Sunday, September 30, 2007

ARACAJU SEDIOU O II ENCONTRO NORDESTINO DE SOFTWARE LIVRE



LIVRE-SE! Esta foi a mensagem inscrita nas camisetas do pessoal que participou do II Encontro Nordestino de Software Livre. Centenas de pessoas participaram de dezenas de palestras e oficinas. O software livre avança no nordeste...

FLAGRANTE: JULIO NEVES BEBE ÁGUA...


Esta foto inédita foi tirada durante o II Encontro Nordestino de Software Livre que ocorreu em Aracaju. É inacreditável Julio Neves, o homem Shel,também bebe água!

Arapiraca usa software livre...


Fotografei o carro oficial da Prefeitura de Arapiraca. O TUX é o simbolo oficial da Prefeitura. O pessoal veio para o Encontro de Software Livre de Sergipe, em Aracaju.

VEM AÍ GUARULHOS 2.0




Guarulhos organizará o primeiro festival de cultura digital da cidade. Chamará Guarulhos 2.0. Na semana passada, junto com Justino(Secretário de Comunicação), Edmilson (Secretário de Cultura), Bianca Santana e Marcelo Marques, da 4 linux, apresentamos como será o funcionamento do festival para vários órgãos da Prefeitura.

As oficinas de edição de vídeos de bolso, 3D em Blender, audio e blogs começarão na primeira quinzena de outubro.

Reunião para organizar o Campus Party Brasil 2008



O maior evento presencial das comunidades da Internet vai ocorrer pela primeira vez no Brasil. Será em fevereiro no prédio da Bienal, em São Paulo. Durante 7 dias os internautas de várias tribos acamparão ao lado de suas máquinas na maior festa da net. Marcelo Branco é o diretor geral do Campus Party. A foto é da primeira reunião com a equipe de conteúdos para organizar o evento. Em breve as inscrições estarão abertas.

Wednesday, September 26, 2007

SOFTWARE LIVRE NA PERSPECTIVA DE PAULO FREIRE

Neta quarta, dia 26 de setembro, tive a oportunidade de participar da banca de mestrado do Anderson Fernandes de Alencar, na Faculdade de Educação da USP. A dissertação descreveu etnograficamente a migração do Instituto Paulo Freire para o software livre. Fantástico! Alencar foi orientado pelo Prof. Moacir Gadotti. Gilson Schwartz e eu particioaram da banca.

Monday, September 24, 2007

PORQUE LUTAR PELO ESPECTRO ABERTO ou PELO USO COMUM DAS ONDAS DE RÁDIO.



Os governos do mundo têm impedido que as pessoas transmitam livremente suas mensagens usando as ondas de rádio, também conhecidas por ondas eletromagnéticas. Dizem que o espaço por onde estas ondas passam é escasso. Afirmam que o espaço é como uma rua estreita onde só pode passar um carro de cada vez. Este espaço, também conhecido como espectro radioelétrico, é dividido em frequências de transmissão.

No Brasil, a ditadura militar entregou o "filet mignon" dessas frequências de transmissão, por onde passam as ondas do rádio e das TVs, para seus apoiadores, entre eles, a Rede Globo. Ainda durante o regime militar surgiu no país, um movimento que contestava a ocupação anti-democrática do espaço ou espectro radioelétrico, conhecido como movimento das rádios livres que depois veio a ser chamado de rádios comunitárias. Denominadas de "piratas" pelo regime e pelas emissoras oficiais, estas rádios e TVs livres têm sido combatidas até mesmo no governo Lula. Por que?

Exatamente porque, a Anatel e as autoridades governamentais dizem que o espaço por onde passam as ondas de rádio é limitado e escasso. Quando duas transmissões tentam passar pela mesma frequência ocorreria a interferência e ninguém ouviria ou veria mais nada.

Mas, tudo isto que nos dizem sobre o espectro radioelétrico é um engodo.

Com o surgimento de trasnmissores e receptores digitais não existe mais a necessidade de uma única empresa ocupar exclusivamente uma frequência. A tecnologia digital permite evitar a interferência de uma transmissor em todos os outros. O ruído deixa de existir em um cenário digital.

Basta você ver como funcionam os celulares digitais. Quantas vezes não podemos notar dezenas de pessoas atandendo os celulares, ao mesmo tempo, sem nenhuma interferência de uns nos outros. Muitos deles estão usando a mesma frequência. Outro exemplo está nos aeroportos. Note que nos horários de pico, várias pessoas estão conectadas à Internet com seus laptops. Existe, em geral, uma pequena antena que consegue conectar entre 30 e 50 computadores usando a tecnologia wireless, ou seja, de conexão sem fio. Todos eles estão recebendo e enviando sinais usando as mesmas frequências. O download de um não interfere nem no download nem no upload dos outros. A rede pode ficar mais lenta quanto mais laptops se conectam nela, não devido as ondas de rádio, mas exatamente porque o sinal que é enviado pela fibra ótica da empresa telefônica até a antena é baixo.

Rádios digitais são operados por software e são inteligentes. Conseguem separar o sinal do ruído e podem encontrar exatamente seus receptores ou transmissores. Quando uma frequência estiver muito carregada os transmissores digitais podem mudar automaticamente de faixa e os receptores podem acompanhar sem problemas. Esta tecnologia já é empregada em vários locais do planeta e é chamada de Rádio Inteligente ou Rádio Operado por Software.

O que isto significa?

Que podemos lutar efetivamente pela democratização das comunicações. Esta luta passa pela defesa da existência de faixas de frequência no espectro radioelétrico que possam ser públicas, de uso comum, tal como as avenidas e ruas em que todos podem passar.

Não há nenhum impedimento técnico para transformar a ocupação do espectro de "uma área de capitanias hereditárias", de controle dos oligopólios da comunicação, em um espaço de todos que podemos chamar de espectro aberto. O avanço das tecnologias digitais permitem superar a situação em que somente alguns têm o direito de transmitir seus sinais e seus conteúdos pelas ondas do rádio e da TV. O bloqueio é político. As atuais emissoras obviamente não querem a concorrência dos produtores culturais das milhares de comunidades que compõem nossa diversidade cultural.

Um alerta é necessário.

No final do ano, as emissoras iniciarão as transmissões digitais do sinal de televisão. Como quase a totalidade dos brasileiros não possuem receptores de TV digitais, o governo exigiu que as emissoras continuem também as transmissões analógicas. Somente daqui há dez anos as transmissões analógicas serão desativadas. Quando isto acontecer, a pergunta que não quer calar é a seguinte: o que será feito com estas frequências que ficarão livres?

Obviamente, as mega empresas de radiodifusão tentarão continuar sendo dono destas frequências para ampliar seus negócios no cenário digital. Mas, isto é correto? Continuar a ocupação privada do espaço que poderia ser público?

Não! Devemos começar agora a lutar pelo espectro aberto. Queremos o direito de transmitir nossos conteúdos digitais sem intermediários. Tecnlogicamente o espaço radioelétrico pode ser uma espaço comum e uma via pública. Esta é uma luta pela direito real de expressão das nossas comunidades em um mundo digital, em uma sociedade em rede.

A luta pela democratização das comunicações passa agora pela luta pelo espectro aberto!


CICLO ALÉM DAS REDES DE COLABORAÇÃO

IMPERDÍVEL

CICLO DE DEBATES - ALÉM DAS REDES DE COLABORAÇÃO: DIVERSIDADE CULTURAL E TECNOLOGIAS DO PODER

ORGANIZAÇÃO: ASSOCIAÇÃO DE SOFTWARE LIVRE - ASL, CASA DE CINEMA DE PORTO ALEGRE, PSL-RN

CURADORES: SÉRGIO AMADEU DA SILVEIRA, FACULDADE CÁSPER LÍBERO; NELSON PRETTO, FACED-UFBA; GIBA ASSIS BRASIL, CASA DE CINEMA-POA.

ACOMPANHE TUDO PELO BLOG http://rn.softwarelivre.org/alemdasredes/debates/

Programação

Ciclo 1 - PORTO ALEGRE-RS

DIA 15 Politizando as Tecnologias: como as redes reconfiguram a sociedade, a educação e a cultura?
DIA 16 Cultura e Natureza: o que o software tem a ver com os transgênicos?
DIA 17 Convergências: o que códigos tem a ver com música, filmes, jogos e realidades alternativas?
DIA 18 Esfera pública conectada: o que as telecomunicações e a TV Digital tem a ver com o comum?

Datas: 15, 16, 17 E 18 DE OUTUBRO DE 2007.
Local: AUDITÓRIO DA FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS)
Capacidade: 330 PESSOAS

Ciclo 2 - NATAL-RN

DIA 7 O que a educação tem a ver com a autonomia política e tecnológica?
DIA 8 O que o anonimato na rede tem a ver com a democracia e com a biopolítica?
DIA 9 O que a tecno-arte e a cibercultura tem a ver com a estética da multidão?
DIA 10 O que a convergência digital e a TV pública tem a ver com a diversidade cultural?

Datas: 07, 08, 09 E 10 DE NOVEMBRO DE 2007.
Local: AUDITÓRIO PEDRO DE SÁ LEITÃO - CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO RIO GRANDE DO NORTE (CEFET-RN)
Capacidade: 600 PESSOAS

Sunday, September 23, 2007

Programa de Qualificação em Software Livre (PQSL) da Colivre

O Vicente da Cooperativa de Tecnologias da Bahia me enviou a seguinte mensagem:


Visando atender a crescente demanda dos mais diversos setores da
sociedade por qualificação em Software Livre, a Colivre - Cooperativa
de Tecnologias da Bahia - está promovendo, com o apoio da SaferNet
Brasil, o primeiro Programa de Qualificação na Bahia voltado
exclusivamente para softwares livres.

Com mais de 100 horas aula, distribuídas inicialmente em três cursos,
o Programa de Qualificação em Software Livre (PQSL) da Colivre visa
então difundir os softwares livres para os diversos setores da
sociedade, capacitando profissionais e amantes de tecnologia para o
uso e imersão nesse ambiente computacional inovador.

Saiba, no site abaixo, mais informações e como participar! :-)

http://www.colivre.coop.br

LIVRO DE JULIANO SPYER, CONECTADO, DESCREVE DE MODO CLARO AS PRÁTICAS COLABORATIVAS NA REDE.


Conheci Juliano Spyer muito rapidamente quando participava do debate na "casinha", do pessoal do estúdio livre em São Paulo. EU estava coordenando uma oficina para o Minc sobre diversidade cultural no mundo digital. O debate na casinha foi organizado pelo FF e pela Bianca. O juliano apareceu e disse questões bem interessantes.
Ele acaba de lançar um livro chamado "Conectado: o que a Internet fez com você e o que você pode fazer com ela". Com sua experiência de historiador e blogueiro juramentado, Spyer conseguiu produzir um relato e uma reflexão muito clara e abrangente sobre os fenômenos que vem sendo denominados de web 2.0, ou seja, as práticas colaborativas na rede.
Imperdívellll.

Wednesday, September 19, 2007

DEBATE SOBRE INCLUSÃO DIGITAL, HOJE, NO INSTITUTO GOETHE DE SALVADOR.

Será às 19 hs na Av 7 de Setembro 1809. No site da Facom (UFBA) temos uma breve descrição sobre o evento http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/ :

"O evento conta com a participação de Gilson Schwartz, coordenador da cidade do Conhecimento, da USP, de Sérgio Amadeu da Silveira, professor da Casper Líbero e um dos responsáveis pela discussão de software livre no Brasil, e de Nelson Pretto, diretor da Faculdade de Eduação da Bahia. A mesa será mediada pela profa. Maria Helena Bonilla, da Faced/UFBa."

NIETZSCHE-DELEUZE: VONTADE DE POTÊNCIA E MÁQUINA DE GUERRA...

Cheguei em Fortaleza no domingo, 16 de setembro. Fui convidado para participar do VIII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE FILOSOFIA NIETZSCH-DELEUZE que neste ano teve como tema principal "Vontade de Potência, Máquina de Guerra". Assisti a impressioante exposição do Prof. Oswaldo Giacóia Jr (Unicamp) sobre o conceito de vontade de poder em Nietzsch. Foi tão clara quanto complexa. Outra exposição que me impressionou bastante foi a do Prof. Paulo Onetto (UGF-RJ) sobre "a vontade de potência como ferramenta de sismologia cultural".

Minha exposição denominada "redes de aprisionamento e redes de liberação: ambivalências e diversidades", ocorreu na segunda às 18h30. Fiz uma abordagem sociológica sobre o lugar do poder na sociedade em rede.

Fiquei extremamente bem impressionado com o alto nível do simpósio e dos participantes. Descobri um texto do Prof. Sylvio Gadelha Costa (da Universidade Federal do Ceará e um dos organizadores do simpósio), chamado "Educação, políticas de subjetivação e sociedades de controle", que foi publicado na coletânea "Novos Possíveis no Encontro da Psicologia com a Educação". No texto, a abordagem de Sylvio trabalha com a hipótese da mutação das sociedades disciplinares de Foucault para a sociedade de controle. Vale a pena refletir sobre estes conceitos. Considero que o pensamento de Foucault, Guattari e Deleuze é cada vez mais importante como instrumentos críticos da nossa realidade.

Saturday, September 15, 2007

GRAVE: DEPARTAMENTO DE JUSTIÇA DOS EUA DÁ PARECER CONTRA A NEUTRALIDADE NA REDE




O Departamento de Justiça dos Estados Unidos deu parecer a favor das empresas de telecom que querem poder tratar os pacotes de informação que trafegam pela Internet de modo diferenciado. Como alegam ter perdido muito dinheiro com a Voz sobre IP e com outras aplicações como o P2P, as operadoras de telefone e as corporações de Hollywood uniram-se paar aprovar no Congresso norte-americano uma mudança na Lei de Telecomunicações que irá alterar profundamente o modo como conhecemos e usamos a Internet. As operadoras que controlam a infra-estrutura de comunicação quer poder precificar de modo diferenciado os datagramas que trafegam na rede. Quem não pagar para a operadora terá seus pacotes mais lentos. Em alguns casos, as operadoras terão o direito de não deixar passar pacotes que sejam de arquivos que utilizem o BitTorrent. Enfim, querem controlar a rede lógica a partir do controle da rede física. A liberdade dos fluxos informacionais está em risco.
Acompanhem esta batalha no site http://www.savetheinternet.com/





Veja a matéria sobre o parecer do Dep. Justiça:
http://www.freepress.net/news/26093

Wednesday, September 12, 2007

SEMINÁRIO NA USP SOBRE A ESFERA PÚBLICA INTERCONECTADA

Haverá uma sessão sobre os capítulos 6 e 7 do livro Wealth of Networks, de Yochai Benkler. O expositor será o Prof Sergio Amadeu e os comentaristas serão os professores Cicero Araujo (Ciência Política USP) e Eugenio Bucci (um dos autores de Videologias). O seminário ocorrerá das 14h30 às 17 hs, no IEA, prédio da Velha Reitoria.

O Portal da Incubadora Fapesp traz maiores informações: http://won.incubadora.fapesp.br/portal/

EXPOSIÇÃO NA FAAP: RECONFIGURAÇÃO DIGITAL E REDES DE CONVERGÊNCIA

Estarei, hoje, às 19 h na XXX Semana de Comunicação da FAAP (São Paulo,Higienópolis). Farei uma exposição sobre "a reconfiguração digital e as redes de convergência". Falarei sobre as práticas P2p, o espectro aberto e as redes colaborativas de conexão.

Tuesday, September 11, 2007

PIRAÍ BANDALARGUEANDO O BRASIL




Ontem, dia 10 de setembro, em Piraí, o Ministro Gilberto Gil, o Vice-Governador do Rio, Pézão (ex-prefeito da cidade quando ela virou uma cidade digital), Franklin (o cara que junto com a Maria Helena implementaram a banda larga no Município), Claúdio Prado, Ladislaw Dowbor, Carlos Afonso, e muita gente boa, lançaram a idéia de uma campanha pelo bandalargueamento do Brasil. Gil e os ativistas da banda larga visitaram escolas, conheceram o sistema de wireless da cidade, as múltiplas tecnologias utilizadas na cidade e fizeram um grande debate à tarde. À noite Gilberto Gil levantou a galera com um show na praça. O Ministro hacker abriu o show cantando a música banda larga.
Eu iria subir as fotos ontem para o blog, mas minha fonte de energia queimou e meu computador apagou.










Saturday, September 08, 2007

EM PIRAÍ -RJ, GIL LANÇA CAMPANHA PELA BANDALARGA

Nesta segunda-feira, dia 10 de setembro, o Ministro Gilberto Gil estará com dezenas de incentivadores e apoiadores da expansão imediata da banda larga no Brasil, na cidade digital de Piraí, RJ.

Uma série de atividades ocorrerão na cidade. Estarei lá com o Gil, com o Claúdio Prado, Nelson Pretto, Ladislaw Dowbor, Savazoni e com a turma da cultura digital colocando posts no blog. Imperdível.

À noite, o Gil fará um show na praça central de Piraí. É claro que vai tocar sua mais nova canção chamada Bandalarga.

Oh Deus salve o oratório...

"Oh Deus salve o oratório
Oh Deus salve o oratório
Onde Deus fez a morada, oiá, meu Deus
Onde Deus fez a morada, oiá
Onde mora o Calix Bento
Onde mora o Calix Bento"

Essa música era tocada nas congadas na terra da minha mãe, São Sebastião do Paraiso, nas Gerais. É uma composição típica da cultura da nossa terra. O Milton Nascimento gravou. E não há mal nenhum nisso. A música e a letra originalmente são lindas e ninguém sabe quem é o seu autor. A maioria das coisas na nossa música tem uma base comum. São criações que nascem no interior de uma cultura. O samba de um influencia o do outro. O autor específico é o articulador de um arranjo específico das múltiplas influências de uma cultura. A cultura tem uma base comum. Quanto mais livre ela for, mais riqueza, beleza e diversidade ela terá.

Fernando Brant, o Elton John do Brasil é contra o Creative Commons...

Uma pena. O compositor Fernando Brant é uma mente proprietária. Raivoso ataca tudo que prejudica o velho esquema das gravadoras. Com idéias tão anacrônicas como as de Elton John, que recentemente pediu para fechar a Internet na tentativa de evitar que copiassem suas músicas, Brant ataca as práticas colaborativas e o movimento de licenciamento de obras em Creative Commons. Aliado da Globo, Brant considera que a criatividade humana depende exclusivamente do copyright. Desconsiderando a história, Brant esquece que a humanidade cria não porque existe o copyright. As fontes da criação são múltiplas. Brant, que dirige uma associação de músicos, deveria, sim, explicar qual o incentivo terá a cultura de um país com uma lei que impede as obras de irem para domínio público por 50 anos após a morte do autor. Ah! Isso não incomoda o Brant. Talvez porque ele sinta falta de um Brás Cubas na música. O autor defunto produzirá muito nos 50 anos que se encontrará morto? Então qual a lógica dessa proteção? Não seria a imposição da indústria cultural? Que tipo de incentivo à criação que tal aberração visa manter? A quem interessa tamanho enrijecimento das leis de copyright? Não seria um incentivo maior à indústria fonográfica e editorial?

Tuesday, September 04, 2007

MONOPÓLIO PERDE PRIMEIRA BATALHA. AGORA, PRECISAMOS ORGANIZAR A DEFESA DA CONCORRÊNCIA DIANTE DO NOVO ATAQUE EM 2008

A M$ perdeu a votação na ISO. A tentativa de transformar o Office em um padrão internacional fracassou. A comunidade de software livre e as instituições que defendem a liberdade do conhecimento e a concorrência, venceram. Entretanto, a guerra de padrões não acabou.

O Monopólio sabe que precisa impedir que exista concorrência sob um mesmo padrão. Por isso, não irá aderir ao padrão ODF. Irá insistir na aprovação de outro padrão. Se conseguir aprovar na ISO um novo padrão poderá neutralizar a necessidade de interoperabilidade e comunicabilidade plena entre documentos.

Tecnicamente, o padrão OoXML é extremamente frágil. Dificilmente o monopólio irá conseguir melhorá-lo. Contudo, a ação do monopólio não é técnica. Ela utilizará seus lobistas e toda força do seu poder econômico para tentar a aprovação.

Precisamos, agora, discutir com a sociedade dois temas: 1) um padrão não pode ter componentes patenteados e protegidos pelo copyright; 2) a concorrência exige um único padrão aberto. Instituições como o IDEC e movimentos como o INTERVOZES foram importantes na vitória que ocorreu no Brasil, mas serão mais decisivos agora. Eles precisam começar já a sensibilizar suas audiências sobre a importância dessa luta.

Precisamos preparar o movimento de defesa da concorrência e dos padrões abertos.

BRASIL, ÍNDIA, CHINA, ESPANHA, ÁFRICA DO SUL, NOVA ZELÂNDIA, FRANÇA, DINAMARCA E NORUEGA VOTARAM NÃO AO PADRÃO DO MONOPÓLIO.

Ainda não temos o resultado final da votação na ISO, mas fica claro que o único país que tinha interesse real no padrão do monopólio acabou refazendo seu voto de NÃO para SIM. Que país? Os Estados Unidos. O único que lucra efetivamente com o aprisionamento de formatos que a m$ pratica contra a interoperabilidade no mundo.

Veja a notícia abaixo sobre o posicionamento dos países:


Até o fim do domingo haviam votado contra o padrão da Microsoft o Brasil, Índia, China, Espanha, África do Sul, Nova Zelândia, França, Dinamarca e Noruega, e a favor Portugal, Alemanha, Romênia, Hungria e EUA. Itália e Austrália se abstiveram e a Suécia teve seu voto invalidado depois que veio a público a notícia de que um funcionário da Microsoft ofereceu vantagens em troca de votos favoráveis ao formato. Ao todo, 39 países estão entre os membros do JTC1 e 36 entre os membros da subcomissão SC 34 com direito a voto. Portanto, muita água ainda vai rolar por baixo da ponte. Da Redação

http://www.tiinside.com.br/Filtro.asp?C=265&ID=77758

Monday, September 03, 2007

MONOPÓLIO É DERROTADO NA FRANÇA MAS REVERTE VOTAÇÃO NOS EUA...

... IMAGINE como!!! A m$ está jogando tudo. Entretanto, seus recursos não são eficientes diante de uma análise técnica, nem econômica. A defesa da concorrência requer a competição de produtos sob um mesmo padrão. Leia a matéria abaixo que saiu na Computerworld:


França diz 'não' e Austrália se abstém na votação do OpenXML
(http://computerworld.uol.com.br/mercado/2007/09/03/idgnoticia.2007-09-03.0228369377)
Por COMPUTERWORLD
Publicada em 03 de setembro de 2007 - 12h44
Atualizada em 03 de setembro de 2007 - 14h47

País europeu se une ao Brasil e à China na rejeição do formato proposto pela Microsoft. Resultado da votação deve ser divulgado nesta quarta-feira (04/09).

A França decidiu votar contra a adoção do formato de documentos OpenXML como padrão internacional, enquanto a Austrália decidiu se abster do processo de votação.

Leia também:
Microsoft admite que empregado ofereceu 'estímulos' em troca de votos para o OpenXML
Voto da Suécia para o OpenXML é declarado inválido

A Microsoft propõs que o OpenXML seja o padrão internacional no ano passado para a organização Ecma, estabelecendo o caminho para que o formato de arquivos passe também na International Organization for Standardization (ISO).

Caso algum outro país além da França, Brasil e China decida votar contra o formato e ele não consiga a aprovação necessária, a Microsoft poderá perder parte da receita do lucrativo mercado governamental.

Um grande número de governantes, preocupados com a necessidadade de acessar arquivos eletrônicos em formatos proprietários, tem determinado a preferência por padrões abertos.

A French Association for Standardization (Afnor) anunciou hoje (03/09) que encaminhou seu voto contrário ao OpenXML à ISO, que recolheu as decisões dos países membros ontem.

O órgão internacional ainda está no processo de contagem dos votos encaminhados e deverá anunciar o resultado amanhã.

Sunday, September 02, 2007

Faculdade reúne jornalistas e alunos para discutir mídia

Texto retirado do site http://www.facasper.com.br/jo/notas.php?id_nota=457

Nos dias 4 e 5 de setembro, a Coordenadoria de Jornalismo, em parceria com o Centro Acadêmico Vladimir Herzog, realizará a Semana de Jornalismo 2007 da Faculdade Cásper Líbero.

Durante os dois dias serão discutidos assuntos sobre os temas do jornalismo atual, como TV pública, TV digital e webjornalismo.

Entre os convidados já confirmados estão Bernardo Kucinski (jornalista e professor da USP), José Arbex (jornalista e professor da PUC-SP), Raimundo Pereira (da revista Retratos do Brasil), Hamilton Octávio de Souza (jornalista e professor da PUC-SP) e Thomas Souto Corrêa (vice-presidente do grupo Abril).

Os debates e palestras ocorrerão nos períodos matutino e noturno, no horário das aulas. O Site de Jornalismo convoca colaboradores para a cobertura do evento. Os interessados deverão enviar um e-mail para sitejo@facasper.com.br, com nome, turma, telefone e mesa que gostariam de cobrir.

Confira a programação completa da Semana de Jornalismo:

Terça feira – 04/09
8 às 9:15
Abertura: Luis Edgar de Andrade (ex-jornalista da Globo, participou da implantação do Jornal Nacional e foi correspondente de guerra)

9:30 às 11:30
Debate: TVs pública e digital
Debatedores: Paulo Roberto Leandro (diretor de Jornalismo da TV Cultura), Almir Almas (professor da ECA/USP), João Brant (membro do Intervozes)
Mediador: Pedro Ortiz

19:00 às 20:15
Abertura: Fábio Santos (diretor de redação do Destak)

20:30 às 22:30
Debate: Papel político e função social da mídia
Debatedores: Bernardo Kucinski (professor da ECA/USP), José Arbex (professor da PUC), Raimundo Pereira (editor da revista Retratos do Brasil)
Mediador: Gilberto Maringoni

Quarta feira – 05/09
8 às 9:15
Abertura: Agostinho Teixeira (repórter investigativo da rádio Bandeirantes)

9:30 às 11:30
Debate: Novas Mídias e tecnologias
Debatedores: Sérgio Amadeu (professor da Cásper Líbero), Caique Santana Severo (diretor editorial do iG), Henrique Parra (Unicamp e Centro de Mídia Independente), Tereza Rangel (ombudsman do UOL)
Mediador: Caio Túlio Costa

19:00 às 20:15
Abertura: Thomaz Souto Corrêa (vice-presidente editorial da Abril)

20:30 às 22:30
Debate: O papel do curso de jornalismo
Debatedores: Carlos Costa (professor da Cásper Líbero), Hamilton Octávio de Souza (professor da PUC), Coelho Sobrinho (professor da ECA)
Mediador: Igor Fuser