Tuesday, March 24, 2009
JOMAR SILVA ESCLARECE PORQUE O PROJETO DO SENADOR AZEREDO É INÓCUO CONTRA OS CRIMINOSOS
O TEXTO SEGUINTE É DO COORDENADOR DA ODF ALLIANCE E ESPECIALISTA EM SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO, JOMAR SILVA:
"Muito tem sido escrito e debatido sobre o projeto de Cibercrimes em discussão na câmara federal, e ás vezes tenho a impressão de que os defensores do projeto não fizeram ainda um exercício de realidade sobre o que estão propondo.
O PROJETO em discussão atualmente piora ainda mais o projeto original quando inclui o “provedor de conteúdo”, propondo a extensão de uma medida que vai ser extremamente onerosa, difícil de implementar e que dará margem a uma infinidade de irregularidades e abusos que todos nós já conhecemos. A exigência de cadastro (RG, filiação e etc) para todo e qualquer provedor de
acesso e de conteúdo pode até parecer uma grande ideia, mas na prática é uma iniciativa inócua e não sei a quem ela realmente interessa.
Para explicar a medida proposta de um jeito muito simples, vou transpor o que ela propõe para o “mundo real”, e vejamos se após esta comparação vocês ainda vão querer defender tal medida.
Os números da criminalidade no Brasil crescem de ano a ano, e tal como no mundo virtual, existem alguns casos onde a polícia pode fazer muito pouco pois é complicado descobrir (e provar) quem estava efetivamente em um local onde um crime foi cometido. Mesmo assim, ela faz seu trabalho de acordo com as condições legais existentes no Brasil hoje.
Se o projeto em discussão fosse apresentado para resolver o problema da criminalidade “no mundo real”, olha só o que ele iria propor (vou pegar apenas uma das propostas, ok ?):
“Todo comércio ou empresa (pessoa jurídica), prestadora de serviços de
acesso (ex. transporte público) ou conteúdo (bens e serviços em geral)
deverá manter durante três anos um histórico de todas as pessoas que
utilizaram seus serviços, registrando seu RG, filiação e outros dados que
permitam identificar os cidadãos.”
Na prática isso significa o seguinte:
Você sairá de casa pela manhã para trabalhar e o porteiro do seu prédio vai ter que anotar seus dados e registrar sua saída. Quando você entrar no bar para comer um “pão na chapa com pingado”, o seu Manoel da padaria vai ter que anotar seus dados também. Saindo da padaria, pegando um táxi (ou ônibus, trem, metro ou qualquer outro meio de transporte), o responsável por ele também vai anotar seus dados. Chegando no prédio onde trabalha, a portaria vai também registrar sua entrada, tal como a recepção da sua empresa.
E assim vai sendo o seu dia, com alguém anotando passo a passo tudo o que você fez, gerando uma infinidade de registros que permitirão acompanhar todos os seus passos, todos os dias da sua vida (e claro, armazenando tudo isso durante três anos, para evitar uma multa mais do que salgada).
Quando um crime qualquer for cometido, a polícia poderá requisitar todos estes registros e com base neles, encontrar o criminoso... será que vai funcionar mesmo ?
Será que o “criminoso”, sabendo que todos os seus passos serão anotados, vai utilizar o seus documentos verdadeiros no dia a dia ? Será que os transtornos que uma medida dessa irão causar, vão trazer com certeza algum ganho ? Será que uma sociedade que vive assim pode ser chamada de sociedade democrática ?
Ainda com este caso hipotético em mente, como ficará a situação de um pequeno comerciante que não tiver recursos para capturar e manter estas informações durante os três anos que a lei determina ? Como ficará por exemplo, o controle de acesso a uma feira livre ? Fiz esta analogia, pois a lei em discussão pretende fazer isso no acesso á Internet e sendo assim, vai inviabilizar totalmente a utilização de toda e qualquer rede aberta, pois a implementação e manutenção de um controle
como este vai custar caro e analisando o custo de manter este sistema (e o risco inerente de ainda assim ser multado), não tenho dúvida que o mais fácil (e barato) a se fazer será desligar os transmissores e fechar as redes abertas.
É claro que as operadoras de telecom vão adorar ver apenas as terríveis e instáveis conexões 3G como única forma de acesso sem fio “dentro da lei”. Idem para os escassos provedores de Wifi, que tal como as operadoras, cobram preços absurdos pelos serviços. Aliás, o custo destes acessos deverá ficar ainda mais elevado, uma vez que as exigências legais para a prestação do
serviço agora serão mais pesadas. Pior que tudo isso, é ver que as regras em discussão atualmente, estrangulam no berço uma das tecnologias mais promissoras que foi criada nos últimos
anos, as redes Mesh.
Se a proposta for aprovada, a insegurança jurídica de quem mantém um ponto de rede mesh será tão grande que duvido que possamos um dia utilizar a tecnologia mesh para criar redes abertas que tenham cobertura extensa. Aliás, as operadoras devem estar adorando isso também, pois poderão tirar o máximo do lucro de sua atual rede 3G antes de nos “brindar” com a oferta de
uma rede WiMax (que certamente vai custar mais caro ainda).
(...)
Eu concordo que o Cibercrime deve ser combatido, concordo que a polícia deve ter seus mecanismos de investigação muito bem afinados agora fica difícil como cidadão aceitar mais esta conta para pagar, sendo que ela não é, nem de longe, uma solução tecnicamente aceitável para o problema.
Acho que o investimento em educação dos usuários de Internet no Brasil seria algo que traria muito mais resultados sem colocar a liberdade de todos nós em risco, mas é uma pena que muita gente com a caneta na mão não pense assim.
Para mim, a maior ironia disso tudo é que a maioria das pessoas que hoje lutam com unhas e dentes pela aprovação da lei, batem no peito dizendo que “lutaram pela liberdade” e agora, como não entendem o mundo digital, querem acabar com a liberdade nele... é a velha cultura ilusória de
“transformar um problema que não entendo num problema que conheço para ver se consigo resolve-lo”... Sinto lhes informar, mas não vai funcionar."
Monday, March 23, 2009
PORQUE SOMOS CONTRA SALVAR O PROJETO DO SENADOR AZEREDO
O Ministério da Justiça, pressionado por setores da Polícia Federal aliados ao Senador Eduardo Azeredo (agora presidente da Comissão de Relações Internacionais do Senado), quer apresentar uma proposta para "melhorar" o projeto Substitutivo de crimes na rede (de autoria da equipe do Azeredo). A proposta do Ministério da Justiça de fato retira uma quantidade enorme de absurdos e imprecisões do Substitutivo do Senador Azeredo, mas mantém elementos inaceitáveis e introduz novidades obscuras, tais como a tentativa de criminalizar "provedores de conteúdo" que não tenham condições de vigiar seus usuários. A seguir uma breve crítica a proposta do MJ:
1- Precisamos definir uma lei com os direitos dos cidadãos na comunicação em redes digitais. A violação dos direitos essenciais definidos nesta lei é que deve ser considerada prática criminosa.
2- Devemos exigir o direito de navegar sem termos nosso rastro digital controlado pelas corporações, pelos criminosos e pelos Estados autoritários. Armazenar dados da nossa navegação por mais de seis meses deve ser considerado crime. O projeto de salvação do Substitutivo do Azeredo faz exatamente o contrário.
3- A proposta legitima o DRM, mecanismo de restrição de cópias em aparelhos e sistemas informatizados, e criminaliza a sua inutilização. A nova redação do artigo 285-A diz que é crime "Acessar, indevidamente, informações protegidas por restrição de acesso, contidas em sistema informatizado". Redação absurda.
4- Para impedir o crime de invasão bastaria escrever que seria considerada prática criminosa "invadir servidores de rede e computadores sem autorização de seu responsável". Mas a comunidade da vigilância, coordenada pela equipe do Senador Azeredo, quer deixar a porta aberta para interpretações mais amplas. Continua inaceitável o artigo 285-A.
5- O projeto de salvação do Substitutivo do Senador Azeredo define que provedor de acesso é "qualquer pessoa jurídica, pública ou privada, que faculte aos usuários dos seus serviços a possibilidade de conexão à Internet mediante atribuição ou validação de endereço IP". Assim fica claro que uma escola, faculdade, qualquer lan house ou empresa que forneça uma conexão à Internet está enquadrado como provedor.
6- O projeto de salvação do Substitutivo do Senador Azeredo exclui o famigerado artigo 22, mas mantém o seu conteúdo piorado no artigo 5. Os provedores devem guardar dados de navegação dos seus usuários por 3 anos (Qual é o interesse do pessoal que insiste em 3 anos? vemos claramente as mãos das auditprias de conformidade). Além disso, seguindo a lógica do Geraldo Alckimin, em São Paulo, exige que os provedores tenham "nome completo, gênero, filiação, data de nascimento e número de registro de pessoa física ou jurídica de seus usuários". Minha mãe, agora para acessar a Internet terei que mostrar meu RG...
7- O projeto liquida as redes abertas anônimas dentro de instituições privadas. Por exemplo, no seminaŕio de cidadania digital da Caśper, terei que cadastrar todo mundo que for asistir as palestras e twittar, pois do contrário estarei violando o projeto de salvação do Substitutivo do Senador Azeredo.
8- O mais contraditório e lamentável é que os telecentros, as redes abertas mantidas pelo Poder Público estão fora dessas regras (até porque inviabilizaria todos estes projetos de inclusão digital). Veja o Art. 6º. Repare que as lan houses, pessoas jurídicas privadas, terão que pedir o RG e o nome dos pais do usuário, mas a rede aberta de Copacabana, não. Diria um observador mais atento que isso será derrubado pelo Supremo. O que será derrubado? A não aplicação da lei aos projetos de inclusão digital, pois não existe essa de dizer que crime só é cometido através de pessoas jurídicas privadas. Equivale a dizer que "violar o código penal é crime, menos nos programas de inclusão digital". Pegadinha de mau gosto.
9- O senhor Alckimin sancionou uma lei em SP que exige registro cadastral (não com filiação e outros dados como no projeto em questão) há mais de 3 anos. No mesmo período o crime digital cresceu absurdamente. Resultado da medida: fracasso total. Os mais bem humorados poderiam até concluir que a lei de cadastro e identificação gerou um crescimento estatístico dos crimes na Internet, a partir do Estado de SP. Piada. Estas medidas visam apenas a aplicação arbitrária quando for de interesse da alta e da baixa administração (um fiscal que queira prejudicar uma lan house por motivos particulares).
10- Agora, vamos ao pior! REPARE. O projeto de Salvação do Substitutivo do Azeredo atingiu o seu limite de obscurantismo no parágrafo 5º do Art. 5º. No projeto anterior não existia nenhuma alusão aos chamados provedores de conteúdo. Agora a comunidade da vigilância quer controlar e vasculhar as redes sociais. Querem que todo provedor de conteúdo demonstre "possuir a capacidade de coletar, armazenar e disponibilizar dados informáticos para fins de investigação criminal ou instrução processual penal" (inciso III).
11- VEJA O QUE É PROVEDOR DE CONTEÚDO NO Art. 4º:
"II – provedor de conteúdo: qualquer pessoa jurídica, pública ou privada, que coloque informações à disposição de terceiros por meio da Internet."
Quem será atingido por este artigo? O site de uma empresa pequenina, um cluster de blog, o twitter, o Facebook, o Youtube, o site da paróquia da sua preferência, o Yappr, o wordpress, a wikipedia, o digg, o gazeta esportiva online, o sourceforge, etc. Enfim, quase todo mundo que monta uma página na web.
12- Quem quer isto? A comunidade de vigilância que nunca se conformou com a comunicação distribuída. Eles querem impedir que possamos continuar divulgando a rede TOR, hospedada no Eletronic Frontier Foundation, usada para assegurar a comunicação anônima, sem intrusão. Querem agir como o governo autoritário da China.
13- Por fim, continua a tal regulamentação da lei depois de sua aprovação. Imagine a PF fazendo tal regulamentação. Imagine se não reaparecerá a necesidade das auditorias de conformidade. É claro que voltarão. Fizemos várias conversas com o Julio Semeghini e com o Ministério da Justiça. Explicamos que esta lei é absurda, pois atinge o cidadão e pouco afeta os crackers. Esta lei facilita o abuso, a chantagem, o vigilantismo. O MJ e o deputado do PSDB ficaram de agendar uma reunião com os técnicos da PF que dizem que esta lei irá permitir o combate aos crimes digitais. Mostramos que isto não ocorreria. A reunião não aconteceu. O projeto que apresentam melhorou muito pouco em relação ao Substitutivo do Azeredo e piorou de modo intenso na questão do provimento de acesso e agora (novidade) conteúdo. Lamentável. As empresas que usam wordpress terão que provar que têm capacidade de vigilância sobre as suas postagens, sobre as redes sociais que venham formar. Absurdo.
Thursday, March 19, 2009
PARA QUEM QUER USAR SOFTWARE LIVRE E NUNCA TEVE A CORAGEM DE INSTALAR...
Sunday, March 15, 2009
A CULTURA DIGITAL É REMIX
A Indústria Cultural havia banido as práticas recombinantes do terreno da produção cultural legítima. Como se o original brotasse do nada, os intermediários da cultura inventaram a figura de um autor genial que inventava sem nunca copiar. No máximo, o criador recebia influências, mas sua inventividade brotava de uma condição acima da cultura em que estava inserido. Isso ocorria porque era necessário individualizar a criação para poder implantar um sistema de apropriação privada dos bens culturais que culminou na expansão do copyright.
A emergência das redes digitais permitiram que as práticas recombinantes ganhassem novamente destaque e assumissem um papel cultural de destaque. O remix, a colagem e a fusão de idéias são essenciais à criatividade.
Leandro Cianconi me enviou um link pelo twitter sobre um mashup sensacional. Visitei e confirmei a combinação de sons a partir de vídeos do Youtube. Imperdível:
http://www.thru-you.com/#/videos/
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Friday, March 13, 2009
ALERTA GERAL: SENADOR AZEREDO AUMENTA PRESSÃO PARA APROVAR SEU PROJETO DE VIOLAÇÃO DA LIBERDADE E IMPLANTAÇÃO DO VIGILANTISMO NA INTERNET
O Senador Azeredo, eleito presidente da Comissão de Relações Internacionais do Senado, no dia 4 de março, a partir de sua nova posição está pressionando o governo para apoiar a aprovação do seu projeto de criminalização da Internet na Câmara.
No dia 5 de março, o deputado conservador ligado ao PSDB, Regis de Oliveira (PSC-SP), conseguiu aprovar seu parecer favorável ao projeto do Senador Azeredo na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados. O Parecer afirma que o projeto vigilantista e violador da privacidade na rede é constitucional e clama pela sua aprovação .
O projeto de lei do Senador Azeredo quer destruir as redes abertas, impor o fim da comunicação anônima na Internet e criminalizar práticas cotidianas na rede. Abre espaço para atacar as redes P2P, como tem ocorrido em todo o mundo (veja o exemplo do julgamento do Pirate Bay). O projeto do Senador Azeredo é apoiado pela Febraban e pelos banqueiros que querem repassar para a sociedade os custos da segurança bancária.
Quem quiser se somar à luta pela liberdade e privacidade na Internet, envie um e-mail para o deputado do seu Estado pedindo que vote contra o projeto de crimes da Internet re-escrito pelo Senador Azeredo. Porcure no site da Câmara o e-mail do deputado do seu Estado: http://www2.camara.gov.br/canalinteracao/faledeputado
Leia as postagens que esclarecem os riscos dos artigos 285-A, 285-B e 22 do projeto-substitutivo do Senador Azeredo:
http://samadeu.blogspot.com/search/label/contra%20PLC%20do%20Azeredo
Ajude a divulgar a petição contra o projeto original do Senador Azeredo.
Wednesday, March 11, 2009
PESQUISA MOSTRA IMPORTÂNCIA E USO DO TWITTER
Segundo a Pew Internet & American Life Project, 11 % dos norte-americanos adultos usaram serviços com o Twitter de acordo com a pesquisa realizada em dezembro de 2008.
O uso do twitter é bem superior entre jovens adultos. A pesquisa indicou que 19% dos adultos online com idade entre 18 e 24 anos declaram ter usado o twitter. No grupo com idade entre 25 e 34 anos este número é ligeiramente maior, 20%.
Entre 35 e 44 anos, o uso cai para 10% e se reduz para 5% no intervalo dos entrevistados com idade entre 45 e 54 anos. Este número encolhe para 4% na faixa de 55 a 64 anos. Chega aos 2% entre aqueles com idade superior a 65 anos.
Outro ponto interessante apontado pela pesquisa é que mais de 3/4 dos usuários do twitter (76% deles) se conectam à aplicação por meio de laptops, PDAs, handhelds ou celulares. Penso que um dos fortes elementos que podem explicar o sucesso do twitter está vinclulado à mobilidade.
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Tuesday, March 10, 2009
LEMBRANÇA DA VITÓRIA FEMINISTA EM PORTUGAL
Friday, March 06, 2009
ACABOU O JULGAMENTO DO PIRATE BAY. A DECISÃO SAI NO DIA 17 DE ABRIL
A melhor cobertura do julgamento do Pirate Bay que eu li em língua portuguesa foi feita pelo Alisson Gøthz no rraurl. Esta foto veio de lá e deve ter vindo de outra parte da blogsfera.
O julgamento acabou, mas o veredito só sairá no dia 17 de abril.
As megacorporações da indústria de intermediação acusaram The Pirate Bay de facilitar o compartilhamento ilegal de arquivos digitais, violando a lei de copyright.
Em homenagem aos amigos do Pirate Bay transcrevo, agora, um trecho de Luíz Aguiar Santos sobre as idéias do grande literato português Alexandre Herculano:
"Assim, para Herculano, o direito de propriedade não podia abranger as criações do espírito humano enquanto idéias, discursos, gestos, formas (ou fórmulas...) que pudessem ser imitados; apenas poderia abranger objectos criados, entidades físicas, materiais, tangíveis."
Vida longa ao The Pirate Bay!
I Festival Cultura Digital no CIRCO VOADOR - RJ
I Festival Cultura Digital no CIRCO VOADOR:
7 e 8 de março, a partir das 15h no Circo Voador
entrada: 1 hardware qualquer, alguma mídia para ser copiada ou 1 kg de alimento não perecível, 1 livro ou o que mais você puder doar
Sábado 7/3:
15h às 20h: Oficinas de Robótica, Computação Física e PureData com Glerm Soares e Paulo Cesar Gonçalves.
15h às 20h: “Install Fest - Traga seu computador para instalar ou configurar Linux!”
15h às 19h: Maratona Aberta de Games Livres - Participe!
17h às 20h: Debate sobre Direto Autoral - Ainda somos os mesmos e licenciamos como nossos pais? ( Sérgio Amadeu, Ivana Bentes, Thiago Novaes e Pablo Ortellado)
20h às 21h: Oficina com Luciane Menezes: Danças e cantos tradicionais do Brasil - o conhecimento livre ancestral
shows:
21h às 21:30h: MC Xuparina - Funk Pop Lesbian Trash
21h30 às 21h50: trilha ao vivo
21h50 às 23h10: Seychelles + Arthur Joli
23h10 às 23h30: trilha ao vivo
23h30 às 00h10: Banda Leme
00h10 às 00h30: Trilhas
00h30 às 01h10: B Negão Sound System
01h10 às 01h50: Trilhas
01h50 às 02h30: ChoroFunk (Sany Pitbull e Sérgio Krakowski e convidados)
Domingo 8/3:
14h às 19h: Oficinas de Robótica, Computação Física e PureData com Glerm Soares e Paulo Cesar Gonçalves.
14h às 19h: “Install Fest - Traga seu computador para instalar Linux!”
15h às 19h: Maratona Aberta de Games Livres - Participe!
16h às 19h: Plantio/oficina de ervas medicinais
19h às 20h: Rádio Aberta - Intervenção Sonora com Romano
19h: Roda de Maculelê
20h: Exibição do Longa-Metragem “Ressaca”, de Bruno Vianna - Cinema Feito à Mão.
22h: DorkbotRio especial com os projetos: Liz Christine, Botanicos, Dziga Vertov e MediaSana.
VADE RETRO, ARCEBISPO...
O arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, é uma expressão típica do obscurantismo, do ultra-conservador e über-absurdo dogmatismo, incentivado pelo atual papa, um homem da Santa Inquisição. Nada de novo para quem defende padres que apoiaram o nazismo. O Arcebispo excomungou a família e os médicos que fizeram um aborto de uma menina de 9 anos, grávida de gêmeos, vítima de estupro, ou seja, da hedionda prática de pedofilia. Mesmo sabendo que a menina corria risco de vida, o Arcebismo fez de tudo para impedir o aborto legal.
Ao invés de excomungar o criminoso que violentou, marcando para sempre a vida da criança, ele jogou a ira da Santa Madre Igreja Católica contra a família agredida e os médicos que cumpriam o seu dever. Ao invés de excomungar os padres que praticam pedofilia, ele afunda sua doutrina na poça rasa da injustiça e falta de bom senso.
Lamentável. Não existirá um único padre que irá alertar este arcebispo que sua alma poderá "queimar no inferno" ao lado da alma do estuprador?
Thursday, March 05, 2009
SOBRE A ROBÓTICA LIVRE NO BRASIL...
No dia 10 de dezembro de 2008, escrevi o post sobre o lançamento do que seria o primeiro robô livre do planeta. O robô livre, desenvolvido colaborativamente, foi lançado no Campus Party, em janeiro de 2009.
Frederico escreveu o seguinte comentário sobre o post: “ Essa informação de 'Primeiro robô livre do planeta' não está correta. O Danilo César já desenvolve trabalhos desse tipo há alguns anos (desde 2001), inclusive organizando várias olimpíadas de robótica livre (por exemplo no CESoL e no Latinoware).”
Na verdade, o Frederico tem razão. Justiça seja feita, Danilo, meu amigo, é um dos pioneiros da robótica livre no Brasil. O site http://www.roboticalivre.org/portal/ confirma claramente a ação que a comunidade de software livre realiza há muito com a robótica livre. Meu texto foi equivocado. O que foi lançado no Campus Party foi o primeiro robô humanóide livre. Sem dúvida, o projeto liderado por cientistas da Unesp e ITA é extremamente inovadora e está disponível no sourceforge e o link para conhecer o projeto é http://www.theopenrobotproject.org/tiki-index.php
O fato mais relevante é que se o CP1, humanóide livre, tiver apoio da comunidade de desenvolvedores, ele poderá a ajudar construir uma nova dinâmica no mundo do hardware, baseada no código-aberto e no compartilhamento.
Wednesday, March 04, 2009
DITABRANDA? FOLHA PERDEU A NOÇÃO...
Para o jornal Folha de São Paulo quando o velho Bush censurou a imprensa no seu esforço de guerra contra o terror, apenas estava defendendo razões de Estado. Em nenhum momento, durante o "período ditatorial" norte-americano a Folha chamou Bush de "o ditador George W. Bush". Chaves e Fidel, sim. São ditadores. Já os dirigentes chineses não são ditadores para a Folha. O jornal escreve "o ditador Fidel Castro", mas nunca usa "o ditador chinês fulano de tal"... Claro que não. O que vale para os grupos de comunicação são os seus interesses. O discurso oscila. A definição de ditadura segue a conveniência dos tempos.
Eu não sou sem mídia. Tenho este modesto blog. Acho que jornais sofrem uma forte concorrência de outras formas de veiculação de informação nas redes digitais. Independente disso, considero extremamente oportuna a manifestação do Movimento dos Sem-Mídia (MSM) contra a Folha de S.Paulo em 7 de março, sábado, às 10h. Onde? em frente à sede do jornal, na rua Barão de Limeira.
Por que?
Porque a Folha perdeu a noção e chamou a ditadura militar que governou o Brasil, entre 1964 e 1984, de “ditabranda”. O pior é que o Sr Frias Filho, diretor da corporação jornalística, para tentar defender o seu absurdo equívoco atacou os professores Fábio Konder Comparato e Maria Benevides que protestaram contra o impropério cometido pelo jornal.
Por essas e outras é que a famosa "credibilidade da imprensa" não resiste a contundente "reputação" das redes e mídias sociais.
Eu não sou sem mídia. Tenho este modesto blog. Acho que jornais sofrem uma forte concorrência de outras formas de veiculação de informação nas redes digitais. Independente disso, considero extremamente oportuna a manifestação do Movimento dos Sem-Mídia (MSM) contra a Folha de S.Paulo em 7 de março, sábado, às 10h. Onde? em frente à sede do jornal, na rua Barão de Limeira.
Por que?
Porque a Folha perdeu a noção e chamou a ditadura militar que governou o Brasil, entre 1964 e 1984, de “ditabranda”. O pior é que o Sr Frias Filho, diretor da corporação jornalística, para tentar defender o seu absurdo equívoco atacou os professores Fábio Konder Comparato e Maria Benevides que protestaram contra o impropério cometido pelo jornal.
Por essas e outras é que a famosa "credibilidade da imprensa" não resiste a contundente "reputação" das redes e mídias sociais.
Sunday, March 01, 2009
PIRATE BAY: FLORES CONTRA A TRUCULÊNCIA DA INDÚSTRIA DE COPYRIGHT
No nono dia do histórico julgamento dos jovens do Pirate Bay, processados pela indústria fonográfica de violação de copyright, a Acusação buscou desqualificar as testemunhas quando percebeu que elas eram simpáticas aos rapazes.
O professor de mídia Roger Wallis, também compositor e presidente da Associação Sueca Compositores de Música Popular foi testemunhar e afirmou que não vê nenhuma diferença entre o Pirate Bay e motores de busca tais como Google. Além disso, criticou a indústria cultural por ser tão lenta para se adaptar às novas tecnologias. Comparou as reações atuais àquelas que tentaram impedir o surgimento dos cassetes nos anos 70.
Quando perguntado se pirataria prejudicava as vendas da indústria da música, Wallis afirmou que o download aumentou as vendas de ingressos em shows e concertos. Disse ainda que as vendas de CDs podem voltar a subir, pois as pessoas que fazem download tendem a comprar mais CDs.
Ao ser informado das opiniões do Wallis, a acusação, no início da arguição fez uma pergunta para tentar desqualificar o seu depoimento. O acusador dos jovens do Pirate Bay indagou se Wallis era um bom professor. Wallis respondeu: "Você pode usar o Google? Então, você pode facilmente encontrar o meu CV."
Quando perguntaram a Wallis se ele queria ser reembolsado pelo custo de transporte para vir testemunhar no Tribunal, respondeu: não, apenas enviem flores a minha esposa. Sabendo disso, inúmeros apoiadores do Pirate Bay enviaram espontaneamente centenas de buquês de flores para a residência de Robert Wallis. Um ato que mostra beleza e força daqueles que lutam pelo compartilhamento do conhecimento.
As informações desse post, bem como, a foto que coloquei acima foram retiradas do Gizmodo.
Acompanhe os acontecimentos e os últimos lances do julgamento pelo Spectrial http://trial.thepiratebay.org/
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