Wednesday, June 10, 2009

MUDEI PARA O TREZENTOS!



Gostaria de informar a todos que acompanham este blog que eu não mais o atualizarei. A partir de agora escreverei no trezentos, um blog coletivo que ajudei a criar. Terei um blog mais acadêmico no http://softwarelivre.org/samadeu/blog.

O trezentos é um blog que conta com trezentos autores e foi lançado recentemente utilizando o wordpress. Seria legal assinarem o blog que conta com blogueiros e blogueiras, ativistas, acadêmicos, artistas, hackers, feministas, enfim, pessoas que participam da construção de um pensamento crítico e criativo.



A seguir o manifesto de lançamento do trezentos:

"Trezentos é um blog coletivo. Muitos autores, muitos temas e muitas visões. O que nos une? A idéia de que a vida não se limita as relações de mercado capitalistas. Que profundas transformações estão em curso e sua turbulência já foi percebida. A sociedade é conflito e equilíbrio. Estamos aqui no ciberespaço, um lugar demasiadamente amplo, um não-lugar, o espaço dos fluxos. Uma realidade virtual que permite articular nossas ações presenciais. Não estamos em uma garganta. Não pretendemos defender nenhum estreito. Não gostamos de gatekeepers e de todos aqueles que querem diminuir ou bloquear a liberdade e a diversidade cultural. Somos trezentos e queremos passar, gostamos de compartilhar nossas idéias, defendemos as redes P2P. Por isso, não somos de Esparta. Somos amigos do Mário. Que Mario? Aquele que…

“Eu sou trezentos, sou trezentos-e-cincoenta,
As sensações renascem de si mesmas sem repouso,
Ôh espelhos, ôh Pireneus! Ôh caiçaras!
Si um deus morrer, irei no Piauí buscar outro!”

(MÁRIO DE ANDRADE, EU SOU TREZENTOS)"

Tuesday, May 05, 2009

ATO CONTRA O AI-5 DIGITAL


A Internet é uma rede de comunicação aberta e livre. Nela, podemos criar conteúdos, formatos e tecnologias sem a necessidade de autorização de nenhum governo ou corporação. A Internet democratizou o acesso a informação e tem assegurado práticas colaborativas extremamente
importantes para a diversidade cultural. A Internet é a maior expressão da era da informação.

A Internet reduziu as barreiras de entrada para se comunicar, para se disseminar mensagens. E isto incomoda grandes grupos econômicos e de intermediários da cultura. Por isso, se juntam para retirar da Internet as possibilidades de livre criação e de compartilhamento de bens culturais de de conhecimento.

Um projeto de lei do governo conservador de Sarkozi tentou bloquear as redes P2P na França e tornar suspeitos de prática criminosa todos os seus usuários. O projeto foi derrotado.

No Brasil, um projeto substitutivo sobre crimes na Internet aprovado e defendido pelo Senador Azeredo está para ser votado na Câmara de Deputados. Seu objetivo é criminalizar práticas cotidianas na Internet, tornar suspeitas as redes P2P, impedir a existência de redes abertas,
reforçar o DRM que impedirá o livre uso de aparelhos digitais. Entre outros absurdos, o projeto quer transformar os provedores de acesso em uma espécie de polícia privada. O projeto coloca em risco a privacida de dos internautas e, se aprovado, elevará o já elavado custo de comunicação no Brasil.

Gostaríamos de convidá-lo a participar do ato público que será realizado no dia 14 de maio, às 19h30, em defesa da
LIBERDADE NA INTERNET
CONTRA O VIGILANTISMO NA COMUNICAÇÃO EM REDE
CONTRA O PROJETO DE LEI SUBSTITUTIVO DO SENADOR AZEREDO

O Ato será na Assembléia Legislativa de São Paulo e será transmitido em streaming para todo o país pela web.

PLENÁRIO FRANCO MONTORO
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE SÃO PAULO
AV PEDRO ALVARES CABRAL S/N - IBIRAPUERA

O Ato também terá cobertura em tempo real pelo Twitter e pelo Facebook.

Contamos com a sua presença.

Tuesday, April 28, 2009

TWITTER NA EDUCAÇÃO


Enquanto alguns Prefeitos e Governadores proibem o uso de blogs e redes sociais nas escolas, já existem vários educadores que pensam e experimentam o uso do nanoblogging na Educação.

O twitter tem sido usado não somente para expressar sentimentos cotidianos, para dizer e comentar as pessoas estão fazendo, lendo, vendo e até comendo. O twitter tem servido também para marcar compromissos, agendar festas, reuniões e rodadas de cerveja.

No processo eleitoral mais importante do mundo atual, Barack Obama fez do twitter mais um nó de interação com seus apoiadores e, também, uma forma de informar a imprensa sobre o cotidiano de sua campanha. Vários twitteiros, tem usado as trilhas do twitter (#evento) para produzir microcontos e para cobrir eventos, palestras e desconferências.

O acesso ao twitter pelo celular (dificultado no Brasil pelo péssimo serviço da operadoras e pelas tarifas abusivas até do SMS) tem permitido um avanço enorme da convergência do nanoblogging com o cenário da mobilidade. O resultado é a presença do twitter na final de um campeonato de futebol às manifestações contra o G20.

Na rede, a prática dos usuários tem reconfigurado de modo marcante as aplicações e serviços que são lançados. Se isto for uma tendência, o twitter não será uma exceção. Mal começamos a descobrir o twitter e suas possibilidades. Percebo que a fronteira do twitter está na Educação. O nano blog pode ser usado no processo de ensino-aprendizado? Como reforçar o aprendizado com o twitter? Quais as melhores experiências? O que não deu certo? Podemos usar o twitter para discutirmos textos teóricos em grupo? Mas, qual seria a vantagem de sua interface?

Uma post interessante sobre este tema pode ser encontrado no blog my nonlinear. Lá podemos ler sobre uma experiência de uso educativo do twitter. Estou realizando um levantamento sobre as práticas educacionais e de aprendizagem com o twitter e outros microblogs. Quem quiser ajudar, me contate. Depois podemos analisar o material conjuntamente.

CONTATO no http://twitter.com/samadeu

Friday, April 10, 2009

مذبحة صبرا وشاتيلا Valsa com Bashir


Acabei de assitir Valsa com Bashir um filme-animação que relata o massacre de refugiados palestino em Sabra e Shatila, durante a invasão israelense do Líbano, em setembro de 1982. As cenas da animação dirigidas por Ari Folman são profundamente marcantes e seguem uma trama que vai reconstituindo os fatos perdidos nas lembranças da sua participação como soldado invasor no Líbano.

Site Oficial do filme: http://waltzwithbashir.com/home.html

A trilha sonora é espetacular. Imperdível.

Tuesday, March 24, 2009

JOMAR SILVA ESCLARECE PORQUE O PROJETO DO SENADOR AZEREDO É INÓCUO CONTRA OS CRIMINOSOS


O TEXTO SEGUINTE É DO COORDENADOR DA ODF ALLIANCE E ESPECIALISTA EM SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO, JOMAR SILVA:

"Muito tem sido escrito e debatido sobre o projeto de Cibercrimes em discussão na câmara federal, e ás vezes tenho a impressão de que os defensores do projeto não fizeram ainda um exercício de realidade sobre o que estão propondo.

O PROJETO em discussão atualmente piora ainda mais o projeto original quando inclui o “provedor de conteúdo”, propondo a extensão de uma medida que vai ser extremamente onerosa, difícil de implementar e que dará margem a uma infinidade de irregularidades e abusos que todos nós já conhecemos. A exigência de cadastro (RG, filiação e etc) para todo e qualquer provedor de
acesso e de conteúdo pode até parecer uma grande ideia, mas na prática é uma iniciativa inócua e não sei a quem ela realmente interessa.

Para explicar a medida proposta de um jeito muito simples, vou transpor o que ela propõe para o “mundo real”, e vejamos se após esta comparação vocês ainda vão querer defender tal medida.
Os números da criminalidade no Brasil crescem de ano a ano, e tal como no mundo virtual, existem alguns casos onde a polícia pode fazer muito pouco pois é complicado descobrir (e provar) quem estava efetivamente em um local onde um crime foi cometido. Mesmo assim, ela faz seu trabalho de acordo com as condições legais existentes no Brasil hoje.

Se o projeto em discussão fosse apresentado para resolver o problema da criminalidade “no mundo real”, olha só o que ele iria propor (vou pegar apenas uma das propostas, ok ?):
“Todo comércio ou empresa (pessoa jurídica), prestadora de serviços de
acesso (ex. transporte público) ou conteúdo (bens e serviços em geral)
deverá manter durante três anos um histórico de todas as pessoas que
utilizaram seus serviços, registrando seu RG, filiação e outros dados que
permitam identificar os cidadãos.”

Na prática isso significa o seguinte:
Você sairá de casa pela manhã para trabalhar e o porteiro do seu prédio vai ter que anotar seus dados e registrar sua saída. Quando você entrar no bar para comer um “pão na chapa com pingado”, o seu Manoel da padaria vai ter que anotar seus dados também. Saindo da padaria, pegando um táxi (ou ônibus, trem, metro ou qualquer outro meio de transporte), o responsável por ele também vai anotar seus dados. Chegando no prédio onde trabalha, a portaria vai também registrar sua entrada, tal como a recepção da sua empresa.

E assim vai sendo o seu dia, com alguém anotando passo a passo tudo o que você fez, gerando uma infinidade de registros que permitirão acompanhar todos os seus passos, todos os dias da sua vida (e claro, armazenando tudo isso durante três anos, para evitar uma multa mais do que salgada).
Quando um crime qualquer for cometido, a polícia poderá requisitar todos estes registros e com base neles, encontrar o criminoso... será que vai funcionar mesmo ?

Será que o “criminoso”, sabendo que todos os seus passos serão anotados, vai utilizar o seus documentos verdadeiros no dia a dia ? Será que os transtornos que uma medida dessa irão causar, vão trazer com certeza algum ganho ? Será que uma sociedade que vive assim pode ser chamada de sociedade democrática ?

Ainda com este caso hipotético em mente, como ficará a situação de um pequeno comerciante que não tiver recursos para capturar e manter estas informações durante os três anos que a lei determina ? Como ficará por exemplo, o controle de acesso a uma feira livre ? Fiz esta analogia, pois a lei em discussão pretende fazer isso no acesso á Internet e sendo assim, vai inviabilizar totalmente a utilização de toda e qualquer rede aberta, pois a implementação e manutenção de um controle
como este vai custar caro e analisando o custo de manter este sistema (e o risco inerente de ainda assim ser multado), não tenho dúvida que o mais fácil (e barato) a se fazer será desligar os transmissores e fechar as redes abertas.

É claro que as operadoras de telecom vão adorar ver apenas as terríveis e instáveis conexões 3G como única forma de acesso sem fio “dentro da lei”. Idem para os escassos provedores de Wifi, que tal como as operadoras, cobram preços absurdos pelos serviços. Aliás, o custo destes acessos deverá ficar ainda mais elevado, uma vez que as exigências legais para a prestação do
serviço agora serão mais pesadas. Pior que tudo isso, é ver que as regras em discussão atualmente, estrangulam no berço uma das tecnologias mais promissoras que foi criada nos últimos
anos, as redes Mesh.

Se a proposta for aprovada, a insegurança jurídica de quem mantém um ponto de rede mesh será tão grande que duvido que possamos um dia utilizar a tecnologia mesh para criar redes abertas que tenham cobertura extensa. Aliás, as operadoras devem estar adorando isso também, pois poderão tirar o máximo do lucro de sua atual rede 3G antes de nos “brindar” com a oferta de
uma rede WiMax (que certamente vai custar mais caro ainda).

(...)

Eu concordo que o Cibercrime deve ser combatido, concordo que a polícia deve ter seus mecanismos de investigação muito bem afinados agora fica difícil como cidadão aceitar mais esta conta para pagar, sendo que ela não é, nem de longe, uma solução tecnicamente aceitável para o problema.
Acho que o investimento em educação dos usuários de Internet no Brasil seria algo que traria muito mais resultados sem colocar a liberdade de todos nós em risco, mas é uma pena que muita gente com a caneta na mão não pense assim.

Para mim, a maior ironia disso tudo é que a maioria das pessoas que hoje lutam com unhas e dentes pela aprovação da lei, batem no peito dizendo que “lutaram pela liberdade” e agora, como não entendem o mundo digital, querem acabar com a liberdade nele... é a velha cultura ilusória de
“transformar um problema que não entendo num problema que conheço para ver se consigo resolve-lo”... Sinto lhes informar, mas não vai funcionar."

Monday, March 23, 2009

PORQUE SOMOS CONTRA SALVAR O PROJETO DO SENADOR AZEREDO


O Ministério da Justiça, pressionado por setores da Polícia Federal aliados ao Senador Eduardo Azeredo (agora presidente da Comissão de Relações Internacionais do Senado), quer apresentar uma proposta para "melhorar" o projeto Substitutivo de crimes na rede (de autoria da equipe do Azeredo). A proposta do Ministério da Justiça de fato retira uma quantidade enorme de absurdos e imprecisões do Substitutivo do Senador Azeredo, mas mantém elementos inaceitáveis e introduz novidades obscuras, tais como a tentativa de criminalizar "provedores de conteúdo" que não tenham condições de vigiar seus usuários. A seguir uma breve crítica a proposta do MJ:


1- Precisamos definir uma lei com os direitos dos cidadãos na comunicação em redes digitais. A violação dos direitos essenciais definidos nesta lei é que deve ser considerada prática criminosa.

2- Devemos exigir o direito de navegar sem termos nosso rastro digital controlado pelas corporações, pelos criminosos e pelos Estados autoritários. Armazenar dados da nossa navegação por mais de seis meses deve ser considerado crime. O projeto de salvação do Substitutivo do Azeredo faz exatamente o contrário.

3- A proposta legitima o DRM, mecanismo de restrição de cópias em aparelhos e sistemas informatizados, e criminaliza a sua inutilização. A nova redação do artigo 285-A diz que é crime "Acessar, indevidamente, informações protegidas por restrição de acesso, contidas em sistema informatizado". Redação absurda.

4- Para impedir o crime de invasão bastaria escrever que seria considerada prática criminosa "invadir servidores de rede e computadores sem autorização de seu responsável". Mas a comunidade da vigilância, coordenada pela equipe do Senador Azeredo, quer deixar a porta aberta para interpretações mais amplas. Continua inaceitável o artigo 285-A.

5- O projeto de salvação do Substitutivo do Senador Azeredo define que provedor de acesso é "qualquer pessoa jurídica, pública ou privada, que faculte aos usuários dos seus serviços a possibilidade de conexão à Internet mediante atribuição ou validação de endereço IP". Assim fica claro que uma escola, faculdade, qualquer lan house ou empresa que forneça uma conexão à Internet está enquadrado como provedor.

6- O projeto de salvação do Substitutivo do Senador Azeredo exclui o famigerado artigo 22, mas mantém o seu conteúdo piorado no artigo 5. Os provedores devem guardar dados de navegação dos seus usuários por 3 anos (Qual é o interesse do pessoal que insiste em 3 anos? vemos claramente as mãos das auditprias de conformidade). Além disso, seguindo a lógica do Geraldo Alckimin, em São Paulo, exige que os provedores tenham "nome completo, gênero, filiação, data de nascimento e número de registro de pessoa física ou jurídica de seus usuários". Minha mãe, agora para acessar a Internet terei que mostrar meu RG...

7- O projeto liquida as redes abertas anônimas dentro de instituições privadas. Por exemplo, no seminaŕio de cidadania digital da Caśper, terei que cadastrar todo mundo que for asistir as palestras e twittar, pois do contrário estarei violando o projeto de salvação do Substitutivo do Senador Azeredo.

8- O mais contraditório e lamentável é que os telecentros, as redes abertas mantidas pelo Poder Público estão fora dessas regras (até porque inviabilizaria todos estes projetos de inclusão digital). Veja o Art. 6º. Repare que as lan houses, pessoas jurídicas privadas, terão que pedir o RG e o nome dos pais do usuário, mas a rede aberta de Copacabana, não. Diria um observador mais atento que isso será derrubado pelo Supremo. O que será derrubado? A não aplicação da lei aos projetos de inclusão digital, pois não existe essa de dizer que crime só é cometido através de pessoas jurídicas privadas. Equivale a dizer que "violar o código penal é crime, menos nos programas de inclusão digital". Pegadinha de mau gosto.

9- O senhor Alckimin sancionou uma lei em SP que exige registro cadastral (não com filiação e outros dados como no projeto em questão) há mais de 3 anos. No mesmo período o crime digital cresceu absurdamente. Resultado da medida: fracasso total. Os mais bem humorados poderiam até concluir que a lei de cadastro e identificação gerou um crescimento estatístico dos crimes na Internet, a partir do Estado de SP. Piada. Estas medidas visam apenas a aplicação arbitrária quando for de interesse da alta e da baixa administração (um fiscal que queira prejudicar uma lan house por motivos particulares).

10- Agora, vamos ao pior! REPARE. O projeto de Salvação do Substitutivo do Azeredo atingiu o seu limite de obscurantismo no parágrafo 5º do Art. 5º. No projeto anterior não existia nenhuma alusão aos chamados provedores de conteúdo. Agora a comunidade da vigilância quer controlar e vasculhar as redes sociais. Querem que todo provedor de conteúdo demonstre "possuir a capacidade de coletar, armazenar e disponibilizar dados informáticos para fins de investigação criminal ou instrução processual penal" (inciso III).

11- VEJA O QUE É PROVEDOR DE CONTEÚDO NO Art. 4º:
"II – provedor de conteúdo: qualquer pessoa jurídica, pública ou privada, que coloque informações à disposição de terceiros por meio da Internet."
Quem será atingido por este artigo? O site de uma empresa pequenina, um cluster de blog, o twitter, o Facebook, o Youtube, o site da paróquia da sua preferência, o Yappr, o wordpress, a wikipedia, o digg, o gazeta esportiva online, o sourceforge, etc. Enfim, quase todo mundo que monta uma página na web.

12- Quem quer isto? A comunidade de vigilância que nunca se conformou com a comunicação distribuída. Eles querem impedir que possamos continuar divulgando a rede TOR, hospedada no Eletronic Frontier Foundation, usada para assegurar a comunicação anônima, sem intrusão. Querem agir como o governo autoritário da China.

13- Por fim, continua a tal regulamentação da lei depois de sua aprovação. Imagine a PF fazendo tal regulamentação. Imagine se não reaparecerá a necesidade das auditorias de conformidade. É claro que voltarão. Fizemos várias conversas com o Julio Semeghini e com o Ministério da Justiça. Explicamos que esta lei é absurda, pois atinge o cidadão e pouco afeta os crackers. Esta lei facilita o abuso, a chantagem, o vigilantismo. O MJ e o deputado do PSDB ficaram de agendar uma reunião com os técnicos da PF que dizem que esta lei irá permitir o combate aos crimes digitais. Mostramos que isto não ocorreria. A reunião não aconteceu. O projeto que apresentam melhorou muito pouco em relação ao Substitutivo do Azeredo e piorou de modo intenso na questão do provimento de acesso e agora (novidade) conteúdo. Lamentável. As empresas que usam wordpress terão que provar que têm capacidade de vigilância sobre as suas postagens, sobre as redes sociais que venham formar. Absurdo.

Thursday, March 19, 2009

PARA QUEM QUER USAR SOFTWARE LIVRE E NUNCA TEVE A CORAGEM DE INSTALAR...


Traga seu laptop, seu computador e instale um dos sistemas operacionais mais seguros e ágeis do planeta, o GNU/Linux. Acabe com os vírus e deixe de ser prisioneiro da m$. Liberte-se. Exorcize seu computador.
Imperdível!

Sunday, March 15, 2009

A CULTURA DIGITAL É REMIX


A Indústria Cultural havia banido as práticas recombinantes do terreno da produção cultural legítima. Como se o original brotasse do nada, os intermediários da cultura inventaram a figura de um autor genial que inventava sem nunca copiar. No máximo, o criador recebia influências, mas sua inventividade brotava de uma condição acima da cultura em que estava inserido. Isso ocorria porque era necessário individualizar a criação para poder implantar um sistema de apropriação privada dos bens culturais que culminou na expansão do copyright.
A emergência das redes digitais permitiram que as práticas recombinantes ganhassem novamente destaque e assumissem um papel cultural de destaque. O remix, a colagem e a fusão de idéias são essenciais à criatividade.

Leandro Cianconi me enviou um link pelo twitter sobre um mashup sensacional. Visitei e confirmei a combinação de sons a partir de vídeos do Youtube. Imperdível:
http://www.thru-you.com/#/videos/

Friday, March 13, 2009

ALERTA GERAL: SENADOR AZEREDO AUMENTA PRESSÃO PARA APROVAR SEU PROJETO DE VIOLAÇÃO DA LIBERDADE E IMPLANTAÇÃO DO VIGILANTISMO NA INTERNET


O Senador Azeredo, eleito presidente da Comissão de Relações Internacionais do Senado, no dia 4 de março, a partir de sua nova posição está pressionando o governo para apoiar a aprovação do seu projeto de criminalização da Internet na Câmara.

No dia 5 de março, o deputado conservador ligado ao PSDB, Regis de Oliveira (PSC-SP), conseguiu aprovar seu parecer favorável ao projeto do Senador Azeredo na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados. O Parecer afirma que o projeto vigilantista e violador da privacidade na rede é constitucional e clama pela sua aprovação .

O projeto de lei do Senador Azeredo quer destruir as redes abertas, impor o fim da comunicação anônima na Internet e criminalizar práticas cotidianas na rede. Abre espaço para atacar as redes P2P, como tem ocorrido em todo o mundo (veja o exemplo do julgamento do Pirate Bay). O projeto do Senador Azeredo é apoiado pela Febraban e pelos banqueiros que querem repassar para a sociedade os custos da segurança bancária.

Quem quiser se somar à luta pela liberdade e privacidade na Internet, envie um e-mail para o deputado do seu Estado pedindo que vote contra o projeto de crimes da Internet re-escrito pelo Senador Azeredo. Porcure no site da Câmara o e-mail do deputado do seu Estado: http://www2.camara.gov.br/canalinteracao/faledeputado

Leia as postagens que esclarecem os riscos dos artigos 285-A, 285-B e 22 do projeto-substitutivo do Senador Azeredo:
http://samadeu.blogspot.com/search/label/contra%20PLC%20do%20Azeredo


Ajude a divulgar a petição contra o projeto original do Senador Azeredo.

Wednesday, March 11, 2009

PESQUISA MOSTRA IMPORTÂNCIA E USO DO TWITTER


Segundo a Pew Internet & American Life Project, 11 % dos norte-americanos adultos usaram serviços com o Twitter de acordo com a pesquisa realizada em dezembro de 2008.

O uso do twitter é bem superior entre jovens adultos. A pesquisa indicou que 19% dos adultos online com idade entre 18 e 24 anos declaram ter usado o twitter. No grupo com idade entre 25 e 34 anos este número é ligeiramente maior, 20%.

Entre 35 e 44 anos, o uso cai para 10% e se reduz para 5% no intervalo dos entrevistados com idade entre 45 e 54 anos. Este número encolhe para 4% na faixa de 55 a 64 anos. Chega aos 2% entre aqueles com idade superior a 65 anos.

Outro ponto interessante apontado pela pesquisa é que mais de 3/4 dos usuários do twitter (76% deles) se conectam à aplicação por meio de laptops, PDAs, handhelds ou celulares. Penso que um dos fortes elementos que podem explicar o sucesso do twitter está vinclulado à mobilidade.

Tuesday, March 10, 2009

LEMBRANÇA DA VITÓRIA FEMINISTA EM PORTUGAL


Coloquei este post para lembrar que em Portugal, no ano retrasado, houve um plebiscito sobre o aborto. O argumento feminista venceu o obscurantismo:
"Educação sexual para escolher.
Contracepção para não abortar.
Aborto legal para não morrer."

Friday, March 06, 2009

ACABOU O JULGAMENTO DO PIRATE BAY. A DECISÃO SAI NO DIA 17 DE ABRIL


A melhor cobertura do julgamento do Pirate Bay que eu li em língua portuguesa foi feita pelo Alisson Gøthz no rraurl. Esta foto veio de lá e deve ter vindo de outra parte da blogsfera.

O julgamento acabou, mas o veredito só sairá no dia 17 de abril.
As megacorporações da indústria de intermediação acusaram The Pirate Bay de facilitar o compartilhamento ilegal de arquivos digitais, violando a lei de copyright.

Em homenagem aos amigos do Pirate Bay transcrevo, agora, um trecho de Luíz Aguiar Santos sobre as idéias do grande literato português Alexandre Herculano:

"Assim, para Herculano, o direito de propriedade não podia abranger as criações do espírito humano enquanto idéias, discursos, gestos, formas (ou fórmulas...) que pudessem ser imitados; apenas poderia abranger objectos criados, entidades físicas, materiais, tangíveis."

Vida longa ao The Pirate Bay!

I Festival Cultura Digital no CIRCO VOADOR - RJ


I Festival Cultura Digital no CIRCO VOADOR:

7 e 8 de março, a partir das 15h no Circo Voador
entrada: 1 hardware qualquer, alguma mídia para ser copiada ou 1 kg de alimento não perecível, 1 livro ou o que mais você puder doar

Sábado 7/3:

15h às 20h: Oficinas de Robótica, Computação Física e PureData com Glerm Soares e Paulo Cesar Gonçalves.
15h às 20h: “Install Fest - Traga seu computador para instalar ou configurar Linux!”
15h às 19h: Maratona Aberta de Games Livres - Participe!
17h às 20h: Debate sobre Direto Autoral - Ainda somos os mesmos e licenciamos como nossos pais? ( Sérgio Amadeu, Ivana Bentes, Thiago Novaes e Pablo Ortellado)
20h às 21h: Oficina com Luciane Menezes: Danças e cantos tradicionais do Brasil - o conhecimento livre ancestral

shows:

21h às 21:30h: MC Xuparina - Funk Pop Lesbian Trash
21h30 às 21h50: trilha ao vivo
21h50 às 23h10: Seychelles + Arthur Joli
23h10 às 23h30: trilha ao vivo
23h30 às 00h10: Banda Leme
00h10 às 00h30: Trilhas
00h30 às 01h10: B Negão Sound System
01h10 às 01h50: Trilhas
01h50 às 02h30: ChoroFunk (Sany Pitbull e Sérgio Krakowski e convidados)

Domingo 8/3:

14h às 19h: Oficinas de Robótica, Computação Física e PureData com Glerm Soares e Paulo Cesar Gonçalves.
14h às 19h: “Install Fest - Traga seu computador para instalar Linux!”
15h às 19h: Maratona Aberta de Games Livres - Participe!
16h às 19h: Plantio/oficina de ervas medicinais
19h às 20h: Rádio Aberta - Intervenção Sonora com Romano
19h: Roda de Maculelê
20h: Exibição do Longa-Metragem “Ressaca”, de Bruno Vianna - Cinema Feito à Mão.
22h: DorkbotRio especial com os projetos: Liz Christine, Botanicos, Dziga Vertov e MediaSana.

VADE RETRO, ARCEBISPO...


O arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, é uma expressão típica do obscurantismo, do ultra-conservador e über-absurdo dogmatismo, incentivado pelo atual papa, um homem da Santa Inquisição. Nada de novo para quem defende padres que apoiaram o nazismo. O Arcebispo excomungou a família e os médicos que fizeram um aborto de uma menina de 9 anos, grávida de gêmeos, vítima de estupro, ou seja, da hedionda prática de pedofilia. Mesmo sabendo que a menina corria risco de vida, o Arcebismo fez de tudo para impedir o aborto legal.
Ao invés de excomungar o criminoso que violentou, marcando para sempre a vida da criança, ele jogou a ira da Santa Madre Igreja Católica contra a família agredida e os médicos que cumpriam o seu dever. Ao invés de excomungar os padres que praticam pedofilia, ele afunda sua doutrina na poça rasa da injustiça e falta de bom senso.

Lamentável. Não existirá um único padre que irá alertar este arcebispo que sua alma poderá "queimar no inferno" ao lado da alma do estuprador?

Thursday, March 05, 2009

SOBRE A ROBÓTICA LIVRE NO BRASIL...


No dia 10 de dezembro de 2008, escrevi o post sobre o lançamento do que seria o primeiro robô livre do planeta. O robô livre, desenvolvido colaborativamente, foi lançado no Campus Party, em janeiro de 2009.
Frederico escreveu o seguinte comentário sobre o post: “ Essa informação de 'Primeiro robô livre do planeta' não está correta. O Danilo César já desenvolve trabalhos desse tipo há alguns anos (desde 2001), inclusive organizando várias olimpíadas de robótica livre (por exemplo no CESoL e no Latinoware).”

Na verdade, o Frederico tem razão. Justiça seja feita, Danilo, meu amigo, é um dos pioneiros da robótica livre no Brasil. O site http://www.roboticalivre.org/portal/ confirma claramente a ação que a comunidade de software livre realiza há muito com a robótica livre. Meu texto foi equivocado. O que foi lançado no Campus Party foi o primeiro robô humanóide livre. Sem dúvida, o projeto liderado por cientistas da Unesp e ITA é extremamente inovadora e está disponível no sourceforge e o link para conhecer o projeto é http://www.theopenrobotproject.org/tiki-index.php

O fato mais relevante é que se o CP1, humanóide livre, tiver apoio da comunidade de desenvolvedores, ele poderá a ajudar construir uma nova dinâmica no mundo do hardware, baseada no código-aberto e no compartilhamento.

Wednesday, March 04, 2009

DITABRANDA? FOLHA PERDEU A NOÇÃO...

Para o jornal Folha de São Paulo quando o velho Bush censurou a imprensa no seu esforço de guerra contra o terror, apenas estava defendendo razões de Estado. Em nenhum momento, durante o "período ditatorial" norte-americano a Folha chamou Bush de "o ditador George W. Bush". Chaves e Fidel, sim. São ditadores. Já os dirigentes chineses não são ditadores para a Folha. O jornal escreve "o ditador Fidel Castro", mas nunca usa "o ditador chinês fulano de tal"... Claro que não. O que vale para os grupos de comunicação são os seus interesses. O discurso oscila. A definição de ditadura segue a conveniência dos tempos.

Eu não sou sem mídia. Tenho este modesto blog. Acho que jornais sofrem uma forte concorrência de outras formas de veiculação de informação nas redes digitais. Independente disso, considero extremamente oportuna a manifestação do Movimento dos Sem-Mídia (MSM) contra a Folha de S.Paulo em 7 de março, sábado, às 10h. Onde? em frente à sede do jornal, na rua Barão de Limeira.

Por que?

Porque a Folha perdeu a noção e chamou a ditadura militar que governou o Brasil, entre 1964 e 1984, de “ditabranda”. O pior é que o Sr Frias Filho, diretor da corporação jornalística, para tentar defender o seu absurdo equívoco atacou os professores Fábio Konder Comparato e Maria Benevides que protestaram contra o impropério cometido pelo jornal.

Por essas e outras é que a famosa "credibilidade da imprensa" não resiste a contundente "reputação" das redes e mídias sociais.

Sunday, March 01, 2009

PIRATE BAY: FLORES CONTRA A TRUCULÊNCIA DA INDÚSTRIA DE COPYRIGHT


No nono dia do histórico julgamento dos jovens do Pirate Bay, processados pela indústria fonográfica de violação de copyright, a Acusação buscou desqualificar as testemunhas quando percebeu que elas eram simpáticas aos rapazes.

O professor de mídia Roger Wallis, também compositor e presidente da Associação Sueca Compositores de Música Popular foi testemunhar e afirmou que não vê nenhuma diferença entre o Pirate Bay e motores de busca tais como Google. Além disso, criticou a indústria cultural por ser tão lenta para se adaptar às novas tecnologias. Comparou as reações atuais àquelas que tentaram impedir o surgimento dos cassetes nos anos 70.
Quando perguntado se pirataria prejudicava as vendas da indústria da música, Wallis afirmou que o download aumentou as vendas de ingressos em shows e concertos. Disse ainda que as vendas de CDs podem voltar a subir, pois as pessoas que fazem download tendem a comprar mais CDs.

Ao ser informado das opiniões do Wallis, a acusação, no início da arguição fez uma pergunta para tentar desqualificar o seu depoimento. O acusador dos jovens do Pirate Bay indagou se Wallis era um bom professor. Wallis respondeu: "Você pode usar o Google? Então, você pode facilmente encontrar o meu CV."

Quando perguntaram a Wallis se ele queria ser reembolsado pelo custo de transporte para vir testemunhar no Tribunal, respondeu: não, apenas enviem flores a minha esposa. Sabendo disso, inúmeros apoiadores do Pirate Bay enviaram espontaneamente centenas de buquês de flores para a residência de Robert Wallis. Um ato que mostra beleza e força daqueles que lutam pelo compartilhamento do conhecimento.

As informações desse post, bem como, a foto que coloquei acima foram retiradas do Gizmodo.

Acompanhe os acontecimentos e os últimos lances do julgamento pelo Spectrial http://trial.thepiratebay.org/

Tuesday, February 17, 2009

SEMINÁRIO INTERNACIONAL "INFORMAÇÃO, PODER E POLÍTICA": ABERTAS AS INSCRIÇÕES


O Seminário Internacional "Informação, poder e política: novas mediações tecnológicas e institucionais" irá reunir expoentes do pensamento crítico, do país e do exterior, para discutir o cenário global emergente de informação, diante das transformações tecnológicas e da emergência de novas institucionalidades, práticas e movimentos sociais, bem como as perspectivas e estratégias dos países em desenvolvimento nesse cenário.

O evento será realizado nos dias 15 a 17 de abril de 2009, no Rio de Janeiro. Trata-se de uma realização conjunta, envolvendo o Liinc - Laboratório Interdisciplinar sobre Informação e Conhecimento (IBICT-UFRJ), o Cenancin - Centro de Altos Estudos em Ciência da Informação e Inovação (IBICT), o Programa de Pós Graduação em Ciência da Informação (UFRJ-IBICT) e o Programa de Pós Graduação em Comunicação e Saúde do ICICT/Fiocruz.

As inscrições são gratuitas, com número limitado de vagas. Confira a programação e demais informações no endereço: http://www.liinc.ufrj.br/seminario/index.html .

VEJA A PROGRAMAÇÃO:


15/04 - 4ª feira / 04/15 - Wednesday


14h - INSCRIÇÕES / REGISTRATION

16h – SESSÃO DE ABERTURA / OPENING SESSION

Coordenadora / Chair: Célia Ribeiro Zaher, IBICT
Aloísio Teixeira, UFRJ
Paulo Gadelha, FIOCRUZ
Emir Suaiden, IBICT

16h30 - CONFERÊNCIA INAUGURAL / KEYNOTE SPEECH

O REGIME GLOBAL EMERGENTE DE INFORMAÇÃO
THE EMERGING GLOBAL INFORMATION REGIME

Sandra Braman, University of Wisconsin-Milwaukee, EUA

17h30 – COQUETEL DE BOAS VINDAS / WELCOME COCKTAIL PARTY


16/04 - 5ª feira / 04/16 - Thursday


9h – 12h - PAINEL 1 / SESSION 1

INFORMAÇÃO E A RECONFIGURAÇÃO GEOPOLÍTICA E GEOECONÔMICA MUNDIAL
INFORMATION AND THE RECONFIGURATION OF GEOPOLITICS AND GEOECONOMICS

Coordenador-Relator / Chair-Rapporteur: Sarita Albagli, IBICT

Palestrantes / Speakers:
Gilberto Dupas, USP
Dan Schiller, University of Illinois, EUA
César Bolaño, UFS

Debatedor / Discussant: Marcos Dantas, PUC-RJ

12h – 13h30 – ALMOÇO / LUNCH

13h30 – 15h30 - PAINEL 2 / SESSION 2

O CAMPO DE FORÇAS INFORMACIONAL E AS NOVAS RELAÇÕES DE PODER:
ATORES, ESPAÇOS E GOVERNANÇA
THE INFORMATIONAL FIELD OF POWER: ACTORS, SPACES, AND GOVERNANCE

Coordenadora-Relatora / Chair-Rapporteur: Ingrid Sarti, UFRJ

Palestrantes / Speakers:
Richard Barbrook, University of Westminster, Reino Unido
Geert Lovink, Hogeschool van Amsterdam, Holanda

Debatedora / Discussant: Sandra Braman, University of Wisconsin-Milwaukee, EUA

15h30– 15h45 – CAFÉ / COFFEE-BREAK

15h45 – 17h45 - PAINEL 3 / SESSION 3

INFORMAÇÃO, CIDADANIA E DEMOCRACIA
INFORMATION, CITIZENSHIP, AND DEMOCRACY

Coordenadora-Relatora / Chair-Rapporteur: Fernanda Sobral, UnB

Palestrantes / Speakers:
Giuseppe Cocco, UFRJ
Jonatas Ferreira, UFPE

Debatedor / Discussant: Bernardo Sorj, UFRJ


17/04 - 6ª feira / 04/17 - Friday


9h – 12h - PAINEL 4 / SESSION 4

PUBLICIZAÇÃO E PRIVATIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO: DIALÉTICAS CONTEMPORÂNEAS
PRIVATIZING AND PUBLICIZING INFORMATION: CONTEMPORARY DIALECTICS

Coordenador/Relator / Chair-Rapporteur: Clóvis Lima, UFS

Palestrantes / Speakers:

Ronaldo Lemos, FGV-RJ
Alain Herscovici, UFES
Sérgio Amadeu da Silveira, Faculdade Cásper Líbero

Debatedor / Discussant: Ronaldo Fiani, UFRJ

12h – 13h30– ALMOÇO / LUNCH

13h30 – 15h30 – PAINEL 5 / SESSION 5

INFORMAÇÃO, PODER E POLÍTICA: NOVAS QUESTÕES, NOVOS OLHARES
INFORMATION, POWER, AND POLITICS: NEW ISSUES, NEW APPROACHES

Coordenadora/Relatora / Chair-Rapporteur: Maria Lucia Maciel, UFRJ

Palestrantes / Speakers:
Yann-Moulier Boutang, Université de Technologie de Compiègne, França
Maria Nélida González de Gómez, IBICT
Debatedor / Discussant: Ivan da Costa da Marques, UFRJ

15h30 – 15h45 - CAFÉ / COFFEE-BREAK

15h45 – 17h45 - SÍNTESE, CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
SUMMARY, CONCLUSIONS, AND RECOMENDATIONS

Coordenador / Chair: Ilma Maria Horsth Noronha, ICICT, Fiocruz

Participantes / Participants:
Coordenadores-Relatores dos Painéis / Chairs-Rapporteurs:

Sarita Albagli, IBICT
Ingrid Sarti, UFRJ
Fernanda Sobral, UnB
Clóvis Lima, UFS
Maria Lucia Maciel, UFRJ

18h – ENCERRAMENTO / CLOSING SESSION

Célia Ribeiro Zaher, IBICT

Monday, February 16, 2009

CONFERÊNCIA NACIONAL DE COMUNICAÇÃO


Durante o Fórum Social Mundial realizado no final de janeiro, em Belém, o presidente Lula defendeu a idéia de uma Conferência Nacional de Comunicação. Reivindicação que surgiu em 2007, a Conferência é defendida pelas Comissões de Direitos Humanos e Minorias e de Ciência e Tecnologia, bem como, por diversas entidades da sociedade civil, entre elas, o Intervozes.

A nota oficial da Comissão Pró-Conferência Nacional de Comunicação defende que seus objetivos sejam os seguintes:

1. Identificar os principais desafios relativos ao setor da comunicação no Brasil.
2. Fazer um balanço das ações do poder público na área.
3. Propor diretrizes para as políticas públicas de comunicação.
4. Apontar prioridades de ações governamentais dentro destas diretrizes.

Espero que, ao contrário do que aconteceu nos debates sobre a TV Digital no Brasil, dessa vez, os professores e estudantes da área de comunicação participem ativamente dessa conferência. Ela pode ser um espaço importante para avançarmos na democratização das comunicações e para construirmos um conjunto de direitos dos internautas contra as tentativas de controle totalitário e contra a criminalização da rede.

Um dos temas que buscarei divulgar é a necessidade do Espectro Aberto nas faixas de radiofrequência que serão devolvidas ao Estado quando se encerrar as transmissões de TV analógica. Com as tecnologias digitais poderemos ocupar estas faixas de modo comum, como uma grande via pública onde todos podem passar. As tecnologias digitais evitam a interferência e o ruído. Assim, podemos ter uma maior democratização do uso do espectro, seja para criarmos redes de conexão comunitária, seja para as rádios e TVs digitais livres.

Monday, February 02, 2009

MANIFESTO PELO RESGATE DOS BENS COMUNS É LANÇADO NO FSM, EM BELÉM


Segue o Manifesto lançado no Fórum Social Mundial em defesa dos commons:

Manifesto pela recuperação dos bens comuns da humanidade

A implantação de cercas nos campos da Inglaterra, para seu uso somente por aqueles que deles se apossavam, conheceu uma aceleração nos séculos XV e XVI, e deflagrou um processo de privatização de bens de uso comum das sociedades humanas. Logo em seguida o mundo passou a ser dominado pela lógica do sistema capitalista de produção, em que tudo pode ser transformado em dinheiro, e a industrialização abriu as portas para a produção em massa. O processo de privatização se associou então a uma mercantilização desenfreada, exacerbando a ganância e a competição.

O resultado disso é que a Humanidade vive, nos dias de hoje, uma crise de civilização, em que um conjunto de crises pode levar à destruição das sociedades humanas e do planeta Terra, com o aprofundamento dos traços mais regressivos da sociedade moderna: crescimento das desigualdades sociais, frenesi consumista, destruição da natureza, militarização das relações internacionais, seqüestro dos poderes públicos pelos mercados e pelo produtivismo, apropriação violenta de recursos naturais, retrocessos democráticos.

De um lado da esquizofrenia hoje dominante, a produção de armamentos é fonte interminável de lucros; a destruição do meio ambiente gera um crescimento econômico desigual e excludente; a industria farmacêutica aufere ganhos fabulosos atendendo às necessidades somente daqueles que podem pagar os altos preços dos remédios que produzem; o controle da produção e da venda de sementes leva ao suicídio pequenos produtores agrícolas pelas dividas que contraem; a criação do dinheiro como instrumento facilitador das trocas se encontra privatizada pelos bancos que, ainda quando agora se revelam como o coração de uma economia cassino, especulativa e desvinculada da economia real, são reforçados pelos remédios governamentais à atual crise financeira.

De outro lado, não se compartilham conhecimentos que permitiriam o acesso de grandes parcelas da população à solução de seus problemas; tampouco são considerados os conhecimentos e as estrategias socioprodutivas construídas por comunidades ao longo de sua história e que permitiriam e emergência de alternativas frente a mercantilização da vida; a preservação da floresta necessária à continuidade da vida no planeta é considerada obstáculo ao desenvolvimento; a pesquisa científica não serve à luta contra endemias que dizimam populações inteiras; descobertas e outras contribuições úteis para a humanidade se tornam inacessíveis, protegidas por patentes e direitos autorais defendidos cegamente; grandes produções agrícolas de efeito ambiental desconhecido e intensas explorações minerais de grande impacto socioambiental se espalham pela Terra para fornecer combustível e matéria prima para manter os níveis de comodidade dos mais ricos e um padrão de produção e consumo insustentável.

O Fórum Social Mundial de 2009, em Belem do Pará, no Brasil, ocorre em um momento muito especial, em que a globalização neoliberal, impulsionada pelas finanças desacorrentadas de qualquer controle público e legitimadas pela ideologia do livre mercado, fracassa espetacularmente.

O momento é muito especial também porque, ao mesmo tempo, no mundo inteiro emerge uma nova consciência de que há bens que em nenhuma hipótese podem ser privatizados ou mercantilizados, como bens de uso comum de todos os seres humanos e da própria natureza.

Os subscritores do presente Manifesto, lançado no Fórum Social Mundial de 2009, conclamam todos os cidadãos do mundo e suas organizações a se engajarem na ação pela desprivatização e desmercantilização desses bens, como uma bandeira assumida por toda a Humanidade.

Que cada um no lugar em que vive e no seu campo de luta, assumindo uma postura de cooperação como um valor essencial à vida humana, se mobilize:

- para ampliar e aprofundar essa nova consciência que está emergindo que reivindica a defesa dos recursos ambientais e socioculturais como bens coletivos e o direito universal a uma proteção ambiental equânime contra a discriminação sócio-territorial e as desigualdades promovidas pelo mercado;

- para apoiar a ação das organizações que se lançam na defesa da água e dos rios, da terra, das sementes, do conhecimento, da ciência, das florestas, dos mares, do vento, da comunicação e da intercomunicação, da cultura, da música e demais artes, dos serviços públicos de educação, saúde, saneamento, do dinheiro, das sabedorias ancestrais;

- para articular as lutas de suas próprias organizações, reforçando-se mutuamente, nas campanhas e iniciativas propostas e desenvolvidas com esses objetivos.

Os subscritores do presente Manifesto se comprometem a atuar intensamente para recuperar, para o uso comum dos seus semelhantes, na co-responsabilidade e sob o controle social, todos os bens e serviços necessários à vida.

Manifeste pour la récupération des biens communs de l'humanité

L'implantation des clôtures aux champs d'Angleterre, pour limiter son usage à ceux qui s'en appropriaient, a souffert une forte accélération aux XVème et XVIème siècles et a déflagré un procès de privatisation de biens d'usage commun des sociétés humaines. Par la suite le monde a été dominé par la logique du système capitaliste de production, où tout peut être transformé en argent, et l'industrialisation a ouvert les portes pour la production de masse. Le procès de privatisation s'est associé à une mercantilisation éfrénée, en exacerbant l'avidité et la compétition.

Ce qui en résulte est que l'humanité vit, actuellement, une crise de civilisation, auquel un ensemble de crises peut amener à la destruction des sociétés humaines et de la planète Terre, avec l'approfondissement des traits les plus régressifs de la société moderne :croissance des inégalités sociales, frénésie consumériste, destruction de la nature, militarisation des relations internationales, enlèvement des pouvoirs publics par les marchés et par le productivisme, appropriation violente des ressources naturels, reculs démocratiques.

D'une part de la schizophrénie dominante aujourd'hui, la production d'armements est une source interminable de bénéfices ; la destruction de l'environnement produit de la croissance économique ; l'industrie pharmaceutique obtient des gains formidables n'en s'occupant que des nécessités de ceux qui peuvent payer les prix trop chers des médicaments qu'elle produit ; le contrôle de la production et de la vente des graines amène au suicide des petits producteurs agricoles par les dettes qu'ils font ; la création de l'argent comme instrument facilitateur des échanges est privatisée par les banques qui, même maintenant en se révélant comme le cœur d'une économie casino, spéculative et détachée de l'économie réelle, sont renforcés par les secours gouvernementaux à la crise financière actuelle.

D'autre part, des connaissances qui permettraient l'accès de grosses parties de la population à la solution de ses problèmes ne sont pas partagés ; la préservation de la forêt nécessaire pour la continuité de la vie dans la planète est considérée obstacle au développement ; la recherche scientifique ne s'engage pas à la lutte contre des endémies qui déciment des populations entières ; découvertes et d'autres contributions utiles pour l'humanité deviennent inaccessibles, protégées par des brevets et des droits d'auteur aveuglément défendus ; grosses productions agricoles d'effets environnementaux inconnus s'éparpillent par la Terre pour fournir des combustibles pour maintenir les niveaux de commodité des plus riches.

Le Forum Social Mondial de 2009, à Belém du Pará, au Brésil, est réalisé dans un moment très spécial, où la mondialisation néolibéral, impulsée par les finances libérées de tout contrôle public et légitimées par l'idéologie du marché libre, échoue spectaculairement.

Le moment est aussi très spécial parce que, en même temps, au monde entier, émerge une nouvelle conscience de qu'il y a des biens qui ne peuvent jamais être privatisés ou commercialisés, tel que les biens d'usage commun de tous les êtres humains et de la nature elle-même.

Les souscripteurs de ce Manifeste, lancé au Forum Social Mondial de 2009, appellent tous les citoyens du monde et ses organisations à s'engager dans l'action pour la déprivatisation et décommercialisation de ces biens comme objectif assumé par toute l'Humanité.

Que chacun dans son lieu de vie et dans son champ de lutte, en assumant une posture de coopération comme une valeur essentielle à la vie humaine, se mobilise :

- pour élargir et approfondir cette nouvelle consciente qui émerge ;

- pour soutenir l'action des organisations qui se lancent pour la défense de l'eau et des rives, de la terre, des grains, de la connaissance, de la science, des forêts, des mers, du vent, de la communication et de l'intercommunication, de la culture, de la musique et les autres arts, des services publics d'éducation, santé, assainissement, de l'argent, des sagesses anciennes.

- pour articuler les luttes de ses propres organisations, en se renforçant mutuellement, aux campagnes et initiatives proposées et développées selon ces objectives.

Les souscripteurs de ce Manifeste se compromettent à acter intensément pour récupérer, pour l'usage commun de ses semblables, dans la co-responsabilité et sous le contrôle social, tous les biens et services nécessaires pour la vie.



Manifiesto por la recuperación de los bienes comunes de la humanidad.

La implantación del vallado en los campos de Inglaterra —para uso exclusivo de los que se apropiaban de ellos— sufrió una aceleración en los siglos XV y XVI y provocó un proceso de privatización de los bienes de uso común de las sociedades humanas.

Al poco tiempo, la lógica del sistema capitalista de producción —en donde todo es susceptible de convertirse en dinero— pasó a dominar el mundo, y la industrialización abrió las puertas a la producción en masa, haciendo que el proceso de privatización se uniera a la mercantilización desenfrenada, lo que intensificó la avaricia y la competencia.

El resultado de todo ello es que la Humanidad vive, a día de hoy, una crisis de civilización en donde un conjunto de crisis puede conducir a la destrucción de las sociedades humanas y del planeta Tierra debido a la acentuación de los rasgos más retrógrados de la sociedad moderna, a saber: el crecimiento de las desigualdades sociales, el frenesí consumista, la destrucción de la naturaleza, la militarización de las relaciones internacionales, el secuestro de los poderes públicos por parte del mercado y del productivismo, la apropiación violenta de los recursos naturales y los retrocesos democráticos.

Dentro de la esquizofrenia que nos domina en la actualidad, tenemos, por un lado, que: la producción de armamentos se erige como una fuente inagotable de beneficios; la destrucción del medio ambiente genera crecimiento económico; la industria farmacéutica obtiene grandes beneficios atendiendo solamente las necesidades de los que pueden pagar los altos precios de los medicamentos que producen; el control de la producción y de la venta de semillas lleva a los pequeños productores agrícolas al suicidio debido a las deudas que contraen; la creación del dinero como instrumento facilitador de los intercambios se encuentra privatizada por los bancos que, a pesar de que ahora aparecen como el corazón de una economía casino, especulativa y desvinculada de la economía real, están siendo reforzados por las soluciones gubernamentales para la actual crisis financiera.

Por otro lado, vemos que: no se comparten los conocimientos que permitirían que grandes sectores de la población encontrasen la solución a sus problemas; la preservación de los bosques necesaria para la continuidad de la vida en el planeta se considera un obstáculo para el desarrollo; las investigaciones científicas no sirven para luchar contra las endemias que afectan a poblaciones enteras; los descubrimientos y demás contribuciones útiles para la humanidad, protegidos por patentes y derechos de autor defendidos ciegamente, resultan inaccesibles; grandes producciones agrícolas de efectos ambientales desconocidos se expanden por la Tierra con el objetivo de proveer combustible para que el confort de los más ricos se mantenga al mismo nivel.

El Foro Social Mundial de 2009 en Belém do Pará (Brasil) se produce en un momento muy especial, en el que la globalización neoliberal, impulsada por las finanzas —libres de cualquier tipo de control público y legitimadas por la ideología del libre mercado— fracasa de una manera espectacular.

El momento también es muy especial porque, al mismo tiempo, está emergiendo en todo el mundo una nueva conciencia que proclama la existencia de determinados bienes que no pueden privatizarse ni mercantilizarse bajo ningún concepto, como los bienes de uso común de todos los seres humanos y los de la propia naturaleza.

Los firmantes del presente Manifiesto, propuesto en el Foro Social Mundial de 2009, incitan a todos los ciudadanos del mundo y a sus organizaciones a que formen parte de la acción por la desprivatización y la desmercantilización de dichos bienes, como si de una bandera asumida por toda la Humanidad se tratase.

Que cada uno, en el lugar en el que esté y en su radio de acción, asumiendo una postura de cooperación como un valor esencial para la vida humana, luche y se movilice para:

– ampliar y acentuar esa nueva conciencia que está emergiendo;

– apoyar la acción de las organizaciones que se lanzan en defensa del agua y de los ríos, de la tierra, de las semillas, del conocimiento, de la ciencia, de los bosques, de los mares, del viento, de la comunicación y de la intercomunicación, de la cultura, de la música y demás artes, de los servicios públicos de educación, salud y saneamiento, del dinero, de las sabidurías ancestrales;

– articular las luchas de sus propias organizaciones, reforzándose mutuamente, en las campañas e iniciativas propuestas y desarrolladas con tales objetivos.

Los firmantes del presente Manifiesto se comprometen a actuar intensamente para recuperar, para el uso común de sus semejantes, en corresponsabilidad y bajo el control social, todos los bienes y servicios necesarios para la vida.

Manifest for the recovery of common goods of humanity

The enclosure movement in England during the 15th and 16th centuries limited the access to land and its benefits to its owners, thus making it inaccessible to the public as it had been traditionally. This initiated the process of the privatization of common human necessities. Subsequently, the world was ruled under the logic of the capitalistic system of production, in which everything can be transformed into money, and industrialization engendered mass production. The process of privatization, linked to an unrestrained mercantilization, aggravated greed and competition.
As a result, nowadays, the human civilization is in crisis ; one that could inevitably lead to the destruction of the human species on Earth. With the endurance of the most aggressive aspects of modern societies: the growth of social inequalities, consumeristic frenzy, destruction of nature, militarization of international affairs, the confiscation of public power by the market and productivism, the violent appropriation of the natural resources, and democracy retrogress

On one hand, in the schizophrenia of our times, the production of arms is an endless source of profits; destructing the environment is how economic growth is attained; the pharmaceutical industry obtains astronomical gains by only making their products available to those who can afford to pay their exorbitant prices; the control of the production and selling of seeds is death to small farms because of the debt they incur; The creation of money as an instrument to make exchanges easier is privatized by banks that, even when showed as the heart of a casino economy, speculative and unlinked to the real economy, are reinforce by governmental medicines to the running financial crises.

On the other hand, the knowledge that would allow parcels of the population the access to solutions for their problems is not made widely; the preservation of the forest, necessary to the continuity of life on the planet, is considered an obstacle to progress; scientific research has not served in the struggle against endemic diseases that decimate entire populations; discoveries and useful advancements to human development become inaccessible, protected by blindly defended patents and author's rights; large agricultural productions with unknown environment effects spread throughout the earth to supply enough fuel to keep the wealthy minority at their standard of living.

The World Social Forum of 2009, at Belem – Pará, Brazil, is happening at a very special moment in time. It is a time when neo-liberal globalization, boosted by financial movements, unfettered by public control and legitimized by the ideology of the free market fails spectacularly.

The moment is also very special because simultaneously, the whole world is emerging into a new consciousness built on the premise that there are resources that under no circumstances could be privatizatized and mercantilized, by the fact that they are common goods and should be available to all human beings and nature itself.

The undersigned of the present Manifest, released in the World Social Forum of 2009, call all citizens of the world and their organizations to engage in the struggle for the deprivatization and demercantilization of these goods, as a flag raised by all of Humanity.

Everyone in their various locations and on their respective battle grounds, must assume the spirit of cooperation,which is essential to human life, and mobilize themselves in order to :
amplify and nurture the new consciousness that is emerging;
offer support towards the efforts of the organizations that launch themselves to the defense of rivers, land, seeds, knowledge, science, forests, seas, wind, communication and intercommunication, culture, music and other forms of art, public services such as education, health, sanitation, money, ancestral wisdom;
fortify the endeavors of their own organizations, mutually reinforcing themselves, in the campaigns and initiatives proposed and developed towards these objectives.09:37:47 /
The undersigned of this Manifest pledge to exhaustively act to recover, for the common use of their fellow human beings, in co-responsibility and under social control, all of the goods and services necessary for life.

Friday, January 30, 2009

FSM discute a liberdade na Internet e os riscos da sociedade do controle


Hoje foi o dia que tivemos mais reuniões sobre a defesa na liberdade da Internet. Ao meio dia, discutimos as tentativas de ataque e criminalização da rede que estão ocorrendo em vários países. Depois às 15h30 discutimos a governança da Internet e a necessidade de defender o princípio da neutralidade na rede.

Duas preocupações crescem entre os ativistas da liberdade na rede. A primeira é sobre o controle privado da infraestrutura essencial da internet, os backbones, nas mãos de um número diminuto de corporações de telecom. A segunda, é a crescente preocupação com o poder das empresas que detém mecanismos de busca e repositórios de dados pessoais. O Google, Yahoo e outras grandes companhias concentram e cruzam dados pessoais de milhões de pessoas. Com base nestes dados começam a identificar padrões de comportamento das pessoas com objetivos comerciais.

Ficou muito claro que a luta pela liberdade na Internet tem vários caminhos: local, nacional e mundial, cultural, político e tecnológico.

Thursday, January 29, 2009

FSM discute alternativas ao PL do Senador Azeredo


Ocorreu aqui no Fórum Social Mundial uma oficina sobre as alternativas ao PL do Senador Azeredo que trata dos crimes na Internet. A mesa, mediada por Pablo Ortellado, foi integrada pelo Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Pedro Abramovay, pelo Deputado Paulo Teixeira, pelo representante da FGV-RJ, Luiz Moncau e por mim.

Depois de uma explanação mais descritiva e histórica do projeto de Lei, realizada por Luiz Moncau e por mim, o Deputado Paulo Teixeira fez um importante alerta. Para ele, aumentará a pressão pela votação do projeto. Por isso, sugeriu que a sociedade civil amplie sua ações contra a aprovação do projeto. A contrapressão é vital para suprimir os artigos nefastos da proposição.

O Secretário Pedro Abramovay, afirmou que a ação do Ministério da Justiça segue três premissas básicas: primeiro, o projeto de Lei não deve tratar de assuntos relacionados a propriedade intelectual; segundo, o projeto não pode prejudicar a inclusão digital e as redes abertas; terceiro, o direito penal deve ser usado somente em último caso. Além disso, afirmou que “a Internet é um meio. Um crime não pode ser considerado mais grave porque foi praticado pela rede.”

Várias entidades estavam presentes, entre elas, o Intervozes e a ASL (Associação de Software Livre). Henrique Parra, do CMI, falou sobre a necessidade de construir um marco civil regulatório da Internet. Afirmei que talvez fosse mais interessante trabalharmos uma Carta de Direitos nas redes digitais. Ao definirmos quais os direitos que os cidadãos devem ter no ciberespaço, teremos melhores coindições de precisar quais violações desses direitos devem ser consideradas criminosas. João Brant, propôs a realização de um seminário sobre o marco regulatório / carta de direitos da cidadania digital. Pablo Ortellado sugeriu organizarmos um blog somente para acompanhar o PL Azeredo e para organizarmos esse seminário.

Foi unânime a idéia de que o PL Substitutivo do Senador Azeredo é extremamentee perigoso para a liberdade e para a privacidade na rede. Por isso, devemos aumentar a pressão para suprimirmos os artigos 285-A, 285-B, 171 e 22.

DEFESA DA LIBERDADE NA INTERNET

Amanhã, ocorrerá no FSM, a oficina Internet sob ataque que discutirá as tentativas de controlar a rede, entre elas, a Lei Sarkozi contra o P2P, as tentativas das operadoras de quebrar o princípio da neutralidade na rede, entre outras.

FSM: TEATRO MÁGICO, GOG E GREENPEACE...


Quando Fernando, vocalista do Teatro Mágico, subiu no palco instalado nas Docas, não imaginava que logo depois assistiria um dos shows mais emocionantes que já presenciei. Sem os companheiros de banda, Fernando segurou sózinho o espetáculo. O mais impressionante é que o Teatro Mágico não toca nas rádios, não paga "jaba", não integra a lista de queridinhos da Globo, mas a multidão conhecia suas letras e cantava alto sem nenhum constrangimento. O Teatro Mágico é um fenômeno da rede. Mostra como a Internet está permitindo superar o controle da indústria de intermediação.

Quando achava que o show ia acabar, subiu no palco o GOG, certamente o maior rapper do país. Improvidando junto com uma brilhante rapper da argentina, fizeram uma recombinação musical ao vivo. A galera delirou. Jamais imaginei que assistiria um remix do Teatro Mágico com Gog. Sensacional.

Ao final, Gustavo, Fernando, do Teatro Mágico, e Gog combinaram com o pessoal do Greenpeace de visitar hoje o barco que os ambientalistas utilizam nas lutas contra a devastação da Amazônia.

Wednesday, January 28, 2009

NOWTOPIA no Fórum Social Mundial


Chris Carlsson estará no Fórum Social Mundial para falar do seu livro "Nowtopia: How Pirate Programmers, Outlaw Bicyclists, and Vacant-lot Gardeners are Inventing the Future Today."
A proposta de uma sociedade pós-petróleo, pós-consumista e pós-capitalista será discutida no dia 30./01, às 15h30, no Auditório de Geociências Básico, na UFPA Básico.

Imperdível. Pena que não teremos streaming.

MARCHA DOS POVOS NO PORTAL DA AMAZÔNIA


Ontem, por volta das 16 h, começou a marcha do Fórum Social Mundial, aqui em Belém, saindo das Docas. A chuva amazônica, forte e rápida, apareceu e confirmou sua presença. O calor forte aplacado pela água que caía dos céus não incomodou os manifestantes.

A diversidade e a vitalidade de pessoas vindas de todas as partes do Planeta emociona. Sim, um outro mundo é possível. A foto acima foi tirada pelo Henrique Parra, do CMI.

Sunday, January 18, 2009

O FUTURO DA MÚSICA DEPOIS DA MORTE DO CD

O Futuro da Música Depois da Morte do CD é um livro-coletânea on-line que pode ser baixado da Internet. Sua licença é Creative Commons. A cópia é completamente liberada para uso não-comercial. O livro editado e disponibilizado em PDF ficará no site https://www.academia.edu/11915900/O_futuro_da_m%C3%BAsica_depois_da_morte_do_CD . O debate sobre o impacto das redes digitais na criação, produção e distribuição da música não é novo. Entretanto, poucos livros brasileiros reuniram diversos olhares de diferentes áreas do conhecimento para analisar a atual realidade musical. Navegando no mar revolto da digitalização em oceanos da propriedade intelectual, a coletânea discute as mudanças históricas no perfil e no papel dos músicos, compositores e intérpretes. Mixando o discurso acadêmico com os argumentos de quem vive de música no dia-a-dia, a coletânea O Futuro da Música Depois da Morte do CD é extremamente polêmica e útil nos debates sobre a reformulação da lei de copyright, para a formulação de políticas de incentivo à criação artística e à manutenção da diversidade cultural.

Os 16 autores partem da perspectiva da engenharia da produção, da sociologia, da teoria da comunicação, da musicologia, da filosofia e da interpretação e composição musicais, além da própria atividade empresarial. A única base comum dos textos é o reconhecimento das profundas mudanças que a digitalização e as redes informacionais trouxeram para o universo da música. Um dos objetivos da coletânea é mostrar a complexidade e as grandes diferenças teóricas, analíticas e prospectivas que existem entre aqueles que estão pensando o tema.

O FUTURO DA MÚSICA DEPOIS DA MORTE DO CD será lançado no Campus Party, dia 22/01, às 20 horas no palco da área de mũsica do evento #cparty.

O livro conta com os seguintes capítulos:

Introdução de Irineu Franco Perpetuo
Impacto da tecnologia na cadeia da música: novas oportunidades para o setor independente. João Leão e Davi Nakano
A música na época de sua reprodutibilidade digital. Sergio Amadeu da Silveira
CD Morreu? Viva o vinil! Simone Pereira de Sá
O MP3 e o fim da ditadura do álbum comercial. Alice Tomaz de Carvalho e Riverson Rios
Fãs-usuários-produtores: uma análise das conexões musicais nas plataformas sociais MySpace e Last.fm . Adriana Amaral
O impacto das novas tecnologias sobre o estudo de piano. Eduardo Monteiro
Valor da música. Andre Stangl e Reinaldo Pamponet Filho
Música Antiga e mídias modernas. Ricardo Bernardes
A criação musical erudita e a evolução das mídias: dos antigos 78rpms à era pós-CD. Harry Crowl
“Cordel da banda larga”: a canção de Gilberto Gil e as perspectivas da sociedade em rede. Laan Mendes de Barros
E agora, o que eu faço do meu disco? Pena Schimidt
Mudança dos ventos à vista. Chico Pinheiro
O mundo mudou bem na minha vez... André Mehmari.

Monday, January 12, 2009

BLOGS, DIREITOS E CIBERCIDADANIA


Com base no texto EFF Needs Your Support in the Fight for Bloggers' Rights!, traduzi e adaptei alguns princípios que deveriam nortear os direitos da blogosfera. Estes direitos são fundamentais para a construção de uma nova esfera pública e para a consolidação de uma cybercidadania.

DIREITOS DOS BLOGUEIROS

1) Você tem o direito de blogar anonimamente.
2) Você tem o direito de manter confidenciais as suas fontes de informação.
3) Você tem o direito de fazer uso justo de obras cerceadas pelo copyright.
4) Você tem o direito de permitir os comentários de seus leitores, sem que seja responsabilizado por eles.
5) Você tem o direito blogar livremente sobre Eleições.
6) Você tem o direito de blogar sobre o seu local de trabalho.
7) Você tem o direito de acesso como Mídia, de freqüentar eventos públicos com os mesmos direitos que os principais meios de comunicação social.

Estes são alguns pontos que poderiam ser a base de uma lei de direitos dos blogueiros.

Saturday, January 10, 2009

QUANDO UM TERÇO DAS VÍTIMAS SÃO CRIANÇAS...


Qual o nome devemos dar a um Exército cujas vítimas são crianças?
Um terço dos mortos da ofensiva israelense em Gaza são crianças.
Fundamentalismos e violência não gerarão segurança, somente ódio. Não aplacarão atos terroristas, somente os ampliarão.
Vejo cenas de limpeza étnica sendo efetuadas com o apoio da maior potência militar do planeta.
Fico triste ao perceber o silêncio geoestratégico de Barak Obama.
Lamento que perseguidos de outrora não fiquem constrangidos ao usar os mesmos métodos que marcaram a alma de seu povo nos campos de concentração nazistas.
Acho que devemos exigir que estes chefes militares da Operação em Gaza sejam considerados criminosos de guerra. Devem ser presos e julgados pelos Tribunais de Crimes contra a Humanidade.
A tristeza deve se transformar em indignação.
É preciso fazer algo contra o infanticídio e os massacres na Faixa de Gaza.

Friday, January 02, 2009

UNTRACEABLE ? FILME EXAGERA A DIMENSÃO DO CIBERCRIME...


O filme Untraceable (traduzido com "Sem Vestígio") é um thriller policial sobre a Internet. Bastante ambíguo, o filme mostra uma divisão do FBI encarregada de policiar o ciberespaço. A rede é apresentada como um ambiente inóspito. O roteiro dá a entender que a Internet transforma pessoas e instiga instintos agressivos e desumanos. Untraceable trata de uma perseguição de um criminoso que convida os internautas a ajudarem a matar suas vítimas "em tempo real". No filme, o streaming do criminoso não pode ser rastreado. Quantos mais internautas visitarem o site "killwithme" (mate comigo), mais rapidamente suas vítimas são assassinadas. No final, a polícia descobre a verdadeira identidade do criminoso, não pela perseguição do IP, mas por um trabalho de intelgência que envolve dicas deixadas por um policial que é morto "on-line".

Interessante é observar que a comunicação descentralizada não pode ser considerada criminosa como alguns querem. O filme tem uma relação contraditória com isto, pois em várias passagens ora a "neutralidade da rede" é atacada, ora "a rede wireless aberta" é considerada um grande risco. Para alguns, o filme irá reforçar a idéia de que a Internet é uma rede inaceitável por abrigar criminosos, loucos, psicóticos e pedófilos. Para outros, fica evidente que a Internet apenas é um veículo de comunicação horizontal que aproxima as pessoas, superando a territorialidade. Criminosos existem na sociedade. Assim como andam nas ruas, andarão pelo ciberespaço. A rede dá visibilidade aos comportamentos desviantes que a sociedade considera como prática inaceitável. Retirar da sociedade a possibilidade de comunicação distribuída, completamente sem centro, não parece que nos aliviará do comportamento criminoso, nem eliminará a fonte dos psicóticos.

No site do filme Untraceable exite uma entrevista com um ex-agente especial do FBI, expert em cibercrimes, que fala sobre crimes na Internet. provavelmente foi o consultor do filme. Vale a pena observar como responde as perguntas que a produção do filme estruturou como um FAQ. Também é interessante observar o Game que reproduz a tela dos policiais do filme e o diálogo em um chat com o criminoso.