em Maio de 2008, como proposta de estudo de um grupo que trabalha com a problemática da imigração, tratada como ilegal na Holanda. O sítio estabelecia a "cadeia produtiva" da indústria da deportação holandesa, relacionando executivos e políticos
envolvidos nessa política de Estado e divulgando suas informações pessoais. É importante lembrar que tais informações já se encontravam disponíveis publicamente, e portanto estas ações não configuram nenhum tipo de ato criminoso por parte do grupo em questão.
Ao tomar conhecimento através da imprensa holandesa de que o sítio disponibilizava informações pessoais, e que isto não agradava as pessoas cujas informaços estavam sendo divulgadas o Saravá se prontificou a tomar uma atitude e retirou o conteúdo do ar. Ao mesmo tempo, a reitoria
da Unicamp decidiu resolver o problema da forma mais inadequada possível: sem entrar em contato com o coletivo Saravá, ou com algum dos grupos de pesquisa hospedados, a reitoria repassou as denúncias para a polícia, ao mesmo tempo em que ordenou o desligamento da máquina. Por
conta desta última arbitrariedade não ter passado pela diretoria do IFCH, o Saravá conseguiu religar seu servidor, podendo assim apagar o referido sítio e continuar suas atividades sem maiores problemas.
O inquérito policial prosseguiu e, após alguns dias, o servidor foi apreendido sem mandado judicial e com a conivência da Procuradoria da Unicamp. Posteriormente, a máquina foi encaminhada à perícia criminalística para a averiguação da existência das informações pessoais.
Essas atitudes da Reitoria da Unicamp conflitam inclusive com a posição do Governo Brasileiro com relação às políticas anti-imigração adotadas nos estados europeus. A recém-aprovada Diretiva do Retorno, que consiste num conjunto de medidas visando agilizar o processo de detenção, classificação e deportação de imigrantes considerados como ilegais, foi recebida com severas críticas por importantes autoridades brasileiras, que ressaltaram o papel histórico do Brasil em aceitar imigrantes de todo o mundo.
A internet, assim como as fronteiras dos países, está caminhando para uma perspectiva sombria de controle indiscriminado. Não podemos deixar que a Universidade, local para a livre circulação de idéias, adote as mesmas medidas fascistas e draconianas contra a liberdade de expressão e o direito de ir e vir. O controle de fluxos humanos e informacionais estão igualmente sendo vítimas de políticas totalitárias.
Por conta de um único sítio, todo um servidor foi retirado do ar, como se toda uma biblioteca fosse lacrada por causa de um único livro. O Saravá não concorda com a exposição de dados pessoais de quem quer que seja mas não deixa de considerar que a questão da imigração deva ser
debatida e ter visibilidade em toda a sociedade e principalmente no âmbito da academia. No tempo da escravidão, o abolicionismo era perseguido, algo que hoje seria inaceitável.
Várias pesquisas estão interrompidas por conta da ausência do servidor e centenas de pessoas se encontram impossibilitas de acessar suas próprias publicações. A cada dia que o servidor permanece sob custódia aumentam os prejuízos para sua comunidade de usuários/as e para os estudos em andamento.
Consideramos que as atitudes tomadas pela Reitoria da Unicamp ferem a autonomia universitária pois transformam a liberdade de pesquisa em caso de polícia.
Reconhecendo a importância e a legitimidade do nosso grupo de pesquisa e dos sítios por nós abrigados e seus conteúdos, a Reitoria da Unicamp se dispôs a nos fornecer uma máquina temporária para a continuidade das atividades, o que nos ajudaria por hora mas infelizmente esta iniciativa
não resolverá completamente o problema, pois o conteúdo dos sítios está sequestrado para fins de análise forense.
Tem sido de grande importância todo o apoio que recebemos dentro e fora da Unicamp, não só da comunidade acadêmica, que não tem feito vistas grossas para esses acontecimentos, mas também dos grupos e movimentos que se encontram com suas pesquisas e atividades congeladas até este
momento.
Esperamos obter o mais breve possível o nosso conteúdo, de forma que os grupos que compartilham de nossa ferramenta possam retomar os seus trabalhos o quanto antes.
É fundamental a garantia de que a universidade pública se manterá antes de tudo zelosa por aquilo que abriga: a liberdade de pesquisa dentro dos parâmetros éticos e a garantia da não-interferência da polícia na resolução dos seus problemas internos. Exigimos o retorno do servidor apreendido.
São Paulo, 30 de outubro de 2008
Coletivo Saravá
Wednesday, October 29, 2008
CELULARES DESCARTÁVEIS PODEM AJUDAR A REDUZIR O LIXO ELETRÔNICO?
Estudando as várias possibilidades de comunicação de baixo custo me deparei com os celulares descartáveis (disposable cell phone). As possibilidades são várias e a maior parte do aparelho ode ser feito de papel.
A Hop-on Inc anunciou no início deste ano que irá lançar um celular descartável por US$ 10 (obviamente, isso aconteceu antes da explosão da crise de hiper-virtualização do capital financeiro norte-americana). A empresa ainda se comprometia a pagar U$ 5 para quem retornasse com o aparelho utilizado para a reciclagem.
A idéia parece muito boa. Acho que fundir a tecnologia embarcada nos celulares descartáveis com a idéia de Wearable computers pode gerar roupas com capacidade de conexão wireless.
Labels:
celular,
celular descartável,
disposable cell phone
Wednesday, October 22, 2008
O PEQUENO LUCAS E SEU OFURÔ
Este é o pequenino Lucas, com seus quatro dias de vida, tomando banho em seu balde-ofurô
Foi o Cacá, seu neonatologista, que me ensinou a dar este banho. Tive um pouco de receio, mas fui me ajeitando e o pequenino Lucas pode relaxar por 20 minutos com uma cara de felicidade eletrizante.
Bom, quem é Lucas? Meu filho que nasceu no sábado, às 00h50, ainda prematuro. Sai do Encontro de Professores de Jornalismo, na Cásper Líbero, logo que encerrei uma exposição sobre os impactos do digital na comunicação. Liguei e não encontrei ninguém em casa. Fiquei desconfiado. Em seguida, recebi uma ligação da Bianca. Ela respirava forte e me disse que estava no São Luiz. Tinha ido direto, sem pegar nada em casa. Disse que tinha começado o trabalho de parto.
Fui voando para casa e no caminho encontrei meus amigos, Irineu, Mariel e Mariana, que se juntaram a minha irmã Maria Lúcia na "Operação Rebento". Liguei várias vezes para minha filha, Bruna, que devia estar na balada. Minha ex-mulher, Stella Bruna, me ajudou a localizá-la. Ela veio voando para a Maternidade. Conseguiu chegar a tempo de participar do parto do seu irmãozinho.
Esta é a Bruna ao sair da sala de parto para avisar que Lucas nasceu pequenino, mas calmo e decidido. Contou emocionada que cortou o cordão umbilical quando ele parou de pulsar. Tive vontade de chorar...
A mãe da Bianca, avó do Lucas segurou a filha que agachada deu a luz em um parto rápido e muito natural. Não consegui tirar foto da Dra Andrea, da Ana Cris, parteira, e da Cris, doula, que garantiram que tudo tenha ocorrido tão bem. Essas guerreiras são do GAMA (http://www.maternidadeativa.com.br/), Grupo de Apoio a Maternidade Ativa. Parto não é doença, não devia ser feito no hospital, a não ser em casos de risco. O Lucas nasceria em casa, mas como não queria esperar completar nove meses de gestação, a equipe do Gama aconselhou Bianca a parir no hospital.
Quero declarar que o Lucas não gostou de ficar longe de casa. No domingo à noite, depois da equipe do Hospital nos alertar que se Lucas perdesse muito peso iriam dar nanon, leite artificial, para o pequenino. Bianca achou que eles exageraram e chamou pelo Cacá, neonatologista que participa do Gama. O Cacá veio, me ensinou várias posições para deixar o Lucas confortável, destruiu diversos mitos que eu carregava comigo sobre recém-nescidos, aplacou o stress e deu alta às 22h30, para mãe e filho. Com a ajuda de muitas pessoas pegamos as flores, presentes, sacolas e fomos para casa.
Triste foi descobrir que muitas mães desesperadas, ao perceberem que a criancinha ainda não aprendeu amamentar acabam dando leite artificial para seu filho, aceitando a pressão de médicos que deveriam dizer a história toda para a mãe. Nada é melhor do que leite materno nos primeiros meses de vida. Nada. A criancinha tem que aprender a sugar, a mamar, a mãe precisa estimular com a sucção do bebê a produção de seu leite. Nanon pode por tudo isto a perder. A mãe da Lu, Dra Maria Isabel, foi quem já no sábado, algumas horas depois do nascimento, começou a ensinar o Lucas a sugar. Ela disse que seria um aprendizado e que poderia exigir um pouco de paciência, mas que ele poderia aprender rápido. Foi o que aconteceu. A Dra Maria Isabel será a pediatra do Lucas.
Outra coisa que descobri: mais de 90% dos partos em hospitais particulares, em São Paulo, são cesarianas. Cortam as mulheres por comodidade, por pressa de atender na hora marcada, não por necessidade de uma gravidez complicada, não para salvar vidas. Transformaram o ato de nascer em um ato médico. O homem torna-se cada vez mais um animal pós-humano. A mãe detonada e o filho retirado de sobressalto com hora marcada. Uma pena. Minha irmã me contou que iria fazer cesariana, mas encontrou uma boa médica que disse não ser o melhor caminho. Infelizmente, a maioria não age assim. A Organização Mundial de Saúde tem denunciado o abuso das cesarianas no Brasil.
Eu vi, duas horas após o Lucas nascer, a Bianca andando feliz e recebendo amigas e amigos que ficaram sabendo do nascimento do Lucas e partiram da balada, às 3h30, para a Maternidade. Queria declarar que fiquei fã do pessoal do Gama e do parto humanizado.
Vida Longa ao Lucas, libriano com ascendente em Câncer.
Friday, October 17, 2008
JIMMY WALES, FUNDADOR DA WIKIPEDIA, NO CENTRO CULTURAL SÃO PAULO, 10 DE NOVEMBRO
Jimmy Wales, fundador da Wikipedia, estará no Brasil e participará de discussão sobre produção colaborativa de conhecimentos livres.
Este texto foi copiado do site WikiBrasil - Mutirão de Conhecimentos Livres
Os desafios e oportunidades para produção colaborativa de conhecimentos livres no Brasil é tema de debate no Centro Cultural São Paulo, às 19h30 do dia 10 de novembro de 2008 (segunda-feira). O evento, nomeado WikiBrasil: Mutirão de Conhecimentos Livres, celebra também o início da atuação da WikiMedia no Brasil.
Jimmy Wales, fundador da Wikipedia, participará da discussão em formato não-linear com convidados. Já estão confirmadas as presenças de Ethevaldo Siqueira, Gilberto Dimenstein, Gilson Schwartz, Karen Worcman, Ladislau Dowbor, Lala Dezeinhelin, Reinaldo Pamponet, Renato Rovai, Sérgio Amadeu, entre outros.
As inscrições ocorrerão pela internet em hotsite dedicado ao evento. A bilheteria do Centro Cultural São Paulo distribuirá, uma hora antes do início do debate, senhas gratuitas para a sala Adoniran Barbosa, com capacidade para até 600 pessoas. Os interessados de outras localidades poderão enviar perguntas e acompanhar o evento pela internet.
NA WIKIPEDIA VOCÊ PODE ENCONTRAR MAIS DETALHES DA BIOGRAFIA DE JIMMY WALLES
Jimmy Donal "Jimbo" Wales (Huntsville, 7 de agosto de 1966) é um empresário estadunidense de Internet, mais conhecido pelo público como o fundador, em 2001, do projeto livre Wikipédia. Atualmente, ele é membro do conselho de administradores da Fundação Wikimedia e é um dos fundadores da Wikia, uma propriedade privada de serviço livre de hospedagem de sites criado em 2004.
Juntamente com Larry Sanger, Wales ajudou a popularizar a tendência do desenvolvimento da web que visa facilitar a criatividade, a educação e o conhecimento humano de acesso livre, por meio da colaboração compartilhada entre usuários. Com o produto de seu trabalho com a Wikipédia, que se tornou a maior enciclopédia do mundo, a revista Times listou Wales como uma das pessoas mais influentes do mundo em 2006.
Thursday, October 16, 2008
W.BUSH LANÇA NOVA LEI CONTRA O COMPARTILHAMENTO DE ARQUIVOS NA REDE
Uma nova lei, apelidada de "PRO-IP ACT", foi sansionada pelo presidente George W. Bush na segunda-feira última. Aplaudida pela indústria do copyright, a lei cria um super funcionário que terá acesso direto ao presidente para definir ações de proteção do copyright, seja dento ou fora dos Estados Unidos. Além disso, os usuários de redes que compartilham arquivos digitais poderão ter seus IPs identificados. Uma vez comprovado que um determinado IP recebeu ou enviou alguma música ou vídeo protegido por copyright será acionado pelas autoridades norte-americanas.
Uma das medidas mais absurdas da lei é a que permite os vigilantes do copyright confiscarem computadores, i-pods, celulares e aparelhos eletrônicos que contenham arquivos digitais sem a devida licença de uso.
Os defensores da lei, Recording Industry Association of America and Motion Picture Association of America dizem que ela é indispensável para proteger a inovação. Obviamente, sabemos que isso não passa de um discurso vazio. Querem evitar o uso justo, ou seja, pessoal, sem finalidade comercial, de obras culturais. Querem evitar a remixagem e que as pessoas que pagaram pelo CD ou pela música a portem para seus computadores ou para pen drivers. No final, tentam manter os fluxos bilionários que a indústria da intermediação obtinha no mundo industrial e que estão sendo afetados pela comunicação interativa e digitalizada.
O Washinghton Post publicou uma matéria sobre a nova lei:
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/10/13/AR2008101301551.html
Wednesday, October 15, 2008
DOAÇÃO? EVASÃO? O ACORDO M$ - GOVERNO ESTADUAL...
No cenário informacional as empresas vivem principalmente da conquista das atenções. Existe até estudos de uma economia da atenção. O governo de São Pauo jogou milhares de alunos e professores nas redes de atenção de uma empresa privada, ex-monopólio mundial de sofwtare para desktop e condenada por práticas anti-concorrenciais em seu próprio país e na Europa.
Se um banco doar gratuitamente seu repositório de contas para o governo, ele aceitaria? Claro que não. Ele teria que abrir uma licitação, pois o banco de varejo vive do número de correntistas e dos seus depósitos. No caso de empresas de rede, tais como o Hotmail, Google, Yahoo, elas vivem dos negócios gerados a partir do número de internautas que se tornam gratuitamente seus clientes e acessam suas páginas.
Quanto o ex-monopólio pagou para o governo de Estado de São Paulo por essas milhares de contas de e-mail?
Se um banco doar gratuitamente seu repositório de contas para o governo, ele aceitaria? Claro que não. Ele teria que abrir uma licitação, pois o banco de varejo vive do número de correntistas e dos seus depósitos. No caso de empresas de rede, tais como o Hotmail, Google, Yahoo, elas vivem dos negócios gerados a partir do número de internautas que se tornam gratuitamente seus clientes e acessam suas páginas.
Quanto o ex-monopólio pagou para o governo de Estado de São Paulo por essas milhares de contas de e-mail?
Tuesday, October 14, 2008
BALLMER ENROLA SERRA ...
Serra lutou contra o controle do conhecimento propondo enfrentar as patentes dos fármacos. Foi contra o controle que alguns laboratórios exercem sobre o código-fonte das pesquisas de medicamentos contra a AIDS.
Ballman, um simbolo do controle do conhecimento, veio fidelizar o governo e amarrá-lo na estratégia do ex-monopólio na sua tentativa de controlar a rede mundial de computadores. Serra deveria perguntar quanto Ballman pagaria para dar tantos usuários para um site da micro$oft, já que acessos atualmente são vendidos. Mas Serra foi enganado pelo Ballman.
Até a insuspeita Folha de São Paulo estranha o acordo absurdo entre Ballmer e Serra:
"Mais de 12 anos depois do lançamento do primeiro grande webmail grátis de alcance internacional, a Microsoft e o governo do Estado de São Paulo anunciaram nesta terça-feira (14) que vão oferecer o serviço para alunos e professores da rede estadual de educação. A expectativa é que sejam abertas 5,5 milhões de contas."
Será que o governador sabe que o Gmail tem no mínimo 6 Gb grátis e que o Yahoo também oferece inúmeros GigasBytes gratuitos? Será que ele não sabe que doação desse tipo é negócio para o doador?
Quanto valerá isto no mercado dos "unique visitors"? Acho que o Tribunal de Contas deveria redigir uma resolução sobre doações no cenário informacional. O Hotmail e outros portais vivem de acessos, anúncios e links patrocinados. Por que o Poder Público deveria incentivar um serviço privado que será beneficiado com os milhares de acessos de seus alunos e professores? Não seria o caso do Poder Público cobrar por esse benefício ao setor privado?
Prá concluir o Ballmer é de fato um apaixonado pelo monopólio:
http://br.youtube.com/watch?v=xJ3y_QopcuQ
Monday, October 13, 2008
O QUE ACONTECERIA SE O MUNDO PUDESSE VOTAR NAS ELEIÇÕES NORTE-AMERICANAS?
Muita gente diz que as eleições dos Estados Unidos são tão importantes para o futuro do Planeta que todo o mundo deveria poder nelas votar. Mesmo sendo uma piada, ela não seria uma má idéia quando observamos a trágica administração do jovem George W. Bush.
Três jovens da Islândia resolveram ver o que ocorreria se o mundo votasse nas eleições norte-americanas. Lançaram um site IF THE WORLD COULD VOTE, com uma interface clara e rápida onde podemos registrar nosso voto em John McCain ou Barack Obama.
O site permite a visualização dos votos dos internautas de cada país e também expõe um mapa mundi com as cores dos Democratas (azul) e dos Republicanos (vermelho).
No momento que escrevi este post o resultado era o seguinte:
Barack Obama 87.2% (183,971 votes)
John McCain 12.8% (27,071 votes)
No Brasil, 7368 brasileiros participaram da votação on-line. O resultado, até o momento, registra uma vitória esmagadora de Barack Obama (84.8%) contra (15.2%) de John McCain.
Destaco rapidamente algumas curiosidades: na Macedonia, 368 internautas votaram, Obama recebeu somente 9.8% dos votos contra 90.2% de McCain. No Iraque, até agora 5 pessoas votaram e Obama lidera com 60%. Na República do Irã, 2,267 pessoas registraram sua preferência no site. Obama lidera com 80.5%. Em Israel, McCain supera sua média mundial, conseguindo 38.3% das preferências contra 61.7% de Obama.
Este site é uma ferramenta sensacional. A Internet é fantástica. Uma brincadeira de amigos pode envolver o mundo e ter resulatados politicamente impactantes.
Labels:
campanha política,
cibercultura,
HIPERPOLÍTICA,
Obama
Sunday, October 12, 2008
ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA O II SIMPÓSIO DA ABCIBER
A ABCIBER convida a todos estudantes, pesquisadores, acadêmicos, professores, blogueiros, tecno-artistas, ativistas e interessados no estudo da Cibercultura a participar do II Simpósio Nacional da associação que ocorrerá entre 10 e 13 de novembro de 2008, na PUC-SP.
Abaixo, segue o convite:
A ABCIBER - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM CIBERCULTURA lembra a todos(as) que se encontram abertos o processo de inscrição para participação certificada em seu II Simpósio Nacional e o processo de cadastramento para filiação à entidade. Ambos os procedimentos devem ser realizados através do site do evento (http://www.cencib.org/simposioabciber/).
Aproveito o ensejo para comunicar que o resultado do peer review da Comissão Científica e da Comissão de Arte Digital será totalizado e disponibilizado na home nas próximas horas.
A Comissão Organizadora permanece à disposição de todos(as) para quaisquer esclarecimentos (através de seus e-mails: cencib@cencib.org e cencib@cencib).
Apreciaria se dessem ampla divulgação desta mensagem aos seus Grupos de Pesquisa, Departamentos, Programas e Universidades.
Especiais saudações,
Eugênio Trivinho
Presidente da ABCiber
Coordenador Geral da Comissão Organizadora
Subscribe to:
Posts (Atom)