Wednesday, May 16, 2007

ALERTA: ABNT ESTÁ PRESTES A APROVAR PADRÃO DEFENDIDO PELA MICRO$OFT.

Uma guerra está em curso e o seu resultado influenciará milhões de pessoas. Trata-se de uma guerra de padrões. Governos de todo o mundo estão aprovando a preferência pelo uso de formatos abertos para trocar informações e textos. Assim, uma série de instituições passaram a adotar o formato ODF (Open Document Format) para escrever documentos.

Quando temos um padrão aberto o maior beneficiário é a sociedade, pois o texto digitado poderá ser lido independente do software usado para a sua leitura. Ou seja, o padrão aberto permite que as pessoas tenham comunicabilidade total e interoperabilidade plena na troca de documentos. Também permite que tenhamos competição dentro de um padrão. Quanto maior a competição entre os softwares editores de textos, melhor para a sociedade, melhor para os consumidores.

Quem é contra o padrão aberto?
O monopólio mundial de software para desktop. A micro$oft quer impedir que os governos e as empresas passem a adotar o padrão ODF. Como percebeu que não pode combater a idéia de padrão aberto, decidiu conturbar o processo e distorcer o significado do que é um padrão aberto.

A micro$oft abandonou o consórcio que define o padrão ODF e propôs apoiar um outro padrão chamado OpenXML, da ECMA. Este padrão é uma colcha de retalhos aberta, mas muitos de seus componentes são fechados e patenteados.

Como sua estratégia está sendo bombardeada na Europa, a micro$oft quer tentar aprovar seu padrão no Brasil. Depois querem transformar o Brasil em exemplo para influenciar os demais países do mundo. Como pretendem fazer isto? Através da ABNT. A m$ criou um grupo de trabalho na ABNT, financiado por ela com o objetivo de aprovar o OpenXML como um padrão aberto.

A m$ está alocando funcionários e empresas aliadas para participar e controlar este grupo. Tal prática da m$ é bastante conhecida. Basta lembrar que o Chefe de Gabinete da Presidência do Serpro, em 2004, saiu da empresa pública diretamente para integrar os quadros da m$ em Brasília. O objetivo era paralisar o uso de software livre pelo governo federal. Este fato não ocorreria no mercado financeiro, pois lá existe a exigência de quarentena.

Fazer lobby é uma especialidade da empresa que tem recursos sobrando para tal. Por isso, antes que a ABNT, cometa um erro que custará muito caro ao Brasil, alerto a todos que defendem a liberdade de criação e conhecimento que se juntem para denunciar esta tentativa absurda de anular o padrão aberto ODF.

O padrão ODF é livre. Todos os seus componentes são abertos. Ele é de fácil implementação e pode ser usado por qualquer empresa, sem impedimentos nem necessidade de pagamento de royalties.

O padrão OpenXML é composto de vários componentes patenteados ou de propriedade de empresas privadas. É absurdamente complexo, tem mais de 5 mil páginas. Sua adoção não dará nenhuma garantia jurídica e nem permitirá que a evolução de cada componente do padrão seja pública e aberta.

Vamos barrar a tentativa do monopólio mundial de software para desktop de usar o órgão brasileiro de normas técnicas para expandir o seu monopólio de algoritmos.

Escreva para a ABNT
Denuncie a manobra monopolista da m$
Envie um representante da sua empresa ou entidade para participar do grupo da ABNT.

63 comments:

Anonymous said...

"O padrão OpenXML é composto de vários componentes patenteados ou de propriedade de empresas privadas. É absurdamente complexo, tem mais de 5 mil páginas. Sua adoção não dará nenhuma garantia jurídica e nem permitirá que a evolução de cada componente do padrão seja pública e aberta."

Sérgio, faça lá um favor aos seus leitores e apresente a lista dos componentes patenteados do OXML.

Mas já agora leia lá as objecções dos países ao OXML e já agora a resposta da ECMA (sim o OXML pertence à ECMA, e esta através dos seus membros será responsável pela evolução dos mesmos), onde esta fala nos seus componentes patenteados, e se chegar a essa parte verá que os exemplos utilizados na documentação foram especificos, mas não são tornados obrigatórios pela especificação.

http://jtc1sc32.org/doc/recent/JTC001-N-8530.zip

É complexo seguramente, mas pelo menos completo...

http://tirania.org/blog/archive/2007/Jan-30.html

Tomei a liberdade de extrair um bloco de texto do artigo onde pode confirmar a juventude do ODF...

"OOXML devotes 324 pages of the standard to document the formulas and functions.

The original submission to the ECMA TC45 working group did not have any of this information. Jody Goldberg and Michael Meeks that represented Novell at the TC45 requested the information and it eventually made it into the standards. I consider this a win, and I consider those 324 extra pages a win for everyone (almost half the size of the ODF standard).

Depending on how you count, ODF has 4 to 10 pages devoted to it. There is no way you could build a spreadsheet software based on this specification.

To build a spreadsheet program based on ODF you would have to resort to an existing implementation source code (OpenOffice.org, Gnumeric) or you would have to resort to Microsoft's public documentation or ironically to the OOXML specification. "

É impossível criar um documento numa folha de cálculo e abri-la numa outra aplicação que suporte o mesmo formato (ODF) e obter os mesmos resultados... penso que não se deve investir tempo num standard para obter isto, não concorda?

Em relação à última afirmação já respondi anteriormente, os membros da ECMA vão garantir a evolução do OXML e não apenas a Microsoft.

samadeu said...

Sobre o post anterior, apenas gostaria de reafirmar que os funcionários da M$ deveriam assinar seus textos.
Além disso, gostaria de reafirmar os pareceres da maioria absoluta de empresas e técnicos que afirmam exatamente o que está em meu post.

Por fim, a pergunta que não quer calar: se já temos o formato ODF prá que criar outro?
Somente para a ajudar a M$ a manter seu monopólio? Pq vc teme tanto a concorrência dentro de um mesmo padrão realemente aberto e não-proprietário?

Anonymous said...

Anônimo,

faça você um favor a sociedade e leia sobre o OOXML:

http://en.wikipedia.org/wiki/Office_Open_XML

Verá lá, por exemplo:

- nome de papel não padronizado;
- nome de cores não padronizado;
- codificação de línguas não padronizado;
- inconsistências internas e omissões;
- etc.

Pode me explicar essas coisas? ou falar teu nome?

SpamKids said...

Caro Sergio, tomei a liberdade de divulgar isso em meu blog (http://conhecimento-livre.blogspot.com/) sem antes te consultar. Você autoriza a publicação?

Obrigado!

Anonymous said...

Boa parte do que o Anônimo falou tem fundamento.

Estou cada vez mais decepcionado com a postura do tipo "ganhar no grito" que tem se tornado cada vez mais comum entre usuários de SL.

O comentário de Marcelo Tavares apresentou alguns contras do OpenXML e apesar de seus comentários serem bem simplórios e nada poder se concluir acho que essa é a postura que deve ser adotada por quem quer convencer alguem a algo; a menos que se esperem leitores incapazes de raciocinar por si só.

"Sobre o post anterior, apenas gostaria de reafirmar que os funcionários da M$ deveriam assinar seus textos"
Um comentário como esse não refuta nenhuma informação do comentário, apenas foge do tema.

"Além disso, gostaria de reafirmar os pareceres da maioria absoluta de empresas e técnicos que afirmam exatamente o que está em meu post."

Esse tipo de afirmação equivale à Micro$oft dizer que o linux infringe mais de 200 patentes.

"se já temos o formato ODF prá que criar outro?"

É obvio que TUDO NA VIDA tem pós e contras. Cada um coloca na balança e verifica o que lhe é melhor de acordo com suas necessidades.

O site http://tirania.org/blog/archive/2007/Jan-30.html citado pelo Anonimo mostra batantes prós a favor do OpenXML de forma sensata, mas é também óbvio que o fato de ele ser um defensor do OpenXML faz com que ele provavelmente oculte os contras do OpenXML. Era exatamente isso que eu esperava ler aqui....

é triste entrar num site esperando ler algo de util e ver algo que parece mais um comíssio politico.

obs: Nao sou funcionario da microsoft, mas ate agora nao estou convencido que o formato OpenXML é um problema. PARECE mais ser implicância com tudo que vem da Microsoft do que argumentar contra o formato em si.

Anonymous said...

Esses caras que defendem o OXML apenas por simpatia, sem vantagem econômica, no mínimo, não tem noção do que é lobby, monopólio, abuso de poder econômico. É uma pena!

samadeu said...

Carlos
Agradeço pelas suas considerações neste espaço de debates.Mas permita-me insistir em uma questão que não é implicação contra ninguém. Trata-se de uma questão que precisa ser respondida.
Na verdade duas questões precisam ser respondidas.

Primeira: "se já temos o formato ODF prá que criar outro?"

O ODF é um formato aberto, reconhecido pela ISO. Você tentou responder esta questão e não conseguiu. Você escreveu:
"É obvio que TUDO NA VIDA tem pós e contras. Cada um coloca na balança e verifica o que lhe é melhor de acordo com suas necessidades."

Ora, Carlos, ninguém é contra que um conjunto de empresas criem um padrão fechado. O problema é quando este conjunto de empresas quer passar um padrão fechado como se fosse aberto.

O que determina um padrão aberto é também o fato de seus componentes serem abertos, não somente a sua junção.

Por fim, a M$ é que implica com quem quer trabalhar. Eles é que pagam lobistas para tentar impor suas práticas monopolitas.
Carlos, não adianta vir dizer que quem defende a competição dentro de um padrão está fazendo politicagem. Na minha opinião, politicagem faz quem quer defender a tirania do monopólio como algo saudável. Chega de implicância contra a interoperabilidade e a liberdade.

Anonymous said...

Pera lá, compromisso político? Com quem? Pra que?

Não entendo, a indignação do Carlos ou do Anônimo com o post do Sérgio, alguém aqui é ingênuo o bastante para acreditar que a Microsoft não faça Lobby para conseguir alcançar seus objetivos? É só perguntar aos responśveis pelas áreas de compras das empresas e do governo quantas vezes foram convidados a ir "conhecer" a Microsoft nos EUA.

Sejamos "laicos", não defendamos nenhuma posição apartir de agora, façamos uma comparação puramente técnica:

1-) Se existe o ODF, inclusive como padrão ISO, é livre, atende a todos e inclusive a Microsoft, pq. não utilizá-lo?

2-) Qual o motivo real para a adoção de um padrão não totalmente livre e aberto? Quem ganha com isso? Eu e você certamente não.

3-) Pq. a Microsoft nunca cede a uma discussão ou padrão sugerido pelo movimento livre? E depois uns e outros é que fazem comíssios políticos? Ou será que obrigam-nos a fazer este tipo ação pelo fato de não sermos tão "podero$o$"?

4-) Cansamos de ver a própria Microsoft financiando a sí mesma prêmios e conquistas de "méritos", reportagens, e agora financiando o voto em sí mesma dentro de um órgão sério como a ABNT, ou não será tão sério assim?

5-) Pq. até o Governo dos EUA estão proibindo a compra de Windows Vista e nosso governo não pode fazer o mesmo? Quem realmente se benificia com tudo isso, mais uma vez não melhora nada em minha vida comprar Windows, ou seja lah o que for.. Na sua muda?

6-) E por último, será que o modelo de aprisionamento, com a tecnologia existente hoje, com o poder que a Microsoft tem, com a quantidade de funcionários e condições financeiras não conseguem REALMENTE criar uma tecnologia que evite a pirataria de seus produtos???

Reflita.

Abraços

Anonymous said...

Algumas verdades precisam ser ditas sobre o OXML:

1 - Especifica os formatos de arquivos suportados pelo Microsoft Office (DITO PELO ECMA AQUI: http://www.ecma-international.org/news/TC45_current_work/OpenXML%20White%20Paper.pdf)

2 - Traz embutido na especificação diversos parâmetros técnicos (inclusive em formato binário) com o intuito de manter a compatibilidade com o atual código do MSOffice (olhem por exemplo os formatos de papel ou as configurações de impressão da especificação).

3 - É uma especificação INCOMPLETA. Foi tirada a fórceps das mãos dos profissionais que trabalhavam em seu desenvolvimento em Outubro de 2005 quando a Microsoft percebeu que o ODF ia chegar á ISO.

4 - Não define claramente quais são as patentes da Microsoft (a lista que ou outro anônimo pediu ao Sérgio) que serão "aberta" através de uma "Promessa Oficial" que pode ser encontrada aqui:http://www.jtc1sc34.org/repository/0810.pdf
É VER PARA CRER !!!
Vale ainda o comentário de que a lista de patentes deveria ser apresentada pelo ECMA e não pelo Sérgio.

5 - A decisão do voto brasileiro na ABNT e nos demais NBs deverá ser embasada tecnicamente. A politização deste assunto não vai contribuir.

6 - Quem tiver dúvidas sobre o OpenXML e quiser apoiá-lo, LEIA MAIS DE 6.000 páginas da especificação e encontre lá os argumentos técnicos necessários...

PS.: ESTOU ANÔNIMO POR MOTIVOS ÓBVIOS, TENHO MUITO MAIS A CONTAR SOBRE ESSA HISTÓRIA...

usucapiao said...

Infelizmente percebo o desespero de certos indivíduos para justificar o monopólio de forma desvairada.

Apóio o ODF lógicamente, pois ajudaria em muito a independencia tecnologica não prendendo ninguém à suíte alguma.

Agora o tal anonimo que está em pânico pra ver a MS ganhar deve receber muito bem, para tentar levar a melhor em detrimento de um país inteiro...

Cada um com sua índole...

Anonymous said...

Enviei isso aqui para eles nesse link:
http://www.abnt.org.br/m3.asp?cod_pagina=944

__________________________________________________
Olá, gostaria de informar que sou contra a aprovação do Office OpenXML como padrão de arquivos.
Sou utilizador e defensor do openoffice que utiliza o padrão realmente aberto ODF(que inclusive é reconhecido pela ISO).
Pelo que sei o unico programa que compreendo o padrão OOXML é o Office da Microsoft que é pago (e muito bem pago por sinal), enquando uma existe uma infinidade de programas que trabalham com padrões ODF(KOffice, OpenOffice.org/BrOffice.org, StarOffice, TextMaker e inclusive a microsoft está desenvolvendo um plugin para que o office possa trabalhar com ele também).
O ODF é apoiado por grandes empresas como Google e IBM, enquando o OOXML é apoiado somente pela Microsoft que não é novidade tem um grande interesse em manter o monopólio sobre os arquivos.

Gráto pela atenção e aguardo resposta.

Mais informações:
http://samadeu.blogspot.com/2007/05/alerta-abnt-est-prestes-aprovar-padro.html
http://www.broffice.org/ABNT_um_passo_aprovar_padrao_ms
http://avi.alkalay.net/2006/12/ibm-e-opendocument-format.html
http://www.iso.org/iso/en/CatalogueDetailPage.CatalogueDetail?CSNUMBER=43485
http://hogwartslinux.wordpress.com/tag/odf/
"Quando 20 países questionam o seu formato, principalmente por motivos técnicos, existe algo realmente errado."
http://hogwartslinux.wordpress.com/2007/02/08/porque-e-importante-lutar-contra-o-formato-ooxml/fa

Alecio Lyra said...

Na mesma página que o colega Diogo Vinicius Kersting citou (http://www.abnt.org.br/m3.asp?cod_pagina=944), eu fiz a minha contribuição com o seguinte texto:



________________________________

A respeito da possível preferência na adoção do padrão de documentos OXML em relação ao ODF: porque a ABNT está tentando se contrapor a um padrão adotado pela ISO? Será que um dia vamos ter que alterar também o nosso sistema de medidas, para que não corresponda mais ao do SI?
Deveríamos tentar utilizar os padrões aprovados pela Internacional Standardization Organization, ao invés de tentar trabalhar com um formato proprietário de uma empresa americana.
Torno a questionar: se a Microsoft ou alguma outra empresa americana fizer um lobby muito forte, teremos que começar a medir as distânicas em jardas, pés e polegadas?
Sinceramente eu vejo isso como uma regressão tecnológica. Espero que uma organização séria como a ABNT analise de forma imparcial o caso e tome decisões sérias que não comprometam a sociedade.

Claudia Castelo Branco said...

Que palhaçada!O valor de uso da informação será tanto maior, quanto mais acessível estiver o dado.

Claudia Castelo Branco said...
This comment has been removed by the author.
Anonymous said...

Está claro que o ODF é melhor para o princípio maior da interoperabilidade.

Agora, cá entre nós, Sérgio Amadeus é muito chato com seu papo de ideologista barato de software livre.

Não existe "free lunch" e parte do almoço pago vem das grandes instituições (inclusive o diabo de redmond) -- ou será que nossos engenheiros vão começar a receber centavos de doações de usuários do BrOffice para pagar o leite de suas crianças ?

Em uma país louco para se tornar "Investment Grade" e atrair investimentos/empregos, já passou da hora de expurgamos esta mentalidade hipócrita (venezuelana) que o investimento privado e código-fechado são a encarnação de personagens dantescos.

Quem sabe quando estivermos próximos de bancar nossas próprias pesquisas e desenvolver patentes tecnológicas que gerem empregos de verdade (e não papo furado de instituto de tecnologia de governo petista), talvez esse papo-furado sensacionalista venha a cessar de vez.

Abraços e obrigado pelo espaço para o desabafo.
Thiago

samadeu said...

Thiago
Agradeço pelo seu comentário, mas discodo da sua ideologia. Esta estória de que não existe "almoço grátis" é oriunda do mais obstuso neoliberalismo.
Thiago, se você quiser marcamos uma conversa, um café, e eu pago o almoço gratuitamente para você. Este papo neoliberal é coisa do passaqdo. SE vc tiver oportunidade leia Richard Barbrook, John Barlow, Manuel Castells, Lessig, entre outos.
Um grande abraço
sergio amadeu

Anonymous said...

É engraçado como anti-governistas gostam de deturpar as coisas... se não for a favor da M$, mesmo assim não vai dar o braço a torcer pelo SL só por causa dele ter sido divulgado, implantado e estimulado pelo governo federal (cujo "owner" desse blog foi um dos seus maiores expoentes).
Há muito o que se perder sim, em troca de uma viagem de avião à Redmond, literalmente perde-se a alma.
Não sou governista nem tenho aspirações a politicagem, sou desenvolvedor, produzi alguns SL que são usados em indústrias do mundo todo, como o OpenCAM
(http://opencam,sourceforge.net) e nem por isso precisei de ter almoços pagos por uma grande empresa ou sequer qualquer apoio financeiro.
Nem reclamo disso pois eu me propus a me tornar parte útil daquilo que usufruo e isso me tornou mais ativo àquilo que tanto defendo.

O caminho da M$ é um declive acelerado, ela está se agarrando a tudo o que pode e todas suas saídas mirabolantes contra o SL não dão em nada.

Logo logo o logotipo da M$ vai ser o Mutley daquele desenho animado do Dick Vigarista.

Anonymous said...

Quando não temos argumentos sólidos, partimos para generalizações absurdas, como as utilizadas pelo Thiago,
citando "Investment Grade", "mentalidade hipócrita", "venezuelana".

Thiago, se eu entendi seu discurso:
- se não aceitarmos ingerências de empresas privadas extrangeiras em nossos órgãos internos (como a ABNT), abrindo mão de nossa soberania, então não teremos o "Investment Grade".

- se não tivermos o mesmo pensamento do Thiago, teremos "mentalidade hipócrita"

- e, tentando satanizar o discurso, acabaremos sendo uma "venezuelana",
porque alguns editorialistas toscos partem do princípio de que Cuba/Venezuela seriam os infernos na terra.

Thiago, siga o conselho do Sérgio, e o meu, estudar mais, participar de debates com a sociedade, conhecer a sociedade, ir a favelas, atuar como voluntário, etc, somente depois de conhecer o Brasil real é que poderás fazer comentários que não beiram o absurdo.

Anonymous said...

Trabalho numa tradicional instituição pública e ia enviar este post de alerta para mostrar o que a M$ está fazendo para mamar na teta do povo. PORÉM, ONDE ESTÃO OS LINKS FUNDAMENTANDO SEU POST, EM RELAÇÃO À ABNT??? Ou isso é uma coisa "secreta" que você viu, mas não tem como provar??

Andreza said...

"Quem sabe quando estivermos próximos de bancar nossas próprias pesquisas e desenvolver patentes tecnológicas que gerem empregos de verdade (e não papo furado de instituto de tecnologia de governo petista), talvez esse papo-furado sensacionalista venha a cessar de vez."

Thiago, como conseguir, no caso, desenvolver patentes se o que existia na natureza até ontem, hoje já foi patenteado por laboratórios estrangeiros? Nem precisaríamos de muita tecnologia pra produzir patentes, ora e aquele matinho que não servia pra outra coisa fora chá, que ninguém dava nada e acabou patenteado por algum laboratório japonês ou europeu que criou os tais empregos lá fora.

Petista? Até que ponto? Pelo que eu me lembre, o FHC tb não ajudou muito nessa questão.

E quanto a “ideologia barata de software livre”, isso quer dizer que vc defende ganhar seu almoço grátis mas prefere pagar 1000% a mais num produto pela marca/patente? Não é meio que jogar o tão aclamado dinheirinho do final do mês fora? E não só vc, mas todo o brasil?

Anonymous said...

Para quem reclamou da falta de fundamentação do Sérgio, é bom lembrar que as principais objeções ao OpenXML são públicas já faz algum tempo. Ver:
http://www.grokdoc.net/index.php/EOOXML_objections

Anonymous said...

Sérgio Amadeu disse:
...se já temos o formato ODF prá que criar outro?

Sérgio, se nós já temos o Fiat 147, prá que criar o Vectra?
Se nós já temos o Debian, prá que criar o Ubuntu?

No mais, as informações postadas pelo "Anônimo" foram muito bem colocadas, e não foram respondidas por você.

Sou usuário de Linux a 4 anos, sou a favor do ODF mas discordo de informações postadas sem nenhum discernimento.

De nada adianta eu entrar em contato com a ABNT informando que a Microsoft está formando um Lobby sendo que a única "prova" que temos é um boato postado pelo Sérgio Amadeu no BLOG dele.

Por favor, poste informações mais concretas e documentadas e não tente focalizar o holofote em você espalhando boatos na internet.

Um abraço,
Renato S. Yamane

samadeu said...

Renato e demais amigos
Gostaria de esclarecer que o que publiquei é facilmente comprovado. Existe a "ANÁLISE E EMISSÃO DO VOTO BRASILEIRO REFERENTE À ISO/IEC FCD 24754" correndo dentro da ABNT. Caso a ABNT aprove uma posição favorável ao padrào OpenXML, o Brasil levará este posicionamento para a ISO. Veja o site www.jtc1sc34.org onde é possível obter as informações referentes ao ISO/IEC/JTC1/SC34.

Por fim, Renato, você confunde padrão com produto. O Fiat e o Escort são carros diferentes e não há mal nenhum nisto. Agora tanto o Fiat quanto os demais carros seguem um conjunto único de padrões. A direção é do lado esquerdo, é obrigatório ter uma série outros elementos que não impedem a competição. Ao contrário, o fato de termos um conjunto único de padrões para a web é a que permitiu que ela crescesse tanto. Não teria sentido existir dois ou três padrões http, um só basta e é essencial para garantir a interoperabilidade.

Outra coisa: é possível pedir as atas do
grupo da ABNT que cuida da "Descrição de Documentos e Processos de Linguagem". Se estão definindo uma posição sobre norma que influi na vida de todos é importante que as discussões se tornem públicas.

O site da ABNT é http://www.abnt.org.br/

Anonymous said...

Olá All! (sim, sou do tempo do BBS...)

Dê um peixe a um homem e alimente-o por um dia.
Ensine um homem a pescar e alimente-o até que seu equipamento não funcione.
Ensine um homem a pescar, manter e montar seu próprio kit de pesca e ele poderá pescar, consertar e ensinar aos demais homens como construir um kit de pesca e salve a humanidade da fome enquanto o aquecimento global não seja crítico!

O fato é: liberdade (as in freedom). Sempre digo que, "nem tão ao norte, nem tão ao sul"... talvez a pior coisa que possa existir é simplesmente não ter opção!!

Eu uso um software livre chamado GLPI (http://glpi-project.org/) para controle de inventário. Gostei. Não programo em PHP, mas resolvi contribuir para dar o meu agradecimento e tornei-me parte do time de tradução. Depois do meu ingresso passamos de 87% para 100% da próxima versão localizada para pt_BR.

É isso. Deixei minha contribuição e agora mais pessoas podem usar o software com naturalidade, em nossa língua nativa.

Você pode optar entre outros softwares proprietários, mas pode usar o GLPI. VOCÊ PODE ESCOLHER e isso é importante!

Anonymous said...

""" ...o que publiquei é facilmente comprovado. Existe a "ANÁLISE E EMISSÃO DO VOTO BRASILEIRO REFERENTE À ISO/IEC FCD 24754" correndo dentro da ABNT. """

Ok, mas cadê o link???? Não achei nada no google, nem no site da ABNT.

""" www.jtc1sc34.org onde é possível obter as informações referentes ao ISO/IEC/JTC1/SC34. """
Não entendi bulhufas, o que é isso??? Cadê o link dentro do site da ABNT??? Cara, se explica...

Anonymous said...

Gostaria de ter um link para poder escrever a ABNT.

Anonymous said...

Mais um esclarecimento:
"ANÁLISE E EMISSÃO DO VOTO BRASILEIRO REFERENTE À ISO/IEC FCD 24754"

A FCD-24754 nada tem a ver com o OpenXML (é uma norma que está sendo desenvolvida e que vai sugerir a estrutura de documento para a especificação de sistemas de renderização).

O link para ela é: http://www.jtc1sc34.org/repository/0814.pdf

Como se tornou membro votante (tipo "P") no JTC1/SC34 da ISO, o Brasil (ABNT) tem a obrigação de votar em todas as normas discutidas pelo comitê... é trabalho prá caramba e vai precisar de muita gente disposta a passar madrugadas a fio lendo draft de especificação para poder enviar contribuições técnicas.

Espero que estas informações deixem bem claro que o grupo na ABNT não trabalha apenas com o OpenXML... Tem trabalho de sobra lá (e voluntários de menos)...

Anonymous said...

Olá Sérgio,

Respeito o seu trabalho e sua ideologia, também sou um aficcionado por software livre, uso no dia-a-dia do trabalho e em casa, mas também respeito e utilizo produtos micro$oft. Não quero defender nenhum dos dois, muito menos atacar qualquer intenção mercantilista sobre o lobby da m$ em favor de determinados padrões.

Acredito que os próprios usuários de sistemas, independentemente se livres ou presos em licenças, regularão o uso de formatos abertos e padronizados ou não.

Por exemplo, recebo diariamente arquivos no formato ppt, que são facilmente conversíveis para pdf, e no entanto, não recrimino o envio desses arquivos. Apenas faço uso da versão convertida. Existe uma outra possibilidade, de se encaminhar emails com anexos no padrão m$ office para um endereço específico de email em um servidor pessoal, onde os anexos serão convertidos para padrões abertos e retornado a minha caixa postal. A partir daí, se decido passar pra frente esses arquivos, eles trafegam em formato aberto. Uma iniciativa minha que não merece nenhum mérito, pois eu não espero reconhecimento de ninguém.

Sobre formatos, sistemas, monopólios, espectros, o assunto que me interessa mais são sistemas, e acredito que já existe a tecnologia para substituir um sistema que tem seres humanos como engrenagens, por um sistema que apenas automatiza o fluxo da informação. Por exemplo, o sistema de governo de uma sociedade. É formado por módulos simples, e facilmente gerenciável como um ERP, ou CRM, e deve ser implementado com software livre, para não esbarrar em monopólios.

Com esse sistema, a frequência de participações democráticas de uma sociedade tem o potencial de aumentar, o sistema recebe input da própria sociedade, seja por SMS, email, telefone, carta, pombo-correio, rádio amador, ou qualquer outra forma de se mediar uma informação que possa ter sua autenticidade verificada. A partir do input da sociedade (não soa wiki?), o sistema analisaria as necessidades regionais, pois somente com a autenticidade verificada, o sistema seria capaz de definir as principais necessidades regionalizadas de uma sociedade, e a partir daí, dispararia uma série de propostas, de acordo com a capacidade orçamentária de cada região (é um sistema completamente integrado, que sabe quanto foi a arrecadação de impostos da última hora, dia ou mês), que devem ser respondidas pelos cidadãos.

Agora vem a utopia: Imaginem se existisse uma espécie de celular que utilizasse tecnologia biométrica para verificação de autenticidade civil, e que além de um aparelho de comunicação pessoal, tem como número identificador uma chave como o CPF. Esse aparelho é de uso pessoal e ferramenta de interação com o sistema acima descrito, além de agregar o potencial de ser um aparelho de comunicação móvel. O uso do modo comunicação é permitido a partir da interação com o 'sistema democrático-ng' (como disse, sou aficcionado por software livre e versões -ng ;), e o sistema enviaria questões pertinentes ao bairro do possuidor de um determinado aparelho uma vez a cada quinze dias, questões relativas ao nível municipal mensalmente, questões de nível estadual para apoio a tomada de decisão democrática a cada bimestre, questões de caráter nacional para tomada de decisão democrática semestralmente, e anualmente, quem sabe, uma questão de caráter mundial (não custa extrapolar a visão, havendo a tecnologia e a possibilidade real). O salto democrático de participação do povo passa de uma participação bienal, para participações semanais.

O sistema, a partir dos votos dos cidadãos, criaria um leilão de demanda de serviço que seria concorrido pelos fornecedores cadastrados no sistema, que recebem a quantia proposta para realizar determinado trabalho, após novo input da sociedade que se beneficiou de tal obra, verificando a execução do trabalho.

Este sistema elimina um fator humano que é detestável, a corruptibilidade de ações públicas a favor de grupos elitistas. E também justifica o software livre enquanto plataforma de operação, em existindo um controle sistematizado de compilação de código aberto e de execução do binário compilado por este processo sistematizado, só assim garantiríamos a liberdade de uma nação.

Com ou sem micro$oft, acredito que este é um longo tiro em um alvo muito pequeno pois se opõe a grupos elitistas com uma característica de poder.

Esta é uma idéia que venho trabalhando há um bom tempo, por enquanto no plano das idéias, discutindo com amigos em grupos de discussão a respeito desse problema, e creio já termos definidos boa parte dos requisitos do sistema, mas ainda não os colocamos em papel, nem avaliamos a viabilidade disso, só estamos discutindo e pensando sobre o assunto.

Anonymous said...

Prezado Sérgio,

Revirei o site da ABNT de cima a baixo e não encontrei referência disso. Poderia nos mandar um link ou alguma outra informação e postá-los também na lista debian-users-portuguese, também?

Obrigado.

Vinicius Lobosco said...

Uma confusao freqüente que os críticos do software livre tem é o fato de não garantir a remuneracao de quem desenvolve. Outros revidaram de sendo coisa neoliberal. Bom, de acordo com a teoria econômica o preco de um produto em concorrência é o preco de producao (acreditem ou confiram qlquer texto de microeconomia). De fato, é isto que ocorre com os softwares livres e com vários proprietários.

Isso elucida o porquê da importância do assunto. Microsoft só consegue cobrar do Office por ser um monopólio grande parte pelo padrao fechado. Em usando o ODF estaríamos mais fortemente garantindo a concorrência.

Minha dica para os grandes amantes dos produtos da Microsoft é defender a maior concorrência, porque isso vai levar a produtos mais baratos (eventualmente grátis) e melhores. Pensem, por exemplo, na evolucao do Explorer depois do aparecimento do Firefox. Ainda, qto maior o Linux ficar mais barato será o Vista. Acreditem.

Unknown said...

Olá a todos;

O ODF está em uso efetivo há algum tempo e é realmente livre. Seria uma ótima contribuição se a Microsoft retirasse o seu processo na ISO e entregasse a documentação completa do OpenXML para ser analisada e incluída livremente dentro do ODF, naquilo que for útíl. Acho que assim, a empresa realmente estaria ajudando.

Abraços.

Anonymous said...

Sérgio, novamente você diz, diz e não diz nada!
O Renato Silva aparentemente conhece a estrutura interna da ABNT e quer contribuir denunciando esses fatos, mas você não fornece provas alguma!
A única informação que você forneceu (referente a FCD-24754) não tem nada a ver com ODF ou OXML segundo o link postado pelo "anônimo".
Faça-me o favor né!

samadeu said...

Agradeço os questionamentos apresentados pelo Renato Yamane, pois permitirão clarear mais elementos sobre esta guerra de padrões. Primeiro é preciso esclarecer que eu não sei o motivo pelo qual a ABNT não publica os relatos de todos os seus grupos de trabalho na web. Isto não quer dizer que eles não existam ou que as informações contidas em suas atas sejam "boatos".

O que Renato talvez não saiba é que tenho acesso a todas as atas. Aliás, elas deveriam ser publicadas na web. Renato, você deve solicitar maior transparência para a ABNT.

Publicarei a seguir o roteiro de reuniões do grupo de trabalho, da ABNT, coordenado pelo Fernando Gebara, da microsoft. Eu não tenho como obrigar ninguém publicar resultados, atas e análises na web. O que posso fazer é o que fiz. Divulguei a importância da sociedade saber que uma empresa quer que a ABNT se posicione favorável a definição do OpenXML como padrão aberto. Caso isto venha a ocorrer, o Brasil levará esta posição para a ISO através da ABNT.

Fernando Gebara, coordenador do GT2 que aprecia a questão do OpenXML, apresentou na reunião de 10/05/2007, ocorrida na ABNT, no Rio de Janeiro, o relato sobre o programa de trabalho a ser desenvolvido pelo GT2 e informou que o ISO/IEC DIS 29500 – OXML será dividido em 4 partes, conforme a seguir:

Análise de documento: Office OpenXML Part 1 - Fundamentals - prazo - 1/06/2007;

Análise de documento: Office OpenXML Part 2 - Open Packaging Conventions - prazo - 14/06/2007;

Análise de documento: Office OpenXML Parts 3 & 4 - Primer Markup Language - prazo - 14/08/2007;

Análise de documento: Office OpenXML Part 5 - Markup Compatibility and Extensions - prazo 20/08/2007;

DEFINIÇÃO DO VOTO, segundo este cronograma, ocorrerá no dia 23/08/2007

É importante que este processo seja bastante claro para que todos possam acompanhá-lo, uma vez que seu resultado terá grande influência não somente no segmento de TI, mas repercutirá em todas as áreas que utilizam processadores de textos. É a interoperabilidade, a comunicabilidade e a defesa da concorrência que está em jogo.

Anonymous said...

Resumindo: Não há nenhum lobby e segundo esse cronograma apresentado por você o OpenXML só está em estudo.

É óbvio que no meio dessa discussão alguma criatura irá comentar que um padrão já existe, sendo esse o ODF. As reuniões da ABNT existem para discutir isso!

Viu só como você fez uma tempestade num copo d´água?
O título do seu post é: "ABNT está *prestes* a aprovar um padrão...", porém ele nem entrou em fase de estudos ainda e não há indícios algum de que exista um lobby.

Se eu tivesse enviado um e-mail para a ABNT, eu seria taxado por eles como sendo um louco e mentiroso, pois tudo o que iria dizer não tem nenhum fundamento.

samadeu said...

Renato Yamane.
Não há tempestade em um copo d'água. O que há é a tentativa de avaliar um padrão com centenas de páginas em um período de tempo extremamente curto. Avaliar para aprová-lo como aberto. Isso é grave!

Você pode enviar o e-mail para a ABNT, sim. Você poderia solicitar que publicassem as avaliações prévias e atas. Bem como, vc poderia solicitar que exista tempo hábil para analisar um processo tão extenso.

O alerta vale. Vou publicar novamente o cronograma proposto pelo coordenador do grupo GT2, Fernando Gebara, da microsoft:

Análise de documento: Office OpenXML Part 1 - Fundamentals - prazo - 1/06/2007;

Análise de documento: Office OpenXML Part 2 - Open Packaging Conventions - prazo - 14/06/2007;

Análise de documento: Office OpenXML Parts 3 & 4 - Primer Markup Language - prazo - 14/08/2007;

Análise de documento: Office OpenXML Part 5 - Markup Compatibility and Extensions - prazo 20/08/2007;

DEFINIÇÃO DO VOTO, segundo este cronograma, ocorrerá no dia 23/08/2007

Por fim, não é somente a análise que está em jogo. Será votado um parecer sobre o OpenXML. Uma posição oficial da ABNT.

Renato, vc poderia garantir que as análise feitas pelos europeus sobre componentes proprietários dentro do OpenXML não é correta?

Renato, vc garante que as especificações do OpenXML não permitem o uso de blobs (DTDs), envoltos em uma 'capa
XML' que descreve apenas o nome do proprietário da semântica daquele blob?

Quanto tempo leva para analisar rigorosamente mais de 5 mil páginas de um padrão?

Caso seja encontrado elementos que tornam, na prática, o padrão OOXML fechado para um único fornecedor que já usa, em sua suite de escritório, OOXML com tais blobs, este padrão poderia ser considerado aberto pela ABNT?

Renato, vc garante que a ABNT não irá fazer nada além de uma análise descompromissada sobre o OpenXML?
Se não puder garantir. Sugiro que tente participar do grupo da ABNT, caso queira. Sugiro sim que envie e-mails e avise a todos que existe um processo perigosamente veloz de análise de um padrão.

ASF said...

http://antoniofonseca.wordpress.com/2007/05/19/com-dois-padroes-nao-ha-padrao-algum/

Abraço,

ASF

ASF said...

Com dois padrões não há padrão algum.

Abraço,

ASF

Anonymous said...

Caro Sérgio, quero aproveitar esta oportunidade para manifestar minha sincera apreciação pelo trabalho que tem realizado em prol do software livre. As manobras monopolistas da Microsoft são típicas de bucaneiros e o objetivo deles é simplesmente tirar do bolso da gente o dinheiro. Seus produtos, na prática, não têm garantia nenhuma. Fiz tempos atrás o teste que se encontra no site deles para verificar se meu computador comportaria mudança do Windows 98 SE para o XP. Comprei uma cópia e até hoje não consegui instalar essa porcaria de sistema. E no fim, a desculpa esfarrapada de funcionários da Microsoft - conflito de hardware. Ou seja, o teste feito online é só para empurrar o XP. Para poder usar a cópia que comprei, vou ter de comprar outro computador, já que substituir peças é contraproducente. Vai ser difícil o otário aqui conseguir passar adiante a cópia para outro otário, mesmo porque o preço não é dos mais palatáveis.
Em suma, Microsoft para mim passou a significar empulhação, vigarice.

Anonymous said...

>Não há tempestade em um copo >d'água. O que há é a tentativa de >avaliar um padrão com centenas de >páginas em um período de tempo >extremamente curto. Avaliar para >aprová-lo como aberto. Isso é >grave!

Agora sim estou entendendo o real problema que Sérgio quer explicitar (eu acho). Supondo que os prazos são esses, concordo que é um prazo muito curto para análise da ABNT. Mas do jeito que Sérgio critica o OpenXML parece que ele ja leu e analisou a documentação totalmente e isso não faria do prazo um problema...

Acho que o titulo deveria ser algo parecido com "Alerta: ABNT esta prestes a aprovar padrão sem análisar...." porque o fato de vir da Micro$oft, IBM, SUN, etc.; até que se prove o contrário não implica em problema algum pra mim.

Acho que a padronização é importante, mas descordo do Antonio quando diz que com dois padrões não há padrão algum.

A W3C, por exemplo, tem 2 padrões para validação de XML (DTD e XML Schema) e ambos são válidos para mim. A propria internet esta cheia de padrões "duplicados" que convivem pacificamente...

Acho que o realmente importante é haver uma documentação de qualidade...

Fábio Costa said...

Alguns links

http://blogs.vstsrocks.com.br/mauro/archive/2007/02/09/356.aspx

http://hogwartslinux.wordpress.com/tag/odf/

http://www.microsoft.com/brasil/pr/2007/ms_abtn.aspx

A grande coisa é: se não fosse uma série de dúvidas sobre o formato, não haveria problemas. O problema é que existem coisas no OOXML que são misteriosas e que não puderam ainda ser apuradas criticamente, como foi feito no processo do ODF (que não passou por fast-track ou coisas do gênero).

Alexandre "TAZ" Andrade said...

Se acompanharmos o cronograma veremos que estarão aprovando um documento, na verdade um calhamço de documentaçao sem o devido estudo, segundo estão definino o voto da ABNT sobre dois padrões estudando apenas um.

Se o grupo de trabalho é coordenado pela Microsoft, que analisa um produto da Microsoft num cronograma a toque de caixa,que só avalia o seu produto, quais interesses serão atendidos, das empresas brasileiras, ou da gigante de Redmond?

Mesmo que a coisa estivesse seno feito num cronograma equilirado já seria difícil vencer o lobby imoral da M$, quanto mais fazendo nessa sangria desatada...

Anonymous said...

Esta discussão passa "raspando" por outra questão importante, mas praticamente ignorada: a própria ABNT. Essa entidade define normas que muitas vezes são impostas como padrões pela própria lei. Todavia, essas normas não estão disponíveis publicamente: para se ter acesso a uma norma da ABNT é necessário pagar. Por exemplo, a norma técnica NBR14724, que tem 9 páginas e define a formatação de trabalhos acadêmicos custa R$17,18. Ah, normas não podem ser copiadas.

No meu entender, todas as regras impostas à sociedade devem estar disponíveis publicamente, como o são a nossa constituição, o código civil, etc. Cobrar pelo acesso a uma "lei" é uma distorção.

Sei que a ABNT depende da venda de normas técnicas para sobreviver, o que também está errado. Uma instituição com a sua importância deve ser mantida pelos principais interessados em sua existência: o governo e a iniciativa privada.

Xiquim said...

Será que não foi suficiente o que o Sr. (???) BG fez com o Steve Jobs, quando os dois criaram a Apple? Esse cara tá rico de tanto fazer esse tipo de coisas, mundo afora.
O negócio dele é vender o tal de Ruindous e seus penduricalhos.
Leia-se, na Aldeia Numa Boa (http://numa boa.com) duas coisas que ele tentou fazer e lhe cortaram as asinhas. Uma delas é uma discussão dele com o pessoal da GM, sobre a fabricação de carros e computadores. E outra foi com uma empresa alemã, que "recupera" softwares velhos. A resposta que ele levou foi uma graça. O pessoal disse: "não jogue seu dinheiro pela janela (window)"...

Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone said...

POSIÇÃO DA ABNT SOBRE A NORMALIZAÇÃO E O OPEN XML

A ABNT é reconhecida pelo Governo Brasileiro como único Foro Nacional de Normalização é a representante do Brasil na International Organization for Standardization (ISO) e na International Electrotechnical Commission (IEC) e é signatária do Código de Boas Práticas de Normalização da Organização Mundial do Comércio.

As Normas Brasileiras, de acordo com princípios internacionais da normalização, devem:
• estar alinhadas com Normas Internacionais (ISO/IEC);
• ser de elaboração e de uso voluntários;
• ser elaboradas com representatividade e paridade das partes interessadas;
• ser decididas por consenso, levando em consideração apenas aspectos técnicos;
• atender a uma necessidade real;
• apresentar uma solução aceitável;
• ser continuamente atualizadas.

Em relação à proposta de uma futura Norma Internacional ISO/IEC sobre o formato Open XML, as seguintes atividades foram desenvolvidas:
• durante o ano de 2006, a ABNT realizou uma série de reuniões, buscando sensibilizar a sociedade para a necessidade de participação ativa na normalização em Tecnologia da Informação;
• nestas reuniões, foi ressaltada a necessidade de participação ativa no Comitê Técnico Conjunto da ISO e da IEC, o ISO/IEC JTC1 – Information Technology, para que as normas lá elaboradas levassem em conta os interesses brasileiros e pudessem ser adotadas como Normas Brasileiras. Para tanto, a ABNT criaria uma estrutura que refletisse a do ISO/IEC JTC1 (“espelho”);
• em 30 de outubro de 2006, ocorreu uma reunião no escritório da ABNT, em São Paulo, quando foi decidida a criação do “espelho” do ISO/IEC JTC1/SC34 – Document description and processing languages. Para essa reunião foram convidadas cerca de 170 entidades/empresas representativas do setor, com o comparecimento de representantes de Assespro Nacional, BR Office, Celepar, Cenpra, Copel, Fenainfo, IBM, IPT, ITS, Microsoft, Ministério da Educação, Ministério do Planejamento, Serpro, Sucesu Nacional e Sun. A lista de convidadas desta reunião, com inserção de novas entidades/empresas, foi utilizada como base para as reuniões seguintes;
• em dezembro de 2006, a European Computer Manufacturers Association (ECMA) propôs que ISO/IEC JTC1 analisasse um documento relativo ao Open XML, para que o mesmo viesse a se tornar uma Norma Internacional;
• em 5 de janeiro de 2007, a ISO circulou entre os seus membros o referido documento para que fossem apresentados, no prazo de 30 dias, possíveis contraditórios em relação a outras normas ISO/IEC;
• em 26 de janeiro de 2007, ocorreu a 1ª reunião do ABNT/CB-21/SC-34, no escritório do Rio de Janeiro da ABNT, com a participação de Abeb, Abes, Abinee, Assespro Nacional, Câmara dos Deputados, Comptia, Fundap, IBM, IPT, Microsoft, Proderj, Senac-RJ, Serpro, Sucesu-RJ e Unesp. Nesta reunião foi decidido, por consenso, que a ABNT não deveria emitir nenhum posicionamento sobre a consulta do contraditório. A ABNT apresentou, na ocasião, um orçamento para cobertura dos custos decorrentes, principalmente das participações nas reuniões internacionais, que deveria ser rateado pelos participantes, com a condição de se contar com mais de uma única entidade/empresa patrocinadora;
• em 07 de março de 2007, ocorreu a 2ª reunião do ABNT/CB-21/SC-34, no escritório da ABNT, no Rio de Janeiro, com a participação da Abep, BR Office, Comptia, Fundap, IBM, Microsoft, Ministério do Planejamento, ODF Alliance e Unesp, quando foi decidido, por consenso, que o Brasil deveria participar ativamente no ISO/IEC JTC1/SC34;
• em 22 de março de 2007 ocorreu a 3ª reunião no escritório da ABNT, no Rio de Janeiro, com a participação da Abes, Assespro, Celepar, Fundap, IBM, IPT, Microsoft, ODF Alliance e Sucesu, na qual foi definida a criação de uma Comissão de Estudo (CE-21:034.00) e respectivo plano de trabalho, que contempla a adoção como Norma Brasileira da ISO/IEC 26300 – Information Technology – Open Document Format for Office Applications (OpenDocument) e a discussão da posição brasileira no ISO/IEC DIS 29500 – Information Technology – Office Open XML File Formats;
• em 2 de abril de 2007, o documento da ECMA foi aprovado como Projeto de Norma Internacional ISO/IEC DIS 29500, com prazo final de votação em 2 de setembro de 2007;
• em 19 de abril de 2007, ocorreu a instalação da CE-21:034.00 no escritório da ABNT, em São Paulo, com a participação da Abes, Assespro, Celepar, Fundap, IBM, Microsoft, ODF Alliance, Serpro, Sun e Unesp. Nesta reunião, foram criados os seguintes Grupos de Trabalho e respectivos participantes e Coordenadores, para auxiliar a CE em suas decisões:
 GT1: ISO/IEC 26300 (ODF) – Abes, Assespro Celepar, Fundap, IBM, ODF Alliance, Serpro, Sun, e Unesp – Coodenador: Jomar Silva (ODF Alliance);
 GT2: ISO/IEC DIS 29500 (OPENXML) – Abes, Assespro Celepar, Fundap, IBM, Microsoft, ODF Alliance, Serpro, Sun, e Unesp– Coodenador: Fernando Gebara (Microsoft) ;
 GT3: ISO/IEC 13250 (SGML) – a serem definidos;
 GT4: ISO/IEC FCD 24754 (Renderização) – IBM, Microsoft, ODF Alliance, Serpro e Sun – Coodenador: Márcio Campos (Serpro);
• em 10 de maio de 2007, ocorreu, no escritório da ABNT, no Rio de Janeiro, a 1ª reunião da CE-21:034.00, com a participação da Abes, ABNT/ONS-27, BR Office, Comptia, Fundap, IBM, Mas Informática, Microsoft, ODF Alliance, Serpro, Sun, Tivit, Unesp e Virtualpaper.

Com base ao anteriormente exposto, a ABNT afirma que:
• por consenso das entidades/empresas representativas do setor, foi criada uma Comissão de Estudo (CE-21:034.00) para discussão, entre outros documentos, do ISO/IEC DIS 29500;
• as atividades CE-21:034.00 estão sendo mantidas com recursos próprios da ABNT, visto que a condição de rateio de seus custos por mais de uma entidade/empresa não foi alcançada;
• todas as decisões da CE-21:034.00 serão tomadas sempre por consenso, não existindo a possibilidade de controle por qualquer entidade/empresa;
• não existe possibilidade de anulação do padrão ODF, previsto na norma ISO/IEC 26300, que também deverá ser adotado como Norma Brasileira;
• a escolha de um determinado padrão pertence unicamente ao seu usuário, não sendo limitada pela existência de uma norma técnica;
• as decisões de quaisquer de suas Comissões de Estudo levarão sempre em conta apenas aspectos técnicos, sem envolvimento de questões políticas, ideológicas ou comerciais.

____________________________
Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone
ABNT - Diretor de Normalização

Anonymous said...

Ao Sérgio Amadeu: agora entendi!!!

Ao representante da ABNT: muito bom saber que o ODF está para ser adotado oficialmente. Agora o ponto é como o Sérgio disse, como analizar um documento tão extenso num prazo curto desses? Ora, no exterior esse documento já foi exaustivamente analizado e é senso comum sua complexidade e armadilhar, ninguém precisa reler o documento inteiro para saber disso.

E pra finalizar, como muito bem disse um colega acima: se a Microfoft fosse uma empresa séria, ela ajudaria a melhorar o ODF, e não criaria um trabalho paralelo para manter seu monopólio.

Anonymous said...

Renato Silva,

"E pra finalizar, como muito bem disse um colega acima: se a Microfoft fosse uma empresa séria, ela ajudaria a melhorar o ODF, e não criaria um trabalho paralelo para manter seu monopólio."

Acho que vc não leu:
"as decisões de quaisquer de suas Comissões de Estudo levarão sempre em conta apenas aspectos técnicos, sem envolvimento de questões políticas, ideológicas ou comerciais."

Anonymous said...

E o que isso tem a ver com minha afirmação?

Só porque a ABNT supostamente não se submeterá a lobby, isso torna a Microsoft uma empresa séria?? Hã???

Anonymous said...

E se é por mérito técnico, o OpenXML já mostrou que não é um padrão de verdade, por tornar suas implementações dependentes do MS Office, além todos os outros furos já evidenciados ao redor do mundo.

Anonymous said...

Estou adorando o debate...

Muito bom mesmo...

Prá quem quer argumento técnico, faça o favor de olhar aqui:

Informações genéricas (ODF e OOXML):

http://www.groklaw.net/staticpages/index.php?page=20051216153153504

PROBLEMAS NO OXML:

http://www.grokdoc.net/index.php/EOOXML_objections

Comentem, divulguem e etc...

Vamos jogar na regra do jogo...

Se querem argumentos técnicos, somo s competentes o suficiente (mais do que eles) para isso...

Anonymous said...

Uma discussão sadia com esse tal de Renato S. Yamane é simplesmente impossível!!

Em todos os fóruns que ele participa, é esse flame war!!

O cara não é nem um pouco humilde, se acha o dono da verdade!

Anonymous said...

Faço da comissão de estudos do OPENXML e sou totalmente a favor do ODF e de todos os formatos de docs que contribuem para a sociedade.

Questões ideológicas e comerciais realmente não devem tomar conta da situação ao meu entender.

Agora... o que me deixa muito decepcionado e profundamente irritado é ver funcionários do governo participando dos comitês e gt's da abnt ter que pagar suas próprias passagens aéreas (do bolso) um absurdo, uma palhaçada, uma vergonha sem tamanho... quem deveria investir na passagem para estes funcionários deveria ser o governo.

Sou de uma empresa privada, e pago horrores de impostos que não páram de subir a todo o momento, ver funcionários bancando o próprio governo é muito humilhante... decepcionante para qualquer ser que tenha um neurônio e meio...

Por um lado, tenho orgulho de conhecer pessoas do governo interessadas na evolução e conhecimento, por outro, tristeza ao ver um país tão relaxado, porco e desrespeitoso com essas pessoas.

Anonymous said...

Thiago:
you said,"Não existe "free lunch" e parte do almoço pago vem das grandes instituições (inclusive o diabo de redmond) -- ou será que nossos engenheiros vão começar a receber centavos de doações de usuários do BrOffice para pagar o leite de suas crianças?"

Your fears that software libre will cause your children to starve are unfounded.

Most programmers in the USA are employed writing and maintaining software for businesses to use inside the corporation. My roommate's company has 3 full-time employees who work on open source projects, mostly compilers. They have no difficulty buying milk for their children. My most recent employer has a staff of hundreds of programmers and system admins, all working on projects based on open source software. The jobs are not going to vanish.

Anonymous said...

Sérgio Amadeu, parabéns por sua importante atuação em defesa do software livre. Sou usuário do BrOffice e acho necessário que o Poder Público defina o ODF como um padrão aberto para seus documentos e sugiro envolver a esfera pública neste tema.

A ABNT é privada trata preferencialmente de normas privadas e é estimulada pelo Governo a fazer isso.

Entretanto, acho que o ODF interessa essencialmente aos órgãos públicos, que em vários países já estão impondo ao mercado este padrão. No Brasil, os organismos governamentais que podem influenciar no rumo das discussões sobre o ODF feitas pela ABNT são:

1 – CONMETRO;
2 – INMENTRO;
3 - Câmara Federal;
4 – Senado Federal;

A ABNT possui delegação de poder do Governo para tratar desta normas e por isso o Governo pode, através do INMETRO, chamar para si a discussão ou definir diretrizes. O Congresso também pode realizar audiências públicas e pode chamar a atenção do Executivo para a questão. Para contribuir com o tema, disponibilizo abaixo um resumo sobre alguns aspectos importantes da ABNT.

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NATUREZA JURÍDICA DA ABNT

A ABNT é entidade pública ou privada? Qual a sua natureza jurídica?

Inicialmente é necessário entender a estrutura dos órgãos públicos de normatização no Brasil.

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ESTRUTURA PÚBLICA

1 - Presidente da República
2 - Ministério do Desenvolvimento, Indus. Comercio Exterior.
3 - CONMETRO -Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
4 - INMENTRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

************************

O CONMETRO - é órgão colegiado (Conselho) de planejamento do Sistema Nacional de Metrologia, vinculado ao Ministério do Des. Indus. e Comércio Exterior. Foi criado pelas Leis nº 5966/73 e nº 9933/99

O INMETRO é Autarquia Federal - órgão executivo do sistema de Nacional de Metrologia - vinculado ao Ministério do Des. Indus. e Comércio Exterior. (Inmetro também foi criado pelas Leis nº 5966/73 nº 9933/99)

Link para Lei nº 5966/99
http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L5966.htm

Link para lei 9933/99
http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L9933.htm

************************

ABNT - entidade civil (particular), pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, como qualquer outra associação, criada em 1940, segundo o seu site (www.abnt.org.br). (http://www.abnt.org.br/default.asp?resolucao=1280X1024).

************************

GOVERNO DELEGA DE COMPETÊNCIA PARA A ABNT

Com a Lei 4.150, de 21/11/1962 o Governo Federal delegou funções públicas a ABNT (http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=114090)

Com a Resolução nº 07/1992, do CONMETRO, foi criada o Sistema de Normalização do SINMETRO com os seguintes órgãos:

1 - Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO
2 - Comitê Nacional de Normalização - CNN
3 - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO
4 - Foro Nacional de Normalização — Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT
5 - Organismos de Normalização Setorial - ONS

O item 2 da Resolução nº 07/1992, do CONMETRO, a ABNT foi designada como o Foro Nacional de Normalização, cuja atuação será fiscalizada pelo INMETRO, que também fiscalizará o SINMETRO.

O anexo desta resolução contém o Termo de Compromisso assinado entre o Governo Brasileiro, através do CONMETRO e a ABNT.

**********

Link para consulta às Resoluções do CONMETRO e normas do INMETRO http://www.inmetro.gov.br/resc/consulta.asp?Msg=1

*************************

No site Consultor Jurídico, (http://conjur.estadao.com.br/static/text/46268,1) há uma manifestação sobre direito autoral e ABNT.

O texto foi redigido por Ivana Co Galdino Crivelli e Carlos Eduardo Neves de Carvalho, advogados especialistas em propriedade intelectual.

Segundo os referidos advogados, apesar de exercer uma "função pública delegada", a ABNT reivindica direitos de entidade puramente privada, lutando para que as suas normas estejam protegidas pela Legislação de Direitos Autorais. Este assunto está sendo discutido pela Justiça Federal e pelo Congresso Nacional.

"Os administradores da ABNT, em função da natureza jurídica constitutiva ser de associação civil, entenderam que poderiam sim, como qualquer particular, ou melhor, como uma empresa privada, já que falam em nome de uma pessoa jurídica, reivindicar o domínio de normas de padronização para o exercício de exploração econômica exclusiva sobre normas brasileiras.

Durante anos, os administradores da ABNT licenciaram as normas brasileiras, apontando ilegítima e abusivamente em suas publicações o símbolo de reserva de domínio internacional de copyright."

"De um lado, destaca-se o interesse público — necessidade da sociedade utilizar livremente o conteúdo de normas brasileiras — NBR e, do outro lado, o interesse privado — administração da Associação Brasileira de Normas Técnicas que se desvia de seus objetivos estatutários para se concentrar na busca de benefício econômico à sua gestão por meio de atividade pública delegada — normalização."

A justiça ainda não concluiu o debate mas em recente decisão liminar (portanto provisória), o Tribunal Regional Federal da 3ª Região deu decisão favorável a ABNT. (http://conjur.estadao.com.br/static/text/47732,1)

**********************

A ABNT requer que as suas normas sejam protegidas pelo direito autoral (direito privado) e isso contraria a própria lei de Direito Autoral (Lei n° 9.610/98), que em seu art. 8, inciso I, proíbe esta pretensão, ao excluir "procedimento normativo" como objeto de proteção do Direito Autoral:

"Art. 8º Não são objeto de proteção como direitos autorais de que trata esta Lei:
I - as idéias, procedimentos normativos, sistemas, métodos, projetos ou conceitos matemáticos como tais;"

É este inciso I, do art. 8º, da Lei 9610/98, que o Projeto de Lei 1984/03, objetiva alterar, para atender a reivindicação da ABNT.

*********************

Projeto de Lei 1984/2003 da Câmara Federal

O Projeto de Lei 1984/2003, que tramita na Câmara Federal que objetiva permitir que as normas elaboradas pela ABNT possam ser protegidas pelo direito autoral, em decorrência do argumento de que elas são privadas cumprimento não obrigatório e sim voluntário. Entendimento equivocado, pois várias normas acabam se tornando obrigatórias por disposição legal.

FALTA DE RECURSO. Uma outra justificativa complementar é que desta forma a ABNT poderá para exigir o pagamento pelo direito autoral o que garantirá uma outra fonte de renda para a ABNT, além dos recursos públicos.

Este PL 1984/03 já tem parecer favorável da Câmara e aguarda manifestação do Senado com a nomenclatura PLC 02/2006 (http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/detalhes.asp?p_cod_mate=76475)

***************

Recurso Orçamentários

União repassa recursos orçamentários para a ABNT, conforme prevê desde 1962 a art. 5, da Lei 4.150/62:

Art. 5º A "ABNT" é considerada como órgão de utilidade pública e, enquanto não visar lucros, aplicando integralmente na manutenção de sua administração, instalações, laboratórios e serviços, as rendas que auferir, em seu favor se manterá, no Orçamento Geral da República, dotação não inferior a dez milhões de cruzeiros (Cr$10.000.000,00). (Lei LEI Nº 4.150, de 21 de novembro de 1962 http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=114090)

Recursos Públicos e Privadas - Consultando o site da ABNT (http://www.abnt.org.br/m3.asp?cod_pagina=953) constata-se que grande parte dos membros do Conselho Deliberativo da ABNT são órgãos públicos da administração direta ou indireta e alguns são membros natos, todos contribuindo para a manutenção da entidade.

**********************

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL em defesa dos deficientes

Felizmente o Ministério Público Federal conseguir abrir um importante precedente nesta discussão, conforme consta nos site do MPF (http://www.mj.gov.br/sedh/ct/corde/dpdh/corde/normas_abnt.asp):

O MPF conseguiu firmar um TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA em que a ABNT e a empresa TARGER reconhecem a necessidade dar publicidade gratuitamente de suas normas relacionadas às pessoas com deficiência:

"As compromissárias ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT - e TARGET ENGENHARIA E CONSULTORIA LTDA. reconhecem a necessidade de publicidade e facilitação do acesso, via Internet, das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas de interesse social, em especial aquelas relacionadas direta ou indiretamente às pessoas com deficiência citadas pela legislação nacional, tendo em vista a relevância e o caráter público de que estas se revestem."

*******************

Normas da ABNT tem natureza subsidiária da normas públicas sendo, neste caso, de caráter público e obrigatório, conforme determina o CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

O Código de Defesa do Consumidor-CDC (Lei nº8.078/90), no seu art. 39, inciso VIII, torna obrigatório a observância das normas da ABNT, CASO NÃO existam normas expedidas pelos órgãos oficiais:

"Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
(...)
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);

Link para o CDC - Lei 8078/90: http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L8078.htm

***************

A ABNT mesmo sendo privada:

a) recebeu delegação de poderes da União (Governo Federal);
b) recebe verba do Orçamento da União;
c) tem legislação que confere caráter público as normas que editar;
d) tem como seus mantenedores órgãos e empresas públicas (Governo Federal e
Estadual);

***********************

Cobrança incompatível com a função pública - O requisito para que uma norma seja seguida por todos é que ela seja obrigatoriamente pública.

Contraria a Constituição e equivale a ser secreta a norma não pode ser publicada e só pode ser acessada mediante pagamento. Quem não houver dinheiro ou não se quiser pagar, mesmo assim não será dispensado de cumprir a norma. É incompatível com caráter público da norma, o impedimento por lei, de sua publicação. Se o PL 1984/03 for aprovado, todo aquele que disponibilizar a norma da ABNT na internet ou copiar sem pagar, poderá ser processado.

Esta postura da ABNT caminha no sentido contrário ao que ser quer com a implantação do ODF e ao bom senso do trabalho colaborativo disseminado neste últimos anos na atual “aldeia global”, principalmente através da internet e que tem como belo exemplo a forma de elaboração cooperativa do software livre.

***********************

Anonymous said...

O site do Movimento Software Livre Paraná ALERTA:

Geral: OpenXML na reta final: como votar?

NA PRÓXIMA QUINTA FEIRA, 9 DE AGOSTO de 2007, teremos uma importante reunião
da CE (Comissão de Estudo) da ABNT que debate a questão da aprovação ou não
do OpenXML como padrão ISO.

O Brasil é o único país da América Latina que é membro P da ISO, ou seja, ele
é o único que tem direito a voto. Os demais países são membros O, de
observador. (texto de Vitorio Y. Furusho) (...)

Link para o texto completo:
http://www.softwarelivreparana.org.br/modules/news/article.php?storyid=2008

Anonymous said...

ABNT - Manobra Golpista?

Reunião de 9/8/07 alterada do Rio para São Paulo Beneficia Microsoft

A Redação do PSL-Brasil foi informada por Deivi Kunh, representante do SERPRO no evento, que a ABNT, de forma golpista, propôs a mudança do local da reunião que vai definir a posição brasileira. Em vez de manter na data do dia 23 de agosto em Brasilia, propuseram e venceram a votação para alterar para São Paulo. O representante do SERPRO não concordou com a manobra e retirou-se da reunião. Deivi Kunh afirma que a mundança foi em benefício da Microsoft. Em instante teremos mais detalhes.

Yan.

Link para a notícia:
http://www.softwarelivreparana.org.br/modules/news/article.php?storyid=2010

Anonymous said...

vcs vão me desculpar, mas não estou preocupado com monopolio, pois já acostumei com o word e vou usá-lo par o resto da minha vida, se nos outros progrmas não tiver word então fico com a micro$oft mesmo

Anonymous said...

Caro Anônimo, temo que vc tenha que usar um padrão que o seu pobre word também abra . Apesar do seu word ser um software repleto de vírus e bugs, vc um dia poderá se acostumar com algo de boa qualidade. Tente se libertar. É chato viver adestrado. Vc consegue!

Alan Dantas said...

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